La Doña

#LaDoña - Capítulo 19


Frederico tomou os lábios dela nos seus e a sua mão a prendeu ainda mais junto a ele que apertou seus cabelos e sorveu da delicia que era tê-la assim junto a ele, não teve pressa em terminar aquele beijo e por isso foi calma percebendo que ela se soltava ainda mais em seus braços e quando a mão dela tocou o pescoço dele o beijo tomou ainda mais voracidade e ele gemeu para ele buscando ar.

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− Sereia... – ela mordeu os lábios dele.

− Cristina... para você eu sou Cristina! – ele sorriu e a beijou novamente com gosto e quando o beijo terminou ele disse:

− Eu te amo Cristina! – ela apenas o olhou nos olhos.

Cristina sentia seu coração bater rápido a respiração estava agitada e ela só fez sorrir sentia o coração mais leve ou seria a comemoração pela morte de Diego? Ou a declaração de Frederico? Cristina não sabia o que era mais sentia seu coração em paz e ter ele ali olhando para ela sem ódio pelo tirou ou por qualquer outra coisa a deixava mais que tranquila. Frederico sorriu mais ainda por ver aquele brilho nos e saber que o motivo dele era ele que somente a puxou e a beijou com amor.

− Preciso te deixar descansar! – ela falou assim que o beijo terminou.

− Não quero que vá... – choramingou como uma criança. – Você precisa cuidar de mim! – ela riu.

− Não sabia que Frederico era tão manhoso! – ele riu.

− Com você, eu posso ser o que quiser! – ele riu e ela deu um tapa no braço dele e ele gemeu de dor.

− Perdão... perdão... – beijou os lábios dele e ele riu gostando dos carinhos dela nem parecia a mulher rude que conheceu.

Frederico a puxou mais para ele e ela ficou um tanto deitada ao seu lado e ele desfrutou dos lábios de seu amor, mas o momento não durou muito já que o médico entrou.

− A senhora tem que deixar o seu marido descansar! – sorriu for ver os dois bem.

Frederico a olhou e sorriu.

− Eu já estava indo! – ela se levantou e arrumou a blusa.

− Seu marido amanhã ira para o quarto e poderá ficar com ele o tempo que quiser! – Frederico riu achando graça daquela situação e ela passou a mão de leve no braço dele e o beliscou o fazendo gemer.

− Sim, amanhã eu volto! – olhou Frederico que ainda ria e caminhou para sair.

− Não vai dar um beijo no seu amor? – ela o olhou e semicerrou os olhos e ele riu.

Cristina foi até ele e deu um selinho.

− Eu te amo minha esposa! – deu mais dois selinhos nela e a deixou ir.

Cristina saiu do quarto e conversou por alguns minutos com o medico e voltou para o quarto de Acácia que dormia tranquila, suspirou e deitou no sofá o dia seguinte seria de cuidados e ela precisaria de energias, não precisou de muito para adormecer sorrindo pelas palhaçadas de Frederico.

AMANHECEU...

Era oito da manhã quando Júlia adentrou o quarto de Acácia assustando Cristina que estava adormecida, ela deu um pulo sentando e por pouco não sacou a arma. Cristina olhou para a cama e os olhos de Acácia estavam cravados nelas e as duas se perderam por um momento ali até que a voz de Júlia soou para elas.

− Meu amor, como você está? – sentou na cama tirando a atenção dela de Cristina.

− Me leva para casa tia! – os olhos dela encheram de lagrimas.

− O que aconteceu? Eu liguei para a fazenda e me disseram que estava tudo destruído e que você estava no hospital! – acariciou o rosto dela.

− Só me leva para casa! – deixou as lagrimas rolarem.

Cristina sentiu uma impotência naquele momento por não ser "nada" dela naquele momento para poder correr até ela e abraçar forte e dizer "está tudo bem mamãe está aqui", mas ela ainda não podia e ela apenas levantou passando a mão nos cabelos e na roupa.

− A senhora quer um café? – se fez presente ali.

Júlia a olhou de cima abaixo.

− E você é quem? – Cristina quase revirou os olhos pela prepotência que vinha de berço somente de olhar para ela sabia que era cria de Diego igual ou pior.

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− Ela quem me ajudou tia! – Acácia respondeu.

− Hum... bom se quiser trazer um sem açúcar, eu aceito! – Cristina apenas assentiu olhou Acácia mais uma vez e saiu. Júlia olhou para a sóbria e disse: − Que mulher estranha!

− Deixa ela pra lá! – suspirou se movendo na cama com um pouco de dificuldade. – Ela é nova aqui na cidade!

− O que ele fez com você, meu amor?

− Eu não quero falar só em leva para casa! – olhou a tia nos olhos e ela assentiu.

Elas ficaram em silencio por alguns minutos e Cristina retornou com dois cafés e entregou a Júlia um e olhou para acácia com carinho mais os olhos dela para ela eram sempre frios e ela sentia sempre uma pontada no estomago.

− Pedi para que trouxessem seu café da manhã! – Acácia apenas assentiu. – Eu preciso ir... mas não vou embora ainda, vou ver Frederico e volto para assinar sua alta. – falava um tanto com receio e quando Acácia ouviu o nome de Frederico os olhos dela quase saltaram da face.

− O que aconteceu com ele?

− Um acidente, mas ele já está fora de perigo! – falou com calma.

Júlia sorriu lembrando-se de Frederico.

− Frederico? Aquele macho gostoso que deixava todas as mulheres desse povoado, louca? – Cristina no mesmo momento levantou uma sobrancelha e apertou um pouco mais o copo em seus dedos. – Eu quero vê-lo. – abriu o maior dos sorrisos.

− Tia... – Acácia a repreendeu.

− O que foi? Disse alguma mentira? Se ele continua aquele homem maravilhosos aposto que todas ainda caem de quatro por ele assim como eu! – falou rindo.

− Bom, eu preciso ir! – Cristina tratou logo de sair dali e falou com uma enfermeira que informou que Frederico já estava em um quarto e ela foi até lá, quando entrou ele esta sentado apenas com a calça do hospital. – Bom dia!

Ele a olhou e sorriu lindamente.

– Me ajuda aqui, esposa! – riu vendo a cara dela. – Eu preciso ir ao banheiro! – ela arregalou os olhos e ele riu mais ainda. – Não precisa balançar, é só uma ajuda que estou tonto!

Cristina largou o copo e foi até ele e o ajudou a ficar de pé, ele se aproveitou da situação e abraçou ela sentiu o cheiro de seus cabelos e desceu o rosto beijando a bochecha dela e logo os lábios, Cristina acariciou as costas dele nua e quente e seu corpo vibrou e ela tremeu, Frederico sentiu e seguiu no beijo ama estar assim com seus lábios nos dela e desfrutou até que ela cessou.

− Bom dia, esposa! – Sorriu.

− Você tem que parar com isso! – ele riu mais.

− Impossível! – se ajeitou melhor nos braços dela e ela caminhou com ele até o banheiro.

Frederico usou e minutos depois saiu e ela o ajudou a ir até a cama, ele não deitou mesmo ela "mandando" ele não o fez apenas a trouxe para o meio de suas pernas e a beijou nos lábios novamente, ela estava tão linda com os olhinhos inchados de dormir pouco e isso o deixava ainda mais apaixonado por sua "sereia". Cristina passou os braços pelo pescoço dele acariciando os cabelos dele e o tomando para ela com paixão e entrega que ela nunca pensou poder ter por alguém.

− Você é perfeita! – ele beijou o decote dela.

− Você precisa deitar e descansar! – ele riu.

− Só se me der mais um beijo! – ela ia falar algo mais ele não permitiu. – Só um... esposa!

Ela riu de lado e aproximou seus lábios dos dele e mordeu de leve e ele apertou a cintura dela com gosto a trazendo mais para ele e a tomando para mais um beijo como ele gostava, devorando os lábios dela até perder o ar.

− Frederico? – a voz soou e Cristina afastou-se dele de imediato levando a mão aos lábios.

Frederico olhou para trás e ali estava Júlia e Acácia, ele sorriu para elas.

− Não acredito que você está de volta Júlia! – ele riu alto e se arrumou melhor na cama. – Olá pirralha! – ele falou com Acácia que sorriu de leve para ele.

Júlia veio rápido até ele e o agarrou fazendo ele gemer de dor por seu ferimento e Cristina até levantou o braço mais logo abaixou vendo que ele dava conta perfeitamente do abraço que recebia e algo dentro dela sentiu tanto ódio que ela quase saiu dali cuspindo fogo mais se manteve firme ali apenas analisando sua "rival".

− Meu Deus, Frederico, que delicia você está! – apertou o braço dele. – Mas vejo que já de fisgaram! – olhou Cristina, mas não o soltou e voltou a olha-lo.

− Júlia, você não muda nunca? – ela riu.

− Queria ter mudado para seu endereço, mas você não me quis! – ele gargalhou.

− Você, não presta! – ele olhou Acácia. – O que foi pirralha? O que te aconteceu? – chamou ela para se aproximar e ela o fez. – Está doente?

Ela olhou Cristina antes de responder.

− Eu tive um mal-estar só isso!

− Eu vim aqui ontem pra saber de você, mas não tive tempo! – beijou os cabelos dela. – Que bom que está melhor. – sorriu como um pai preocupado.

− Eu já vou pra casa só passamos pra te dar um beijo!

− Eu também quero ir para casa, mas somente amanhã! – ele suspirou.

Cristina olhava aquela cena e por um momento não se viu parte dela, não se encaixava em canto nenhum e ela se manteve ali firme como se não estivesse ali apenas os vendo conversar.

− Se precisar de alguém para esfregar as costas... – ela se aproximou e beijou o canto da boca dele. – Me chama! – piscou e olhou Cristina sorrindo e se afastou para ir.

− Melhoras! – Acácia beijou a bochecha dele e apenas olhou Cristina saindo dali.

Frederico ria e olhou para Cristina que tinha o rosto já vermelho de ódio e ele sabia que estava encrencado e ele tentou falar, mas ela apenas se aproximou e sentou dois tapas bem forte no braço dele machucado e ele urrou de dor.

− Desgraçado! Filho da mãe! Diz que me ama e deixa outra te beijar? – ela deu mais dois pra ele aprender e se afastou.

− Cristina... – ele quase não conseguiu falar sentindo dor.

Ela nem deu bola para ele e saiu do quarto batendo porta e o deixando ali que riu por fim mesmo sentindo uma dor horrível a mulher era uma fera mesmo. Frederico deitou e respirou ela estava "paradona na sua".

[...]

DIAS DEPOIS...

Cristina não voltou mais ao hospital depois daquele dia mesmo querendo ela não voltou era orgulhosa demais para admitir que queria vê-lo, mas se manteve firme e não foi apenas se dedicou aos preparativos do batizado de sua pequena Leticia que adorava o colo de Cristina. Aqueles 15 dias passaram correndo e por fim tinha chegado o dia do batizado.

Estava tudo lindo e na cor branca, a fazenda toda montada e pronta, mas Cristina não queria nem ver pintado de ouro Frederico. Flor sorria a cada passo em que dizia que tinha estado com ele e ela morria por perguntar como ele estava mais não o fazia se mantinha firme e mesmo assim Flor contava a ela porque queria eles juntos eram como pais para ela e não queria um longe do outro.

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O batizado seria na capela da fazenda, algumas pessoas já haviam chegado e Cristina junto a Flor os cumprimentavam com um sorriso apresentando a nova herdeira do reinado como assim diziam as línguas do povoado, Cristina era só sorriso com a pequena em seus braços, mas esse sorriso cessou quando ela viu Frederico chegar lindo todo de branco e de braços dados a Júlia.

Cristina não acreditou no que seus olhos viram e ela pode sentir suas bochechas queimarem no mesmo momento, ele se aproximou mais delas e Cristina como estava com Leticia nos braços nem esperou ele falar apenas saiu com ela caminhando e deixando ele com a palavra na boca. Flor riu do jeito dela e cumprimentou os dois. Acácia que entrou depois deles parou frente a frente com Cristina que sorriu para ela.

− Que bom que veio! – balançou a neném em seus braços.

− Olha... – ela suspirou. – O fato de você ter me ajudado não muda o que eu sinto por você e não vai ser por isso que iremos virar amigas. – Cristina engoliu em seco aquelas palavras. – Eu não gosto de você e não vou te aturar! – foi pra sair.

Cristina sentiu uma fúria dentro de si e não permitiria que aquela mimada, presunçosa falasse assim com ela e antes que ela saísse por completo de perto ela a segurou pelo braço.

− Você pode até não me aturar, mas vai ter que me respeitar porque eu sou a sua mãe!