Ela era virgem. Estava muito nervosa e tinha nos ombros toda a tensão e insegurança. Quando nua, mal recordava a capacidade de mover-se. Perdera a coincidência de si. O rapaz reparou, mas fingiu que não. Chegou a dizer:
— Quer que pare?
Silêncio.
A moça pensou em recusar o ato, mas tinha medo de perder o rapaz nesse "não" dito por ela. A coisa aconteceu. Quando acabou, ninguém ousava dizer nada. Alívio. Houve um momento de tensão ao pensar no que deve ser feito depois - como é que a vida prossegue? Uma súplica muda e um "foi por amor" pensado.
Para a menina: um marco.
Para o rapaz: também.
Sentiram-se banais. Que ao invés de esperarem um pelo outro, deixaram-se pelo que eram esperados.

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