Fê ou Lipe, quero que se explique

I. Dos sonhos empoeirados


Desde o sopro meio empoeirado de vida, sinto-me mais enterrada.

Horrível, né? Mas é verdade.

Conheci o pó (muito mal, pra ser sincera) porque era com ele que mamãe encarava os pesares do mundo — segurar a barra de um pai esquivando-se das nossas vidas como areia não é fácil. O quintal de terra batida não colaborava, também; os pés sempre sujos incomodavam. Quando cresci, vi maquiagem com bons olhos: empoerei-me na aparência, limpando-me à autoafirmação. Porém, não sou conto de fadas: agora, agonizo no meio fio.

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Aos agressores, não mereço ser mulher; por arbítrio deles, suprimiram-me sem dó.

Em terrei-me.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.