Quartevois

Caitlin


Caitlin já estava ficando especialista em ter momentos vergonhosos, primeiro seu ataque de ciúmes na delegacia (e sim ela estava assumindo que estava e ainda está com ciúmes de Barry, que Cisco nunca soubesse disso, amém!) e agora seu momento romântico com Barry que havia sido arruinado. Se afastou dele com o rosto vermelho, Cisco parecia tentado a rir, mas como um bom amigo que era estava segurando a gargalhada, Íris também estava vermelha ou pelo menos era essa impressão que dava, Caitlin não estava conseguindo perceber já que West lhe fuzilava com os olhos.
—Ei o que vocês estão fazendo aqui? - Barry perguntou torcendo as mãos nervoso.
—Viemos ver Felicity, na verdade descobrir o motivo da sua súbita vontade de ficar aqui. - Oliver explicou alternando o olhar entre ela e Barry.
—Mas eu acho que o motivo já está explicado. -Thea se meteu no meio sorrindo maliciosamente. - Feli tem uma séria mania de se meter onde não é chamada.
—Então vocês já acharam ela? - indagou.
—Ela e Kara saíram com HR, foram ao Jittler. - Íris falou sem desviar o olhar dela, Caitlin de repente sentiu o seu sapato estava mais interessante que a conversa. - Vou atrás de Wally.
Íris virou as costas e saiu pisando duro.
—Ah, droga. - Barry remungou jogando a cabeça para trás frustrado.
—Alguém pode me explicar o que foi isso? - Oliver indagou.
—É complicado. - disse suspirando, seu celular apitou na bolsa. - Com licença. - pediu já o colocando no ouvido.
—Caitlin é Raíz.

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—Oi Rai, o que houve? Pensei que estivesse no trabalho.
—Bem eu estou, mas ocorreu um pequeno mal entendido com uma das mães e para ser sincera ela pareci preste a bater em Natali. Tô tentando segurar a onda aqui, mas ela está louca de raiva. - ela falou tão rápido que Caitlin mal teve tempo de assimilar as coisas.
—Raíz respira fundo e me explica isso direito, como assim alguém quer bater na Nat?
—Olha, você sabe que essa escola é bem concorrida e coisa e tal, e que Natali entrar aqui foi quase um golpe de sorte, muitas mais perceberam isso é ficaram revoltadas, mas essa puta aqui levou a outro nível. Ocorre um pequena acidente envolvendo Nat e outra garota, mas foi justamente na hora que essa mãe ia chegando e o pior de tudo foi que a menininha é filha dela!
—Ah, merda.
—Isso mesmo, deu merda. Agora a diretora pediu para ligar para a responsável da Natali e pedir para vir aqui resolver a situação.
—Ok, já estou indo.
Desligou o celular e já correu para pegar a bolsa.
—Ei! Para onde você está indo? - Cisco indagou.
—An... assuntos de família.
Barry a questionou com olhar, ela apenas deu de ombros e saiu. Não queria demorar muito em uma explicação sobre sua súbita saída, mas sabia que Barry a seguiria para saber onde ela estava indo.
Ele chegou segundos depois dela estacionar o carro.
—O que houve?
—Problemas com Natali. - disse caminhando em direção ao prédio. - O que você disse a eles?
—Que precisava voltar para a delegacia, mas Oliver meio que suspeitou.
—É o Oliver, Barry. Se ele não suspeitasse isso sim iria ser suspeito.
Barry a encarou quase sorrindo e empurrou a porta de vidro do prédio, caminharam lado a lado até a recepcionista onde foram direcionados até a direção.
Raíz já a esperava na porta, tinha o olhar desperado e estava visivelmente nervosa.
—Tentei ficar lá dentro, mas elas me expulsaram. - ela disse, isso significava que Natali estava sozinha, a mercer dos olhares repressores daquela mulher.
Respirou fundo e abriu a porta pronta para dar uma de mamãe leoa, mas para sua surpresa o que viu foi a cena mais engraçada de todas.
Natali estava em pé em cima de um cadeira, tinha uma mão sobre a cintura enquanto a outra se mexia energéticamente contra a mulher a sua frente.
—Todos somos iguais, não só porque mamãe não vem me deixar aqui que eu seja privilegiada, primeiro, eu nem sei o que essa palavra grande significa e segundo...
—Ela é apenas uma criança e isso significa que ela não teve intenção nenhuma de machucar sua filha. - falou calmamente se aproximando de Natali, esta sorriu e esticou os braços para abraça-la. - Sinto muito de houve algum mau entendido, mas Natali não seria capaz de machucar nem uma mosca.
—E você deve ser a mãe dela. - a mulher que mais parecia um ganso falou a olhando de cima a baixo.
—Sim, algum problema?
A mulher não respondeu, apenas riu em desdém e virou o rosto.
—Arabella diga a esta jovem o que essa mini delinquente lhe fez.
Arabella que era uma garotinha de cabelo loiro e olhos azuis, usava uma tiarinha de princesa e um tutu com glitter, deu um passo a frente e falou.
—Ela, - apontou para Natali. - me empurrou e me mordeu.
—Mentira! - Natali recrutou em um grito.
—Natali sem gritar. - pediu. - Olha senhora?
—Valdez.
—Senhora Valdez, tenho certeza que existe uma explicação lógica para tudo isso. - assegurou tentando manter a calma, então olhou para Barry que jazia encostado na porta apenas observando, arqueou a sobrancelha em sua direção em busca de apoio, mas ele apenas deu de ombros.
—A sra. Allen tem razão sra. Valdez, há uma explicação para tudo isso. - a diretora, uma senhora na faixa dos cinquenta anos que usava um terno rosa disse em um sotaque fortemente carregado. - Deixemos que a srta. Natali dê à nós sua versão dos fatos.
A mulher com cara de ganso fez uma careta de desgosto, mas nada contrariou.
—Natali, você poderia contar o que realmente aconteceu? - pediu segurando a filha pelos ombros e a encarando nos olhos. - A verdade por favor.
Natali assentiu e então falou.
—Estávamos indo pra sala de ensaio como Raíz pediu, mas então eu percebi que havia deixado minha presilha do cabelo cair e me abaixei para pegar, foi quando Arabella esbarrou em mim e caiu, mas juro mamãe que eu não encostei nela depois disso.
Ela assentiu, confiava plenamente na filha para saber que ela estava contando a verdade.
—Aconteceu apenas isso?
—Sim mamãe. - Natali baixou a cabeça, Caitlin virou-se para a diretora.
—Se Natali disse que foi apenas isso, eu acredito nela.
—Temos que apurar os fatos para entender o que realmente aconteceu. - a diretora falou, porém a cara de ganso não se deu por vencida.
—Isso é um ultraje, minha filha é agredida fisicamente e eu ainda tenho que aguentar esse tipo de afronta. Vamos Arabella. - a cara de ganso jogou o cabelo e saiu porta a fora, mas não sem antes passar por Barry e lhe lançar um olhar enigmático, Arabella demorou um tempo para entender o que a mãe havia ido embora, quando finalmente percebeu, pulou da cadeira e saiu correndo.
—Sinto muito por isso ter acontecido. - a diretora se desculpou.
—Não tem problema. - disse sincera. - Sempre teremos que aturar pessoas como ela, mas já está tudo resolvido levarei Natali para casa.
—Sinto muito por tudo sra. Allen.
—Não se preocupe. Vamos Nat.
Pegou a mão da sua filha e saiu da sala, Natali esticou a mão e envolveu a de Barry. Sorriu agradecida quando passou por Raíz, Natali gritou um tchau.
Barry voltou dirigindo, ela não se importou, ainda estava agitada com a discussão com a aquela mulher.
—Você deu uma de mamãe leoa hoje. - Barry falou sem tirar os olhos da estrada.
—Aquela cara de ganso me tirou do sério. - justificou apoiando o cotovelo na janela. - Como ela ousar acusar Natali sem provas.
—Cara de ganso?
—Ela tem cara de um ganso sim. Aquele pescoço e o nariz em pé, o jeito como age pensando ser superior aos demais. - revirou os olhos, Barry riu. - O que me deu mais raiva foi aquela garotinha insinuar que Natali a havia mordido, Natali nunca morderia alguém, não é meu anjo?
Pelo retrovisor observou Natali.
—Eu não mordi ela, Arabella é uma mentirosa.
—Isso mesmo, uma mentirosa. - concordou, Barry não opinou. Ele dirigiu até o seu apartamento, não que eles tivessem decidido para onde estavam indo, mas foi quase uma opção óbvia.
O carro estacionou e Natali quase saiu correndo, Caitlin teve que para-la antes da pequena se tacar em alguma pessoa na rua. Os três seguiram para dentro do prédio, Barry ainda estava em silêncio e aquilo era estranho.
—Você está bem? - indagou assim que ele abriu a porta do apartamento, Natali já havia corrido para o quarto deixando os dois a sós. - Está calado desde de que deixamos a escolinha, o que houve?
—Não é nada. - ele assegurou se aproximando dela e pegando suas mãos. - Você se apegou tanto a Natali que eu tenho medo que você sofra quando ela for embora.
Ela sorriu meio triste.
—Eu vou sofrer, isso é meio obvio, mas tentarei ser forte.
—Só veremos Natali daqui a cinco anos e quando ela chegar será um bebê de colo e terá companhia.
—Eu sei. - sussurrou se inclinando sobre ele. - E isso não me preocupa.
—Mas me preocupa. - ele revelou também em sussurro. - Cisco virá aqui para testarmos o plano dele, o que considerando o nosso histórico, tem uma grande chance de dar muito errado ou muito certo.
—Vamos torcer para que a segunda opção dê certo. - disse então passou os braços ao redor do pescoço dele. - Natali tem que voltar pra casa.
—De qualquer jeito estarei aqui com você.
—Isso é uma promessa?
—Com certeza. - ele falou e a beijou.

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