As vezes as coisas não são como a gente quer que seja, certo? As vezes a gente entra no ônibus esperando uma viagem tranquila em que a gente possa encostar a rosto no vidro e ver a chuva escorrer pela janela.

Mas quando entramos não tem lugar para sentar, as pessoas no ônibus são estranhas e engraçadas, é inevitável não rir com as conversas que ouvimos, com as pessoas que vemos, com o motorista maluco que tem um cabelo engraçado e dirige rápido demais.

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Mas você se contenta com o ônibus e passa a pensar na vida, e esquecer as pessoas ao seu redor.
Lembra-se do amor perdido... da pessoa incrível e que ela tem alguém muito melhor que você ao lado dela, fazendo ela rir com mil piadas, ou suspirar com mil sorrisos...

Quando você percebe está ainda no ônibus com aquelas maravilhosas pessoas engraçadas, mas vê que está triste, pois não conhece aquelas pessoas e pior ainda...não tem que você gostaria sentado ao seu lado.

Alguém desce do ônibus e você finalmente se senta. Começa pensar nos seus amigos...

Ah os amigos... Tão alegres, tão engraçados, tão parceiros e tão únicos! Te consolam sempre que você precisa, te xingam sempre que estão brigando, mas quando você não está perto te elogiam.

De repente um sentimento de tristeza te invade, um dia eles irão... Seus amigos partirão e te deixarão só... Você não saberá quando nem o por quê. Talvez eles se mudem para uma cidade distante? Talvez eles sejam atropelados por um ônibus? Talvez eles façam outros amigos?

Você olha para fora da janela e vê uma cafeteria com mesinhas lindas e bem arrumadas. Pensa que em uma delas poderia estar aquele seu amor, mas com outra pessoa ao seu lado... Uma lágrima cai de seus olhos mas você sorri, afinal, aquela pessoa podia ter morrido em um acidente não podia? Mas ela está bem, sorrindo e feliz só quem com outro, oras.

Você olha para dentro do ônibus e uma voz te desperta de seu transe estranho.

—Ei! Ponto final! Não vai descer?!

E você desce do ônibus.

Mas não desce triste, desce conformado de que um dia as coisas mudam. E você se dá conta de que estava com o rosto colado a janela e que chovia lá fora. Exatamente o que você esperava inicialmente da viagem de ônibus. Porque um dia as coisas acontecem, de repente, sem que a gente perceba.