Tudo Para Dar Errado

Prólogo - Ponto de Vista da Sam


Deixo aqui o meu desabafo sobre Carly Shay...

Ela se acha uma pessoa muito esperta e, às vezes, gosta de bancar a cúpido com as amigas mais próximas dela, mas, sério, ela precisa parar! Como se não bastasse ter arranjado um namorado para Wendy e Tasha, ela ainda busca incansavelmente um par para a loira mais raivosa e, por quê não!?, perigosa de Seattle - Eu... Bem, talvez eu tenha exagerado um pouco nas descrições. Enfim... Vamos aos fatos:

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Nos últimos meses a Carly tentou me empurrar para dois manés da nossa escola. Como se isso não bastasse, essa semana ela anda dando indícios de que o Gibby pode ser o próximo alvo para mim.

— O Gibby é uma cara muito legal, fofinho... - Ela o descrevia para mim sempre que cruzávamos com ele no corredor da escola. Eu fazia sempre a mesma cara de desgosto e tédio.

Nada contra o Gibby, mas ele me parecia um pateta qualquer. Não tínhamos nada a ver um com o outro, embora a Shay desconsidere.

Hoje, assim que cheguei ao colégio, faminta e tediosa por ter discutido logo cedo com a minha mãe - Pam Puckett - sou surpreendida por uma "carta misteriosa" dentro do meu armário.

E ai, tenho chances com você?

Se sim, me encontre no Vitamina da Hora depois da Aula!!

— "G"

Após ler a "cartinha", amacei-a, jogando de volta no meu armário. Era óbvio que aquilo era obra da Carly, pois a letra era idêntica à dela e idêntica às várias outras cartilhas que chegavam ao meu armário. Não há dúvidas de que a inicial G na última linha da carta representava o nome Gibby.

Com ódio, fiz questão de ir até o apartamento dos Shays - que era próximo do colégio - e fazer a Carly parar com isso de vez.

— Sam!? - O pai da Carly, o Coronel Shay, atende a porta. Logo de cara ele percebeu o meu ódio e chamou a sua filha, que estava pronta para ir a escola. - Está tudo bem, Samatha? Como vai sua mãe?

— Não está nada bem, Sr. Shay! Ela está péssima, muito obrigada! - Respondi com desdém.

— Oi, Sam! Já estava de saída - Carly surge na minha frente, falando com toda animação na voz. Colocou a mochila nas costas e me puxou para longe de seu apartamento. - Temos que ir logo! A aula já vai começar.

— É, mas antes você vai me escutar - Suspirei, fazendo-a parar no corredor de seu prédio. - Quer parar de tentar me empurrar para o Gibby? Não vai rolar!

Carly revirou os olhos e sorriu.

— O Gibby é? - Ela fez cara de surpresa - Eu juro que não tenho nada a ver com isso.

— Ah, conta outra, Shay! Eu te conheço desde criança - Cruzei os braços, apontando todas as evidências possíveis: - Sei que foi você que mandou aquela carta estúpida, sei que foi você que fez o Gibby me emprestar um livro durante a aula de história, ontem... E... Por quê diabos você adicionou o Gibby no nosso grupinho feminino no Whats?

Carly deu gargalhadas dessa última.

— Você nem se quer participa do grupo, apenas visualiza e sai no meio da conversa - A morena alisou os cabelos. O nosso grupo de mensagens era composto por mim, Carly, Wendy, Tasha e, agora, Gibby. - Enfim, o grupo foi feito para nós falarmos dos nossos relacionamentos amorosos. Me surpreendente você não se interessar por ninguém.

— Vai ver porque eu não presto! E eu sei disso. - Carly odiava quando eu dizia isso.

— Nada disso, você apenas faz de tudo para dar errado. - Ela me repreendeu. - Agora, vamos, temos aula da Srta. Briggs já já.