Quando Rony chegou a sua sala no ministério ele foi avisado que estava dispensado do serviço pela manhã e que deveria ir até a sala de Hermione Granger. Ele odiou o comunicado, mas se dirigiu até o local de sua convocação. Ultimamente tudo se tornava odiável perante ele.

Desde a morte de Harry e Gina ele se sentia mal, não sabia o que fazer. Parecia sem rumo e sem nenhuma alegria dentro de si, a morte dos dois ainda era muito recente. Fazia cinco dias desde o enterro de ambos, que contou com a presença da imprensa e de muitos fãs. Ele negou qualquer tipo de entrevista e sabia que Hermione juntamente de Percy impediu a entrada de qualquer jornalista no velório. Ele queria ter ajudado com esses detalhes, mas sentia-se incapaz de qualquer coisa naquele momento. Ainda não derrubara uma lágrima sequer desde o ocorrido, e sentia-se um completo legume-insensível com aquilo.

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Sua cabeça vagava por qualquer lugar que não fosse o caminho da sala de Hermione, e acabou chegando lá sozinho sem nem perceber. Bateu na porta e ela a abriu com uma expressão indecifrável no rosto, ela deu passagem para que ele entrasse e encontrou um homem de terno sentado em frente à mesa de Hermione.

— Oi, Ron. Entra.

— Posso saber para quê fui convocado aqui? — ele perguntou para Hermione, mas olhava para o homem sentado a sua frente.

— Esse é um oficial de justiça. — Hermione explicou — Quer falar conosco a respeito da morte do Harry e da Ginny.

— Bom dia, senhor Weasley. Acho que a senhorita Granger já explicou tudo resumidamente por mim. Mas, me chamo Charles e é um prazer conhecê-lo. Sou um grande fã do senhor, seus feitos pelo mundo bruxo são sem dúvidas...

— O que quer com a gente? — Rony logo o cortou e o oficial que acabara de se levantar, sentou-se novamente.

— Vamos nos sentar pra que ele comece a falar logo, estou curiosa também. — Hermione sugeriu e os dois se sentaram lado a lado em frente ao oficial.

— Bem, como já adiantei para você Hermione, vim aqui em nome de Harry e Ginevra Potter.

— Sim. Prossiga logo, por favor.

— Ron! — Hermione o repreendeu.

— Bom, já era de se esperar que vocês dois fossem escolhidos para tal coisa. Afinal, lemos nos jornais, pois vocês são famosos, e sabemos que sempre foram muito próximos...

— Você é um oficial de justiça ou uma adolescente que lê as matérias da Skeeter?

— Ronald, por Merlin! Cale a boca!

— Está bem, está bem! — ele resmungou para Hermione e tentou manter-se calado.

— Os Potter, acredito que por serem jovens, não se preocuparam muito em redigir um testamento. Mas como bons pais, se preocuparam com o filho deles, James Potter.

— O que tem o James? — Hermione perguntou preocupada.

— Os Potter decidiram que na ausência dos dois, James estaria sobre a guarda de vocês.

— Meu Deus do céu!

— O que isso significa? — Rony perguntou ao ver o espanto na expressão de Hermione.

— Significa que James agora é nossa responsabilidade. Nós é que temos que cuidar dele! — ela respondeu.

— Mas o quê? Isso não é possível! Tem certeza disso?

— Quando o senhor disse vocês... Quis dizer nós dois mesmo? Eu e o Ron?

— Sim. Nos documentos que eles deixaram, é isso que querem dizer. Tem mais algumas coisas que eles deixaram sobre a responsabilidade de vocês dois, mas acredito que a guarda do menino seja o mais importante a ser tratado no momento...

— Você não tá tirando com a nossa cara, né? Porque se for isso eu nem vou perder tempo te azarando, eu vou quebrar a sua cara com minhas próprias mãos agora mesmo!

— RON! — Hermione gritou segurando os braços do ruivo, impedindo-o de agredir o homem que só estava fazendo seu trabalho.

Depois que o ruivo se acalmou os dois tiveram uma longa conversa com Charles, o oficial de justiça. Ficaram embasbacados com tudo que ouviram. Harry e Gina haviam deixado a responsabilidade de cuidar de James para os dois, sem nunca ter mencionado tal coisa para eles. A casa dos dois também seria passada para o nome de ambos, pois a deixaram como garantia de um lar para o filho.

Tanto Rony quanto Hermione quase enfartaram com tais notícias, mas até decidirem o que realmente fariam, seguiriam as recomendações do oficial: se mudariam para a casa de Harry e Gina e tentariam cuidar do pequeno James, pelo menos por enquanto.

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James estava ficando com Molly que também ficou muito surpresa quando lhe contaram o acontecido, mas permitiu que Hermione levasse o pequeno embora de sua casa depois de muito choro. Ela dizia que só o fez por conta de Hermione, pois não deixaria Rony ficar com o menino sozinho.

Rony estava indignado com aquela situação e Hermione estava assustada, muito assustada. Os dois foram para a casa de Harry e Gina em Godric's Hollow, Rony cheio de bolsas e malas nas mãos enquanto Hermione carregava James no colo. Abriram a porta e adentraram a casa, acenderam as luzes e sentiram uma sensação esquisita e horrível. O medo os preencheu por inteiro, e eles depositaram toda sua fé e coragem no único Potter ali presente. Agora, tecnicamente, o filho dos dois.