Sverdssen: Bastardos do Mar da Espada

Contos de Espadas e Escudos - Re-começo


[Vento gelado do mar, tempo nublado, barulho de homens trabalhando no porto]

O barco de madeira escura e com poucos adereços atraca no porto. Homens no cais ajudam os marujos a amarrar as cordas enquanto rampa é baixada para que as mercadorias possam ser retiradas.

Ei você! — Gritou o subchefe do porto, que ostentava um capacete diferente dos que os guardas usavam.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Um homem alto e de rosto coberto por um manto escuro virou-se para ver que o chamava.

Não são permitidas armas aqui em Pafluth, entregue-as ou será preso — Disse o subchefe balançando um porrete de madeira de forma bem rude.

O volume da espada era bem visível no manto que cobria o corpo do recém chegado e, logo ficou claro que tentar disfarçar não era a opção certa.

Sou um soldado.. — Ele disse com um tom receoso, não pelo que é, mas por seu sotaque, que deixava claro de onde vinha.

O subchefe agressivamente sobe a rampa do cais encarando o soldado encoberto. Sua velocidade e agressividade diminuem à medida que ele se aproxima e ouve o que o outro fala.

Vo..você é um Hviit? — Diz com a voz tremula.

A palavra chamou a atenção de alguns marujos e trabalhadores em volta.

Do soldado encapuzado, apenas parte do rosto e as mãos estavam à mostra. Eram bem brancas, em um tom bem diferente daquelas pessoas de pele clara.

E há algum problema com isso? — O soldado interrogou, sem imposição, no entanto.

Com um movimento repentino o subchefe deu dois passos para trás.

Não, não! Você está liberado para usar suas armas, pode ir — Disse visivelmente assustado.

Ouvindo isso o soldado abaixa o capuz que cobria seu rosto sem barba. Mostrou características que todos os observadores podiam esperar; olhos escuros, assim como seu cabelo, que era cumprido e trançado.

Não desejo oferecer perigo a você.. — Resmungou, tomando o caminho para fora do barco.

Marujos e trabalhadores, assim como o subchefe ficaram observando o nortenho desembarcar.

Ei você marujo, em nome de Merun, quem deixou um maldito nortista viajar nesse navio? — Falou furiosamente, ainda que em tom baixo.

O marujo olhou para o encarregado do caís com desdém e respondeu, enquanto limpava o chão.

Ele pagou bem ao Capitão.. — Disse sem sequer olhar para o rosto redondo do subchefe.

Sem ouvir a conversa do nortenho caminha pelo porto com um ar perdido enquanto os guardas locais o mantêm sobre constante observação.