PDV Geral

Semanas se passaram após o dia em que Sam e Freddie tiveram a primeira vez. O casal seguia o dia a dia como se nada, de fato, havia acontecido durante o tempo em que estiveram instalados no chalé - ambos até chegavam a não tocar no assunto publicamente.

Era um simples feriado de verão em Seattle, quando Sam recebe a notícia de que seu namorado terá de passar uns dias com a mãe em San Francisco. Como se não bastasse ter de ficar o feriado sem o seu nerd, a loira ainda fica sabendo, no mesmo dia, que sua melhor amiga Carly e seu irmão Spencer também irão passar o feriado fora da cidade.

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A loira encontrou na porta de entrada do apartamento dos Shays um aviso em letras másculas: "FOMOS VISITAR NOSSO AVÔ EM YAKIMA! DEIXE, POR FAVOR, A CORRESPONDÊNCIA ABAIXO DO NOSSO TAPETE!

P.S.: SAM, NÃO TENTE ARROMBAR NOSSA PORTA! AGRADECEMOS..."

— Merda! - Sam suspira fundo, após ler a última linha do aviso. De fato ela estava prestes a adentrar no apartamento da pior maneira possível. - Logo agora que estou precisando da sua ajuda, Shay!

A loira aparentava extremamente preocupada com um assunto que poderia trazer sérios agravantes a ela e a outros envolvidos. Para ser mais específico: Sua menstruação se mostrava atrasada há dias. Ela não tinha recordações exatas para ter certeza de que o nerd usou ou não proteção.

Enquanto estava a caminho de volta para a sua casa, Sam cogitou pedir a ajuda/opinião de suas outras amigas (Tasha ou Wendy). A loira chegou a ligar para Wendy, mas esta disse estar ocupada demais; já a Tasha nem se deu ao trabalho de atender o telefone.

Por coincidência ou sinal do destino, a loira acaba encontrando Gibby e seu irmão mais novo, Guppy, andando em sua vizinhança. O estranhamento entre os dois amigos foi inevitável:

— Gibby!? - Ela o olha com espanto. - O que faz por aqui?

— Eu que te pergunto. O que faz por aqui?

Sam revira os olhos, impacientemente.

— Eu moro por aqui...

— Ah... - Ele concorda com a cabeça. - Eu só estou levando o meu irmão mais novo para a creche no final da rua.

— Gibby, aqui não tem nenhuma creche - Sam se segura para não rir na cara que o gordinho fez. - Você deve ter se perdido.

Guppy, que nem falava tanto, concordou com a cabeça.

— Como pode ter certeza de que estou perdido?

— Durh, eu moro aqui! Quantas vezes vou ter que contar isso!? - Ela fez com que os garotos dessem meia volta com ela. - Sigam a mamãe aqui. Irei lhes mostrar o caminho de volta para suas casas...

O Gibson aproveitou o embalo da frase para fazer uma de suas perguntas peculiares:

— Por que está sempre se chamando de "mamãe"!?

— Por nada, só... - Por um momento, ela pensa na possibilidade de ser uma futura "mãe". - Meu Deus, você tem notícias da Tasha!? Preciso falar com ela o quanto antes.

— Ela está recebendo o restante dos familiares do Texas em casa - respondeu Gibby. - Por que a urgência?

Sam hesitou em dizer o real motivo, ainda mais para o pateta do Gibby, acompanhado de uma criança.

— Fala, Sam.

— Tá... - Ela suspira, puxando Gibby para longe do seu irmão mais novo. - É que eu... Eu posso estar grávida. - Gibby arregala os olhos. - Não façam essa cara. É apenas uma possibilidade. Minha menstruação atrasou...

— De quem é o pai? - quis saber Gibby.

— O quê!? Essa pergunta foi séria? - Sam se recusou a acreditar. - É óbvio que do Freddie. Agora, por favor, não cometa nada! Nada com o Benson ou qualquer outra pessoa...

— Tem certeza que é dele!? - Gibby ainda aparentava ter dúvidas.

Os dois adolescentes começaram uma longa discussão no meio da rua - visto a impaciência da loira para aturar a ingenuidade do gordinho. Guppy teve de se intrometer no meio dos dois.

— Mantenham a calma! - O pequeno disse, após se aproximar e escutar toda a discussão dos dois. - Acho melhor vocês irem comprar um teste de gravidez e tirar essas dúvidas da cabeça. Problema resolvido.

A loira ficou perplexa ao notar que o baixinho parecia ter mais maturidade que o gordinho maior.

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— Ah, como não pensei nisso antes? - A loira agradeceu Guppy, enquanto olhava envolta, procurando uma farmácia mais próxima. Logo puxou Gibby - Você vem comigo! Guppy fique onde está, voltaremos em breve.

Ao encontrarem e adentrarem em uma farmácia, Sam e Gibby retomam a discussão. Um tentava empurrar a obrigação de pedir o 'teste' ao recepcionista. "Você pergunta!", dizia a loira; já o gordinho dizia "O filho é seu, não meu".

Como o estabelecimento se encontrava vazio e nenhum dos dois chegava ao recepcionista, o próprio teve de ir aos seus clientes: "Em que posso estar ajudando?".

Nenhum dos dois abriu o bico, deixando o recepcionista cogitar os possíveis serviços/produtos:

— Vão querer camisinhas? É isso?

— Não! - Sam logo faz uma cara de nojo para o Gibson. Cansada de esperar uma atitude do amigo, ela finalmente pede: - Quero um teste de gravidez.

Em apenas dois minutos, Sam e Gibby tinham em mãos um único teste de gravidez. Pagaram pelo produto e voltaram para pegar Guppy, que se encontrava sentado em uma pracinha, jogando um vídeo-game no aparelho celular.

— Precisamos encontrar uma casa para fazer esse teste - Sam parecia apressada para se livrar de toda aquela tensão. - Não pode ser na minha. Pam iria notar que algo estranho está acontecendo.

— Vamos para a casa da minha namorada.

— Mas... - Sam ergue as sobrancelhas para o Gibby. - Você me disse que Tasha está com visitas...

— Ah, ninguém vai perceber a nossa presença.

Sem muita opção, Sam, Gibby e seu irmão mais novo foram justamente bater na imensa casa da Tasha, que recepcionou a entrada do grupo.

— Que invasão é essa!? - Tasha olhou com surpresa para todos os três, principalmente o namorado - Gibby!? O que está acontecendo?

— Só vou precisar do seu banheiro - disse Sam, mostrando uma sacola plástica com o teste. - Vai ser rápido.

— Espera... Isso aí é...- Tasha abriu bem a boca, mostrando-se perplexa. - Mentira! Você está grávida?

— Eu não sei, ainda não fiz o teste! - Sam responde de um jeito rude, enquanto sai entrando na casa da amiga. Havia alguns parentes da Tasha em um dos corredores. Estes logo se assustaram quando avistaram a loira com o teste.

— Tasha, o que significa isso!? - perguntou uma idosa quando viu a loira zanzando pela casa. - Quem é essa garota!?

Outros familiares também quiseram uma explicação para o que estava acontecendo. Tasha logo soltou que não conhecia Sam, embora tenha a deixando entrar.

— Eu vou ver se ela precisa de ajuda! - Tasha trocou olhares com Gibby, já pronta para correr atrás de Sam.

As duas entraram no único banheiro da casa, onde Sam rapidamente abriu o teste, mas não deu atenção para as recomendações necessárias da caixa.

— Você não vai ler, louca?

— Estou sem paciência! - disse a Puckett. - Basta urinar no copo e colocar o "papel"...

Justo no momento que a loira iria tirar os matérias de dentro da caixa, o seu Pear Phone vermelho começa a tocar desesperadamente. Para a surpresa da Puckett, era uma ligação do Benson. E não era uma simples ligação de áudio, sim, uma ligação de vídeo.

Ela pensou em negar, mas acabou aceitando a chamada:

— Oi, Freddie... Estou ocupada agora.

— Hey - Freddie diz. - Ocupada? - Ele finalmente repara que a namorada está sentada no vaso sanitário. - Oh, entendi... Bem, só liguei mesmo para mostrar essa vista incrível de San Francisco! Olha só esses prédios - Freddie mudou para a câmera traseira (por poucos segundo), mostrando-lhe a paisagem, e voltou a focar a câmera para si. - Lindo, não?

- É... Lindo - Sam nem tinha dado tanta importância para o que o namorado estava filmando. Sua única preocupação no momento era fazer o teste e descobrir o resultado o quanto antes. - Olha, vou ter que desligar. Ligo para você mais tard...

A conversa do casal foi interrompida por uma tosse seca da Tasha, que ainda murmurou um audível "desculpa" para a loira raivosa.

O moreno conseguiu ouvir tudo e questionar o ocorrido:

— Espera! A Tasha tá aí no banheiro com você!? - Freddie estranhou.

Sam soube como controlar a situação:

— Relaxa, ela só veio me trazer papel higiênico, não foi, Tasha!? - A loira aproveitou para fitar a garota. - Amigas servem para isso... Enfim, vou desligar. Tchau.

— Te amo! - Foi a última coisa que o Benson conseguiu dizer na chamada de vídeo.

— Essa foi por pouco - disse uma sorridente Tasha após Sam encerrar a ligação. - Anda logo, vamos acabar logo com isso.

A loira, juntamente com a amiga, fizeram o passo a passo. Durante o processo, as duas soltaram gritos desesperadores uma para a outra. Finalmente quando as duas resolveram apurar o resultado, Sam e Tasha deram as mãos e murmuraram palavras de tensão.

— E... - Sam, com o coração a mil, foi verificar o resultado final. Havia se passado 10 minutos. - Deu negativo!

— Sério mesmo!?

— Sim, olha aqui! - A loira mostrou o resultado para a amiga. As duas pularam bastante e festejaram o quanto puderam.

Assim que saíram do banheiro, Tasha deu a notícia para o namorado, sentado no principal corredor da casa: - Está tudo certo! Sam não está grávida!

— Ufa! - Gibby suspirou.

A Puckett também suspirou aliviada, cogitando nunca mais transar na vida. Embora continuasse preocupada com a sua menstruação atrasada, a loira se sentia mais leve ao saber que não estava grávida. Olhou bem para os dois amigos e se manteve calada.

— Fica tranquila - disse Tasha, enquanto apoiava sua mão no ombro da amiga. - Eu prometo que não irei contar para ninguém.

— Hm... Devo confiar? - Da última vez que Tasha prometeu fidelidade aos segredos da Puckett, a Sam acabou desmaiando e todas as suas amigas já demonstravam saber de tudo.

— Sim - Tasha deu sua palavra, assim como o Gibson. - Essa história se encerra aqui.