La Doña

#LaDoña - Capítulo 28


− Meu homem! – ela o abraçou e depois de alguns minutos deitou ao seu lado e o olhou nos olhos. – acho que você vai querer saber de Acácia né?

Frederico suspirou e retribuiu a mirada dela.

− Primeiro me diga se foi você quem o mato? – Cristina sentiu o sangue gelar era a hora da verdade naquele momento.

Cristina sentou em sua cama e cobriu os seios com o lençol e o olhou tinha chegado à hora de Frederico saber quem de verdade era Cristina Alvarez ou simplesmente La Doña.

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− Eu peço que me escute primeiro depois me julgue como achar melhor, mas primeiro me escuta! – respirou fundo.

Frederico se arrumou melhor na cama e a olhou.

− Tudo bem, meu amor, eu estou aqui para te ouvir.

− A bala que matou Diego não veio de minha arma, mas foi em meu nome! – Frederico sentiu vontade de dizer algo, mas ela continuou. – Diego é o meu algoz, o homem que destruiu minha vida e eu só vim pra cá em busca de vingança e pra encontrar a minha filha!

Tinha fogo nos olhos ao pronunciar aquelas palavras era tanto ódio que ela sentiu seu corpo tremer, mas não podia fraquejar naquele momento ele precisava ouvir a verdade já que iriam se casar ou não depois de tudo que contasse a ele.

− Eu era novinha quando me apaixonei por ele, eu tinha a ilusão de príncipe encantado e pra mim ele era o meu príncipe, mas numa noite ele me queria e eu não eu e ai meu inferno começou... – respirou fundo arrumando forças para não chorar.

− Ele te forçou? – um nó se formou em sua garganta.

− Ele não só me forçou como cortou os meus pulsos para que eu morresse de sangrar! – naquele momento uma lágrima escorreu de seu rosto e ela mostrou os pulsos para ele que sentiu seus olhos brilharem com as lágrimas que se aglomeraram e ele a puxou para ele abraçando seu corpo. – Eu só na morri porque meu pai me encontrou por um milagre e porque não era a minha hora! – ela estava deitada no peito dele enquanto falava.

− Meu Deus! – ele se agarrou mais a ela nem sabia o que dizer.

− Isso só foi o começo, eu queria morrer e então descobri que estava grávida não quis a menina e mesmo assim meus pais a criaram e numa manha depois que eu a tive... – ela suspirou contendo o choro. – Eu a ouvi chorar e eu levantei e fui até ela a peguei com um único propósito de acabar com a vida dela e eu fui pra cachoeira, mas ele estava lá e voltou a me violar e levou minha filha junto! – ela o olhou sentando novamente com o rosto molhado de lágrimas. – Eu não consegui tirar a vida dela... Eu não consegui, ela era um pedaço de mim, mas ele me tirou assim como tirou meu desejo de viver e eu jurei ali que nunca mais nenhum homem iria me tocar e dediquei todos esses anos da minha vida a encontrá-lo! – secou o rosto. – Eu toquei fogo na fazenda dele, ele perdeu um olho e quando você levou aquele tiro era para ele, mas você apareceu e eu não pude matá-lo com minhas próprias mãos. – os olhos eram frios quando falava de Diego e Frederico percebeu que ela não se arrependia do que tinha feito.

Frederico estava absorvido com tanto sofrimento e naquele momento ele se sentiu tão mão que deixou que seus olhos falassem o que seu coração sentia e ele chorou ali na frente dela tão sentido que Cristina o agarrou sentando em suas pernas de frente para ele e ele a agarrou apertando seu corpo contra o dele e chorou sentido. Cristina não chorou, pois não tinha lágrimas para chorar.

− Não chora, Frederico! – acariciou os cabelos dele.

− Eu queria ter te conhecido antes para que não sofresse tudo isso! – ele a soltou e olhou em seus olhos. – Se ele já não estivesse morto eu mesmo o mataria agora!

Cristina acariciou o rosto dele e deu um selinho em seus lábios.

− Eu prometo que nunca mais nada de ruim vai acontecer com você, eu estou aqui para te proteger e te amar com loucura para que você esqueça que um dia esse homem passou por sua vida! – tocou o rosto dela. – E quanto a Acácia...

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Cristina suspirou.

− Ela me odeia desde o momento em que eu cheguei e eu não sei o porquê, mas ela me odeia e agora que sabe que é a minha filha me odeia ainda mais! – tinha tristeza no olhar ela queria ser mãe para ela.

− Eu posso te ajudar. – sorriu. – Eu vou te ajudar com ela!

Ela sorriu junto a ele.

− Você me ama mesmo sabendo que eu matei um homem? – ele suspirou.

− A bala não saiu de sua arma, não é certo como agiu mais eu não sou ninguém para te julgar e se ele tivesse vivo, iria para a cadeia com um buraco na barriga! – ela sorriu pro cuidado dele. – Eu te amo e vou cuidar de você para que nada mais de ruim aconteça.

− Eu quero que você me ame!

− Eu vou te amar até meu ultimo suspiro!

Frederico beijou os lábios dela demonstrando todo seu amor por Cristina e o lençol foi deixado de lado para que eles pudessem se amar com calma porque era disso que Cristina precisava ser amada para poder amar.

[...]

MAIS TARDE...

O carro parou frente ao casarão dos Hernandez e Cristina desceu junto a Frederico e ele segurou firme na mão dela passando coragem e ela respirou fundo e travou quando viu Acácia parar na entrada da casa os encarando.

− O que quer aqui? – foi ríspida com seu tom e cruzou os braços e Cristina fraquejou.

− Viemos falar com você, Acácia! – Frederico tomou a frente.

− Eu não tenho nada pra falar com nenhum de vocês dois! Vão embora! – virou para entrar.

− Eu disse que não ia dar certo, vamos embora, Frederico! – Cristina falou baixo com seu coração acelerado.

− Não! – Frederico elevou o tom e Acácia parou e o olhou. – Você, não vai mesmo facilitar as coisas para sua mãe, né?

− Ela não é minha mãe e nunca vai ser!

− Eu sou sua mãe mesmo que te doa, Acácia! – as duas se encararam.

− E por ela ser a sua mãe é que você vai arrumar suas coisas para vir com a gente!

Acácia encarou Frederico.

− Eu, não vou a lugar algum com vocês dois!

− Vai sim! – Frederico se aproximou com Cristina ainda segurando sua mão. – Essa fazenda vai a leilão e você não vai ter onde morar, então já vai hoje pra nossa casa e vamos mostrar a você o que é ter uma família porque o que te falta é amor! – ele disse a olhando nos olhos. – Ande vá pegar suas coisas!

− Eu não vou! – Frederico soltou a mão de Cristina e foi até ela e a pegou pelo braço.

− Vai ser do jeito fácil ou do difícil, você escolhe! – eles se encaravam. – Então o que vai ser?

Acácia se soltou dele com agressividade.

− Pelo jeito vocês já decidiram o meu destino!

− Nós só queremos o seu bem! – ele a viu entrar bufando e ele virou e segurou Cris pelo rosto.

− Acha mesmo que é uma boa idéia? – ele beijou os lábios dela.

− Só assim ela vai entender que você a quer! – beijou mais uma vez a abraçando. – ela vai ver que pode ser amada assim como você ama, Flor, a nossa filha! – ela o abraçou com força. – Vai ver que com amor tudo se ajeita.

Cristina nada disse apenas ficou ali agarrada nele até que meia hora depois Acácia saiu com uma pequena mala e Frederico a pegou e levou para o carro a cara dela não era a das melhores, mas não tinha escolha e nem Júlia estava ali para ajudar. O caminho até em casa foi silencioso e quando eles pararam na frente da casa de Frederico ele percebeu um carro distinto e desceu junto a elas iriam viver ali e subiram as escadas para estar na varanda e ele ouviu um grito de Flor.

− Vai embora daqui! – ele entrou na mesma hora e deu de cara com Fábia.

Cristina que estava logo atrás entrou também e parou do lado dele e todos se encararam o que não estava bom somente iria piorar com aquela mulher ali!

− O que esta acontecendo aqui? – Frederico perguntou deixando a mala no chão.

− Não se meta isso não é assunto seu! – grunhiu Fábia.

− Ela quer tirar a minha filha! – Flor falou desesperada e a voz de Cristina e Frederico soaram.

− O que?