Tudo Para Dar Errado
O Flagrante
PDV Geral
Agora era oficial: Sam e Freddie estavam em um relacionamento sério. A loira, enquanto estava a caminho do apartamento dos Shays, não parava de pensar no assunto e se sentir estranha por isso.
Embora achasse sua situação com o Benson algo totalmente inusitado, Sam apenas conseguia pontuar bons momentos ao lado do nerd. O único problema, até então, seria tornar o namoro público.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Não sabia ao certo como contar a novidade para sua melhor amiga Carly ou qual seria a possível reação para aquele fato. Ela tentou arranjar métodos de contar, mas sempre havia algo empacando:
— Não vamos poder fazer o iCarly hoje - disse Carly para Sam, que acabara de chegar no apartamento da amiga. Logo de cara, a loira encontrou duas malas na sala de estar.
— O que aconteceu? Vai viajar?
— Não, não é isso... - A morena parecia bem triste quando encontrou a Puckett, rapidamente procurou se confortar nos braços da amiga. As duas se abraçaram por um breve instante.
Sam, ainda sem entender muita coisa, voltou a pedir explicações mais detalhadas.
— O meu pai vai servir a uma Base Militar Americana... Uma base instalada na Itália! - informou ela, sentando-se no sofá. - Ele já está a caminho daqui, então já preparei as malas dele, e fiquei de acompanha-lo até o aeroporto.
— Nossa... - disse Sam, entristecida pela amiga. Pelo visto não havia clima algum para contar sobre o seu namoro naquele momento. - E quanto a você? Vai morar aqui sozinha?
— Ao que tudo indica, sim. - Carly respondera com uma lágrima escorrendo em um dos olhos. - Mas, não precisa se preocupar. Ele disse que irá depositar uma quantia de dinheiro para que eu me sustente todo mês.
— Bem... - A Puckett não sabia ao certo o que dizer. Totalmente despreparada, lançou: - Se quiser, você pode morar comigo e com a minha mãe.
Carly se entregou as lágrimas por completo. Pelo visto, morar com Pam Puckett não era bem uma das melhores opções a ser feitas, segundo a própria Sam.
As duas se espantaram quando o elevador parou exatamente no apartamento 8C e Freddie surgiu de dentro dele, assobiando. O moreno ficou surpreso ao ver Carly chorando no sofá.
— Você contou? - foi a primeira coisa que ele soube dizer ao olhar de Sam para a Carly. A loira rapidamente pós as mãos a cabeça, enquanto a morena parecia desorientada.
— Contou o quê? - Carly questionou a amiga.
— Nada, Carls... Acho que o Freddie está se referindo a uma promoção no Vitamina da Hora, não está? - Ela o encarou com seriedade. O rapaz confirmou com a cabeça, entendendo o "aviso". - De qualquer forma não iremos poder gravar o programa hoje. O pai da Carly irá viajar a trabalho e ela não está nada bem...
— Ah...
Tanto Freddie quanto Sam conformaram a amiga até o seu "último" momento com o pai - que chegou horas depois. A loira compreendeu a difícil situação da amiga, afinal, também não teve estruturas para suportar a partida do pai, fugitivo há anos.
Assim que Carly e o Coronel Shay saíram do Bushwell, Sam e Freddie também decidiram ter um momento só para eles. O rapaz sugeriu que fossem para um boliche.
(***)
Do Bushwell ao Centro de Boliche de Seattle, Sam não parava de se culpar por não ter dito sobre o namoro para Carly antes. Notou que sempre acontecia algo mais importante e que sempre a conversa entre as duas ficava para uma outra ocasião.
— Que tal esquecermos isso por enquanto? - Freddie sugeriu quando estavam próximos do Centro de Boliche. - Tenho certeza de que a Carly irá ficar feliz conosco e, não, "surtar", como você mesma está me dizendo.
— Não é isso. A questão aqui é EU não ter contado antes!
— Mas cada um tem o seu tempo. - ele rebateu. - Confia em mim, ela irá entender. E talvez o destino nem queira que você conte agora.
A loira, enquanto fazia um rabo de cavalo no cabelo, suspirou fundo para a difícil situação.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Tudo bem. - riu e encarou o nerd rapidamente. Era uma maneira de procurar esquecer os problemas, conforme o namorado propôs: - Vamos ver se você consegue me vencer de primeira.
— Oh, está mesmo contando vitória antes do tempo? Pois quem perder irá pagar duas pizzas grandes na saída.
— Fechado!
O Benson sorri, dá um leve beijo na bochecha da loira e ainda lhe pega pela mão.
A princípio, Sam não se sentiu tão confortável por entrar no Centro de Boliche de mãos dadas com o Freddie. Para ela, todos estavam julgando suas atitudes. Somente passou a se esquecer completamente de todos a sua volta quando o jogo entre o casal estava prestes a dar início.
— Anda logo, cara! - Sam, sorridente, já tinha uma bola de boliche verde em mãos, enquanto Freddie terminara de amarrar os sapatos especiais para a pista.
— Pronto! - Ele termina de amarrar e corre ao encontro da namorada. - Já está pronta para perder?
Sam sorri de maneira debochada:
— Saca só! - Deu as costas para o moreno, encarou os pinos posicionados e arremessou a pesada bola pela pista. A bola da loira seguiu deslizando perfeitamente até atingir todos os pinos. - Toma essa!
— Nada mal - Freddie logo se levantara para arremessar sua primeira tentativa. O garoto também executou uma bela performance, derrubando todos os pinos alinhados.
Conforme o jogo entre os dois se intensificava strick após strick, um vencedor se mostrava ainda mais presente. No caso, Sam Puckett teve a última risada da vitória.
A loira praticamente pulou nos braços do nerd, que sorriu, aplaudiu e comemorou o desempenho da namorada, altamente contente com a sua pontuação máxima.
Justo no momento em que os dois estavam se beijando na pista, um grito fino e afeminado acaba se destacando/ecoando por todo o Centro de Boliche. Todos em volta, inclusive Sam e Freddie, pararam tudo para ver de onde surgiu o tal gritinho.
A voz feminina, por incrível que pareça, era comum tanto para a loira quanto para o moreno. Os dois, ainda próximos um do outro, tomaram o maior susto ao ver Tasha, dona do potente grito, paralisada:
— SAM!
A garota ficou surpresa ao flagrar a troca de carícias entre os dois amigos. Juntamente a ela estava Gibby, que também se mostrou surpreso com o que viu.
Enquanto isso no Bushwell...
Carly voltara para o seu apartamento totalmente exausta, após se despedir do pai no aeroporto de Seattle. Assim que acendeu as luzes da sala de estar, se deparou com a presença de Brad. O rapaz, sentado no sofá, deu o maior susto na morena.
— O que está fazendo aqui? - Carly se sentou ao sofá, juntamente com o namorado. - Você me deu um susto, sabia?
Ele deu uma gargalhada, antes mesmo de responder suas dúvidas:
— Ah, eu vim porque soube que você iria precisar de mim. Agora que seu pai está viajando e que você iria ficar sozinha nesse apartamento... - Brad olha bem nos olhos da morena. - Decidi que irei ficar do seu lado... Quem sabe, morar com você.
Carly até estava achando tudo "fofo", embora tenha arregalado os olhos justamente para a notícia inesperada:
— Morar comigo?
— É, qual o problema? - Brad volta a sorrir, agora beijando o canto da boca da morena. Ela nem se quer pode argumentar direito, pois ele não parava de acariciar os cabelos e a nuca da namorada, enquanto a beijava.
— Mas... Mas... Eh...
A morena cansou de tentar falar, visto que sua cabeça estava cansada demais para discutir qualquer coisa. Rapidamente se entregou aos beijos e carícias de Brad, que, ao perceber o 'calor das emoções', procurou levar a Shay para um local mais confortável e reservado.
— BRAD! - Carly, brincalhona, gritou quando Brad a carregou pelo colo, direcionando-a ao quarto da Shay, no andar de cima. A cada degrau que subiam, Carly apertava firmemente os braços do rapaz.
Ainda no escuro, os dois adentraram no quarto. Brad deixou Carly deitada na cama enquanto retirava sua própria camisa e se posicionava ao lado da amada.
Primeiramente trocaram mais alguns beijos, carícias e leves mordidas, para depois evoluírem os contatos. A morena interrompeu um dos quentes beijos quando pareceu notar algo estranho:
— Você... - Ela parou por um momento, mesmo que o Brad tenha continuado beijando seus lábios. - Você ouviu isso?
— Isso o quê? - Brad questionou. Ambos ficaram em silêncio por breves cinco segundos, procurando captar algum barulho estranho. Resultado: nada. Os dois, então, voltaram a se beijar como se nada houvesse acontecido.
Carly agora decidiu tirar a camiseta, mostrando-se apenas de sutiã. A morena hesitou trocar mais alguns beijos com o namorado quando pareceu escutar mais um barulho estranho, como se houvessem derrubado algo. Ela tinha certeza de que o barulho tinha vindo de dentro do apartamento.
— Escutou agora? - Ela questionou ao Brad, que parecia nem se importar tanto. Carly aproveitou para acender o abajur no criado-mudo. - Acho que alguém entrou.
— Ninguém entrou, amor... - O rapaz disse calmamente, enquanto apagava o abajur e fazia a morena se deitar completamente.
Exatos cinco minutos depois, a porta do quarto da Carly é aberta inesperadamente. Tanto a morena quanto seu namorado pularam da cama quando a luz fora acesa e os dois puderam notar um rapaz alto, magro e com um cabelo comprido entrar, dizendo:
— Mas o que é isso!?
— Eu avisei que tinham entrado! - Carly murmura para Brad, enquanto tenta tampar o seu próprio corpo com umas almofadas coloridas. - Quem é você!?
Brad nem se quer esperou o invasor responder, pois logo partiu ao ataque. O namorado da Shay até conseguiu dar uns golpes no tal desconhecido, mas, no final, acabou sendo surpreendido e imobilizado.
— Foge, Carly! - foi a única coisa que Brad conseguiu dizer, enquanto ainda suportava um mata leão do invasor.
— Carly!? - O invasor arregalou os olhos para a morena. - Então você é mesmo a Carly Taylor Shay!?
— Como sabe o meu sobrenome? - Ela sentia um misto de medo e curiosidade pelo invasor, que sorriu ao saber o seu nome.
— Porque eu sou o seu irmão... - dizia o invasor, com um sorriso invicto no rosto, agora soltando Brad de suas mãos. - Spencer Shay.
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