Deveria ser uma sala toda branca, porém só pelo fato de que nela habitavam agora sete garotas extremamente confusas e ainda zonza, essa probabilidade acabou.

– Hum...Onde é que eu tô? – Uma garota de cabelo loiro que não era exatamente claro e nem escuro, confusa se erguia massageando as têmporas, tentando de alguma forma se sentir melhor.

– Bom, fofucha... – Uma garota de jaqueta de couro e cabelos escuros, curtos e rebeldes se pronunciou enquanto se reencostava na parede.

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Cruzando os braços na frente do corpo, continuou:

– A não ser que você more num manicômio... Acho que tu não tá em casa. – Nisso ela andou lentamente em direção a outra.

Quando as duas estavam bem próximas, uma outra menina que estava até então calada e despercebida falou:

– Com licença... – falou uma baixinha que usava óculos, sua aparência denegria uma calma tão grande, que até parecia forçada. – Mas eu também tenho umas perguntas, tipo assim... O que eu tô fazendo aqui? Quem são vocês? E... Alguma de vocês também foi sequestrada de maneira muito estranha?

– Eu... – Uma dupla de garotas que despertavam a pouco falaram em coro, uma loira clara dos olhos azuis, e outra de pele pálida e longos cabelos negros acompanhados de um pequeno sorriso sarcástico.

– E... Eu também quero saber o que eu tô fazendo aqui. – A de cabelos negros falou se levantando e ajudando a loira a se erguer.

– Entra na fila. – Esse comentário veio de outra loira que estava do outro lado da sala. Essa já era morena e com o cabelo loiro um pouco mais escuro que as outras outra.

– Caraca, esse lugar tá precisando de uma decoração! – Uma ruiva ironicamente falou.

– Bom já que minha primeira pergunta não tem resposta – a de óculos falou novamente –, alguém responde a segunda: Quem são vocês?

– Vejo que é hora das apresentações. Meu nome é Skyllar Jackson. – A de cabelos loiros médios falou.

– E eu sou a Nora, Nora McQueen – A de jaqueta de couro sorriu de canto.

— Bárbara Wills. – Curta, a de óculos respondeu.

– Oii! – Mesmo naquela situação uma das loiras não deixou de ser simpática. – Eu sou a Tara Blake

– E eu me chamo Lyra Colins. – A albina disse.

– Selina Strong. – Outra loira de cabelos mais escuros apontou para si mesma.

– E por último, mas não menos importante. – A ruiva riu concluindo. – Sou Nicolle Smith.

– Outra perguntinha...-Tara levantou a mão.- O que é isso em nossos tornozelos e pulsos?

– Como não percebi isso antes? – Selina sacudiu seus braços sentido as correntes neles fazerem a mesma coisa.

– E uma outra... que identificações são essas nas nossas roupas? – Nicolle perguntou e em seguida olhou para seu corpo e leu o crachá com as seguintes palavras: – Romanoff.

Uma a uma, as senhoritas foram lendo seus nomes, sem muito entusiasmo. Olhares foram distribuídos entre si, enquanto riam de nervoso, a situação seria engraçada se não fosse tão absurda.

– Pela falsa cara de espanto de vocês, posso presumir que já tinham visto esses nomes antes. – Nora deu seu palpite, sendo confirmado por acenos de cabeça coletivos.

Ali, as meninas etiquetadas como Banner, Stark, Rogers, Romanoff, Barton, Laufeyson e Odinson suspiraram frustradas.

– Deixe-me adivinhar, vocês tem colares com esses mesmos nomes gravados, não é? – De novo a morena acertou em seu palpite quando viu os olhares espantados de suas companheiras. – Que lindo!

– Isso foi no mínimo estranho e olha que eu sozinha já sou bem estranha. – Lyra debochou.

– Banner tipo, Bruce Banner, O Hulk? – Bárbara indagou pensando em sua capacidade de ficar verde.

– Não sei, mas acho que Tony Stark está longe de ser o mesmo Stark do meu colar. – Nora foi irônica e descrente.

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– Olha, eu não pretendo ficar aqui para descobrir. – Skyllar disse. – Mas não quero sair daqui sozinha, então, o que faremos?

Silêncio foi a única resposta obtida pela loira.

– Bom, gente vamos pensar um pouco – Tara tentava animar as meninas –, onde estamos? E principalmente o que são essas coisas nos nossos braços? E por que ela ficam piscando ass...

– Essa "coisa" é uma algema. – Uma voz interrompeu Tara, uma voz grossa que não pertencia a nenhuma das outras moças.

Ela era de ninguém mais ninguém menos que Nick Fury.

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Loki's P.O.V:

Para começar, eu acordei hoje já com uma estranha sensação de que ia ter a maior dor de cabeça da minha vida. Andava pelo palácio, parecia que meu corpo já havia traçado um percurso até a biblioteca real.

É nesse lugar que às vezes gosto de vir pra refletir. Pensava no que aconteceu desde que me conciliei com Thor, e até mesmo com Odin. Eu entrei para os Vingadores e comecei a "melhor" fase da minha vida, fazer o que? Era isso ou ser perseguido a vida inteira. Até que no início foi difícil com toda aquela burocracia de: "não matamos" e "não torturamos", mas aqui estou eu, vivo, ao menos.

Às vezes, pensava numa boa razão para continuar nesse grupo. Heroísmo nunca foi uma qualidade minha.

Saí dos meus pensamentos quando o comunicador tocou com uma mensagem do Fury dizendo: ''Reunião, agora! Rápido!''

Bufei e pus-me a andar pelos corredores de novo no enorme castelo em busca da saída. Logo, achei Thor e me juntei a ele.

– Recebeu a mensagem do Fury? – Ele perguntou.

– Me explica como não receber? – Respondi.

Thor sorriu de canto e acenamos para Heimdall e nisso a Bifrost se abriu nos sugando e nos mandando para Midgard, ou pra terra.

A viagem rápida logo nos faz por os pés em solo terráqueo e contemplar os últimos feixes de luz que a Bifrost deixa pra trás.

Assim que consigo, percebo que estamos na frente da torre da S.H.I.E.L.D, já com todo mundo entrando. Até que o Stark nota nossa presença e se vira pra trás e nos cumprimentando com o abuso de sempre.

– Homem-Rena e Barbie, que prazer em vê-los!

– Não começa cabeça de lata de sardinha. – Steve interpelou.

– Gente – Bruce falou calmamente –, isso pode parecer irônico, mas... Eu tô sentindo que essa reunião vai dar...

– Treta? – Barton riu debochado. – Só vamos saber quando a gente entrar.

– Então vamos logo. – Natasha abriu as portas do elevador e todos nós entramos.

– Companheiros, não vamos pensar negativo! – Thor disse tentando nos animar, mas, não deu muito certo.

– Falar é fácil! – Retruquei. – Mas acho que daqui você é o único que pensa que uma reunião com o caolho é boa coisa!

– Já chega gente. – Steve disse e o elevador se abriu, entramos na sala de reuniões e esperamos Nick Fury chegar.

Afinal, o que ele queria conosco?

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– Aff, era só o que me faltava! – Nora riu – Um careca de tapa olho! O que vão mandar agora? A fada do dente?

– Quem é você? O que você quer com a gente? – Lyra disse com raiva.

– Em breve todas as suas dúvidas serão esclarecidas. – Ele respondeu.

– Em breve quando? – Skyllar perguntou gritando.

Mas ele ignorou a menina e apenas disse:

– Guardas, entrem e as levem daqui.

Então, catorze guardas entraram na sala e em duplas seguraram cada uma das meninas suspendendo-as do chão.

– Me larga! Me solta! Tá me deixando brava! – Bárbara tentava se soltar.

– Tá machucando!

– Afinal, qual é a tua cara? – Nicolle gritou para Nick que não respondeu e saiu da sala em silêncio.

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O silêncio inquietante na sala de reuniões fazia os heróis se sentirem entediados, até que um cara de tapa-olho entrou na sala.

– Então, Fury... – Clint quebrou o silêncio. – Qual é a sua urgência?

– A jugar pelo barulho vindo do corredor... – Nick sorriu de canto e olhou em direção a porta, de onde surgiram sete garotas acompanhadas por mal encarados guardas que as jogaram em cadeiras a frente dos respectivos vingadores que lhes correspondiam. – Podemos falar da minha urgência...

Após se recomporem olharam a sua frente incrédulas com a semelhança das pessoas que estavam diante delas.

O mesmo podia ser dito dos Vingadores que achavam que ou a S.H.I.E.L.D tinha feito clones deles, ou isso era pegadinha.

– Ok, Nick, explica isso. – Stark disse sem tirar os olhos de Nora que por sua vez nem atrevia a encará-lo.

– Bom, em 2012 quando os Vingadores se uniram pela primeira vez, o conselho decidiu que seria melhor caso um de vocês morresse ter um "sucessor" para substituí-los, então...

– Então, o que? – Steve perguntou se levantando de sua cadeira.

– Fizemos experimentos com o DNA de vocês, e essas meninas são suas filhas.

– O QUE? – Gritaram todos em coro, ou quase todos.

Por que em outro canto da sala, a reação de Nora foi bem diferente. A menina ria de forma sarcástica e escandalosa.

– Muito bem... haha... cadê as cameras?-A morena limpava os cantos do olhos fingindo emoção.

– Tenho cara de quem brinca, Nora Elizabeth Stark?

– Nunca mais repita meu segundo nome e eu já disse eu não sou Star...

– Cala a boca, Nora! – Lyra se levantou da mesa com lágrimas nos olhos. – Você não vê? Ele fala a verdade...

– Como você sabe? Você lê mentes? – Nora ironizou.

– Poderia se quisesse – Lyra falou grave. –, mas há uma dedução lógica você não entende?

– Ela tem razão Nora... – Nicolle falou entre soluços. – Me explica, se ele não falasse a verdade por que nos sequestrariam? Por que esses colares estariam com a gente? Por que sua mãe te bateria? Ou o pai da Sky? Ou os da Tara?

As lágrimas escorriam livres pelo rosto de Nora agora, então ela abaixou a cabeça e calou-se começando a soluçar.

– Como você pôde Nick?-Natasha olhou incrédula. – Por que fez isso? E poque nos manteve afastados delas? – Natasha passou a mão pelo cabelo de Nicolle que por sua vez não compreendia tal ato.

– Tivemos de afastá-las para para que fossem protegidas dos seus inimigos e dos inimigos da S.H.I.E.L.D. – Nick não apresentava um pingo de remórcio. – Mais alguma coisa?

Tara se levantou e tentou falar mais não conseguiu e voltou a chorar. E nesse momento uma longa trovoada foi ouvida no céu.

– Eu tenho... – Selina falou e soltou um soluço. – O que são esses colares?

– Monitores e rastreadores que nos davam informações sobre vocês. –Ele respondeu.

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Nesse momento Bárbara se levantou e irada, exclamou:

– Você é um monstro! Eu perdi os últimos anos da minha vida buscando uma cura pra tudo isso, e agora vejo que foi tudo em vão!

Ainda zangada, olhou para os heróis:

– E vocês, não falam nada?

– O que você espera que a gente fale? – Thor falou por todos. – Estamos sem palavras!

– E você? – Bárbara falou com ironia para Bruce que permaneceu calado, então a garota sentou-se e voltou a chorar.

– A Bárbara certa! Já que Os Vingadores não falam nada, eu falo! – Skyllar se levantou e começou a discutir:

– Eu acho que ninguém precisa de ajuda para fazer filhos, e isso só piora porque eles são Os Vingadores, eles não querem isso. Agora tudo está tão confuso... Nem eu me acho nesta nisso tudo.

– Deixe-me esclarecer se está confusa, seu nome é Skyllar Rogers e seu pai é esse aí na sua frente. – Nick apontou para Steve que agora o encarava com desprezo.

– Ah, lembrando que vocês não tem mãe... – Isso fez com que todos olhassem para Fury. – Quero dizer, quase todos... No caso da Nicolle que é filha da Natasha, ela não tem pai.

– Me explica isso? – Loki falou sério.

– A partir das células de cada um, criamos no computador diferenças genéticas para que elas não fossem tão parecidas com vocês e depois colocamos essas células num tipo de incubadora cheia de um soro com nutrientes, parecido com óvulos e espermatozoides e esperamos nascer.... A idéia, era que o DNA delas fosse puro, apenas dos Vingadores.

– E por que são todas meninas? – Stark riu para Nora que ainda chorava.

– A máquina deu defeito... – Nick sorriu de canto. – Afinal, era a primeira vez que fazíamos esse experimento. Mais alguma coisa?

Tara continuava chorando com a cabeça apoiada na mesa, então Thor começou a acariciar os cabelos loiros da menina que por sua vez, não reagiu.

E quanto a Barton? Bom, ele e Selina se olhavam sérios até que ele pegou na mão dela que sorriu um pouco.

Já Steve não falava nada, só sabia olhar para Skyllar admirado e Loki fazia o mesmo com Lyra.

Tony e Nora nem se olhavam direito até que Stark enxugou com o polegar uma lágrima teimosa do rosto dela.

– Bom, já que não temos mais nada a falar eu declaro essa reunião ence... – Mas Fury não terminou de falar, pois nessa hora uma garota de óculos o interrompeu.

– Eu te odeio nick fury! – Bárbara gritou e bateu contra a mesa. – Você é um.... Arg....

Repentinamente, a baixinha começou a passar mal, Bárbara caiu no chão, sua cabeça explodia de dor e seus sentidos a confundiam. Isso chamou a atenção de todos.

Seus ossos cresciam e sua pele esverdiava além de sentir sua musculatura rasgando de tanto crescer.

– Bárbara você está bem? – Uma voz falou vagamente falou a seus ouvidos, porém ela não respondeu.

Ela estava confusa e assustada. A única coisa que ela tinha certeza naquele momento era de que...

Ela não estava mais no controle de si...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.