Sogans
Bem vindo a academia sogans. Parte 1
Enquanto passava pelos corredores, Marcos sentia os olhares o fitando, deixando-o com certa tontura devido à pressão. Também conseguia ouvir um comentário ou outro de algum aluno que acabava falando alto demais, e aquilo o deixava menos a vontade.
— Má ideia tentar achar ele nessa multidão... Parece que não tem fim. – O jovem intimidado sussurrava para si mesmo. – Acho que eu consigo dar a volta e voltar para o meu quarto... Se bem que eu também não sei voltar pra lá. Puta merda.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!No meio de seu busca, Marcos foi pego de surpresa por uma voz em sua cabeça.
— Ei, vire na próxima direita, e depois a próxima esquerda. – Dizia a voz em sua cabeça. – E não, você não está louco. Apenas faça o que eu mandei.
— Que... Deuses... – O jovem confuso tentava desesperadamente achar de onde vinha essa voz, mas todos ao seu redor pareciam estar alheios quanto a voz na sua cabeça. – Ok. Só pense. Academia de sogans, deve ter alguém que sabe se comunicar com o poder da mente. Siga a voz na sua cabeça, Marcos, provavelmente ela é melhor do que sua consciência.
E então o jovem percorreu o percurso que lhe fora passado, até que finalmente avistou Rafael, e então apertou o passo até ficar perto o suficiente para que ele pudesse ouvir sua voz sem precisar gritar.
— Oi. – Disse tocando no ombro do rapaz que almoçava tranquilamente.
— Oh, esquentadinho! Bem vindo, cara. Sente-se, por favor! – Disse Rafael, se arrastando um pouco para o lado, liberando um espaço para o novato sentar. – Demorou, em. Ficou de papo furado com a Janus, né? Seu danado.
— Nossa, cala a boca cara. – Respondeu dando um soco no braço do brincalhão.
— É, deixa o cara em paz, Rafael. – Dessa vez quem estava falando era uma garota. – Ah, eu sou a voz da sua cabeça. Prazer. Meu nome é Micheli.
— Uau! Então você é uma telepata?
— Mais ou menos isso. Haha. Ei, grupinho, que tal a gente se apresentar? – Sugeriu a jovem de dreads.
— Eu começo! Bem, meu nome é Todd, tenho 18 anos, odeio usar camisetas, regatas ou qualquer coisa do tipo. Gosto de tocar campainhas e depois sair...
— Puta que pariu, cara. Você pode ser mais objetivo? Só diga seus poderes e seu nome. Cacete, viu. – Todd foi interrompido por uma garota baixinha.
— “Nosfa”, Pam, pra que essa grosseria? Tá de mau humor, em... – O garoto teve como resposta um olhar fuzilante. – Ok, entendi. Resumindo antes que eu morra, meu nome é Todd e posso me teletranpostar para qualquer lugar que eu já tenha visto antes. Se quiser mais detalhes, me procure depois. Não vou enrolar muito, sabe, tem uma psicopata aqui. Foge. – Terminou de falar com um sussurro alto, direcionado para Marcos.
— Ok... Próximo? – Marcos não sabia se ria ou ficava assustado.
— Agora eu falo. – Disse a garota que havia interrompido Todd. – Meu nome é Pâmela e eu não tenho poder nenhum. É isso. Próximo.
— Caramba, que ogra. – Dessa vez a voz vinha de um garoto todo vestido de preto. – Não é nada pessoal, Marcos. Ela é ogra por natureza. Enfim, meu nome é André e tenho 19 anos. Até onde eu sei, eu consigo invocar diferentes tipos de espadas a partir dessas tatuagens em meus pulsos. Legal, não?
— Sim, muito legal, mas agora é minha vez de se exibir para o novato. – Levantou uma garota. Ela era alta, corpo bem malhado e magro, pele morena, corte de cabelo chanel cacheados ondulados e olhos verdes escuros. – Meu nome é Milena, a veterana desses bocós aqui. Tenho 22 anos, e minha habilidade é basicamente deixar minha pele tão dura quanto alguns materiais, como por exemplo, aço. Espero que possamos nos dar bem, esquentadinho. – Terminou de falar mandando uma piscadinha para o novato que ouvia atentamente tudo o que estava lhe sendo dito, deixando-o envergonhado.
— E por último, eu, Rafael. Tenho 19 anos e minha habilidade é super-força, resistência, ótimos reflexos, e também tenho um QI altíssimo. Modéstia a parte.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Nossa, que incrível! E espera, eu já vi você antes, na TV! – Apontou para Milena. – Você detona uns sogans babacas com bastante frequência. Magma, a impiedosa!
— Parece que temos um fã, ora, ora. – Magma respondeu com um sorriso malicioso, fitando Marcos. – Bem, coleguinhas, tenho que ir andando. Até loguinho. E Marcos, sinta-se a vontade para me chamar caso tenha alguma dúvida. E o resto de vocês, podem ir treinando! Viram o abismo entre vocês e os caras maus, não viram? Espero que isso sirva de motivação para vocês.
E então jovem morena se retirou da mesa.
— Ela tem razão... Eu to indo treinar. E seja bem-vindo, esquentadinho. – Disse Pâmela se retirando da mesa.
— Espera! Suas pernas já estão boas a ponto de você poder treinar? – Perguntou André.
— Tá preocupado comigo, gótico?
— A, vai se fuder, vai. – Respondeu, num tom de raiva e vergonha. – Todd, vamos treinar. – Disse, colocando a mão no ombro do colega.
— Ok, entendido. Até mais, Marcos! – Todd se despediu, fazendo um sinal de paz com os dedos, deixando pra trás apenas fumaça e um prato de comida vazio.
— Bem, novamente somos só nós dois, parceiro.
— Pois é, Rafa. E no fim eu nem consegui me apresentar.
— Não se preocupe, todo eles já sabem te conhecem.
— O que? Como assim? – Perguntou Marcos, arregalando as sobrancelhas.
— Nós, da academia, temos um site privado que só pode ser acessado pelos computadores daqui. Nesse site tem informações sobre todos os alunos, então provavelmente a maioria daqui já te conhece.
— Nossa, que praticidade.
— Bem, acho melhor você comer logo, pois hoje vou te ensinar o básico sobre os sogans, ok?
— Já estava na hora!
Então, ansioso, Marcos começou a comer.
Agora Marcos e Rafael estavam numa quadra, onde outros alunos treinavam combate corpo a corpo, indiferentes com a presença dos dois.
— E então, Rafa, como vai ser? Vamos treinar o que? Meus poderes? Artes maciais? Pode mandar que estou pronto.
— Nasceu de sete meses? Calma lá, esquentadinho. Primeiro eu tenho que fazer uma sondagem em você.
— Como assim?
— Se lembra que eu mencionei um site com informações nossas? Nessas informações também diz a somatória do seu poder.
— Em números? Como isso é possível?
— Bem, o diretor além de ridiculamente poderoso, é ridiculamente inteligente. Ele não da muitas informações a respeito disso, mas sabemos que o poder é dividido em três coisas. Força física, suas habilidades geral em luta, e o tanto de magia que você tem, que seria o tamanho da força da sua individualidade.
— Isso até parece um anime. Entendi! Que empolgante! Como vamos medir meu poder? – Marcos estava tão empolgado que sem perceber dava pulos de alegria.
— Caraca, estou surpreso pela velocidade que você conseguiu processar isso tudo. O pessoal geralmente fica confuso, ou não aceitam que o poder pode ser medido com números. Vem com aquele papo óbvio que isso pode ser bem relativo. Dur, mas ciclano pode ter vantagem contra fulano, dur. Avá.
— Haha! É foda, né? Mas então. Quero saber logo o tanto de poder que eu tenho.
— Certo. Tá vendo que no chão tem uma faixa vermelha formando um retângulo? Isso é uma pequena arena, e simples, vamos lutar! Enquanto lutamos, as câmeras vão focar em você, para te sondar por completo. Simples, não?
— Resumindo... Eu só tenho que lutar, certo?
— Não tá com medo? Hehe.
— Eu que te pergunto.
Os dois estavam trocando olhares, tentando intimidar um ao outro, até que um aluno aleatório gritou.
— Pessoal! O novato vai lutar com o Rafael! Bora assistir!
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