Kidnapped - Sequestrada

Tentativa de Fuga.


POV'S Courtney.

Depois do desentendimento de Babi e Alessa, eu fiquei estática. Nós já tivemos várias brigas, mas nunca uma com palavras tão duras como as que Babi usou contra Alessa. Eu nunca imaginei que poderíamos chegar a esse ponto. Eu fiquei magoada com Babi, mas não poderia fazer nada. Ou podia?

Alessa saiu para fora, não sei para onde ela foi, mas quando ela está assim, ela gosta de ficar sozinha para pensar em uma solução para o problema que nem foi ela quem causou.

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- Vacilou... - comentou Hanna sobre Babi.

- Qual é galera, agora vocês vão apoiar ela?! - reclamou Babi.

- Você não deveria ficar feliz em ter sido convidada para sair pelo cara que uma de suas amigas estava afim. - disse dura - Você sabia que ela estava afim dele, não custava dizer um não. Ela nunca, jamais na vida dela, sentiria inveja de você! Antes de você chegar ela disse que estava feliz por você ter conseguido o "gatinho".

- E vocês acreditaram?! - debochou.

- Babi... Olha para esse anel no seu dedo... - a mesma o encarou - não é apenas Ruby e diamante negro, não é apenas uma grana preta que ele custou. Neles tem sentimento. Tem significado emocional... Pelo menos para mim! Eu sei que eu sou digna de ter ganhado ele da Alessa... Ela jamais daria uma coisa dessas com um significado tão grande para qualquer uma. Ela confia em você, ela te ama. Então faça jus a esse sentimento. Volta pra realidade e seja digna de estar com ele no dedo.

- Você queria que eu dissesse o que para ela? Ela se recusou a ir comigo e não queria que a gente fosse! - disse como se fosse óbvio o seu motivo por ter ofendido Alessa.

- Babi, nós nunca entramos em um lugar podre como esse. Lá deve ter sexo explícito para quem quiser ver e fazer! Se isso fosse uma coisa boa, garanto que Alessa iria nos encorajar e não nos tentar fazer desistir de ir... Pense bem e veja os dois lados da história e veja quem realmente está sendo a invejosa... Alessa é pura, não deve nem saber essa maldade de ter inveja, ela só consegue enxergar o lado bom das coisas e nas pessoas. Me sinto honrada por ela ter me escolhido para ser uma de suas melhores amigas.

- Vocês são muito puxas saco dela!

- Babi, você não se lembra de quando você gostava daquele garoto do colegial e ele chegou e convidou Alessa para sair? E ela disse que não e quando ele insistiu ela jogou seu suco na cara dele? - ela assentiu - Se você não gostasse dele, acha mesmo que ela iria perder a chance de sair com o garoto mais lindo do colégio e capitão do time de basquete? Em todas as horas ela prova que é sua amiga, você deveria pelo menos dessa vez, dar uma prova a ela também! - disse Hanna.

- A não ser que você quisesse que ela sentisse na pele o que você sentiu quando o garoto do colegial convidou ela e não você. Só que o único problema é que você está esquecendo que a culpa não foi dela e o que ela pôde fazer ela fez! - falei e a mesma arregalou os olhos.

Ela saiu de perto de nós com lágrimas no rosto e entrou no banheiro.

Depois que ela saiu, ninguém tocou mais no assunto. Eu e Hanna tomamos banho e nos arrumamos.

- Será que ela não vem mesmo? - Hanna perguntou.

- Se ela não vir, vocês vão me deixar ir sozinha? - perguntou Babi triste.

Pensamos um pouco.

- Não... A gente vai com você, mas quando voltarmos, você vai se desculpar com Alessa... - propus.

- Tudo bem. - respondeu.

Alessa realmente não veio e a esse tempo já estávamos a caminho da boate. O cara que eu nem sabia o nome dirigia rápido. Sua face estava como se algo o estivesse incomodando.

Eu e Hanna estávamos sem ânimo para ir a essa tal boate. Sem Alessa não tem graça. E pelos ocorridos, ficou tudo mais sem graça ainda. Já Babi parecia não se importar, pois sorria a todo tempo.

Chegamos na boate e os seguranças eram lindos. Mas logo que entramos outros seguranças tomaram o posto e esses garotos nos seguiram até a área vip.

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O cara que nos trouxe foi pegar bebias e os que ficaram conosco lá em cima eram lindos. Se eu não estivesse tão mal humorada, com certeza iria aproveitar a noite com algum deles.

- Aí cara, o que o Dude vai fazer? - perguntou um meio loiro, ou castanho. Estava escuro lá e não dava para distinguir muito bem. Ele tinha uma pinta ao lado da boca. Extremamente fofo.

- Já está tudo certo, só precisamos ficar de olho e na hora certa, saberemos o que fazer! - disse um loiro dos olhos azuis. Extremamente lindo também.

Parece que todos os amigos do cara são lindo assim como ele.

Eles me olharam e perceberam que eu prestava atenção na conversa e se afastaram começando a cochichar.

- Olha meninas, eu sei que não queriam estar aqui, mas a Alessa não é o centro das atenções. Eu sei que vacilei tá legal?! Então quando a gente voltar eu me resolvo com ela, mas por essa noite pelo menos, dá pra fingirem que estão gostando de estar aqui?! - disse Babi.

- Tá legal! - disse e sorri falso.

O loiro gatinho chegou com as bebidas e eu logo peguei um copo virando o mesmo. Mesmo assim ainda estava reservada em relação à bebidas.

O gatinho botou fogo em jogo de vira vira e eu já havia tomado uns três copinhos de tequila. O que já me deixou alegre e me fez cair em seu joguinho. Hanna não foi diferente.

Babi bebia como se não houvesse amanhã. Logo começou a falar mal de Alessa. Eu sabia que ela iria fazer isso.

Ela não parava de beber.

- Vai com calma Babi. - disse e o mesmo me olhou surpreso.

- Qual é Courtney, relaxa aí. Vai querer estragar minha noite só porque Alessa não quis vir?! - reclamou.

O cara transformou seu olhar. Parecia que queria matar qualquer um que entrasse em sua frente. Ele perguntou o nome de Alessa e bateu na mesa derrubando as bebidas porque Babi não quis falar.

- Alessa. - disse ela assustada.

- Porra! - ele se levantou e saiu.

Mas o que está acontecendo?! Porque ele quer saber sobre Alessa? E porque ficou tão nervoso ao perceber que o nome da Babi era Babi e o da Alessa era Alessa?

Não sei se era a bebida mas havia alguma coisa errada!

O loiro a olhos azuis saiu em disparada atrás do "gatinho".

Me levantei num súbito e o garoto de pinta ao lado da boca me fez sentar novamente. Sua cara não era das boas.

- O que está acontecendo? - perguntei embolando as palavras por conta da bebida.

- Nada demais. - sorriu para mim e afagou Meus cabelos.

Logo um outro garoto chegou ao lado de Hanna e começou a distraí-la.

Havia sim, alguma coisa errada!

Não demorou muito e o loiro dos olhos azuis voltou com um sorriso no rosto.

- Vamos beber pessoal. - disse alegre.

- Qual o seu nome? - perguntei ao garoto da pintinha.

- Pode me chamar de Beadles.

- Ok, Beadles. - sorri e ele me deu mais um copinho de tequila.

Depois disso, tenho apenas lembranças vagas de a gente chegando no hotel apoiada neles e Babi pediu ao loiro dos olhos azuis para que ficasse com ela.

Depois disso, apenas borrão e mais nada.

POV'S Alessa.

Acordei com uma pontada forte em minha barriga.

Me sentei na cama colocando a mão na barriga.

Sonhei que já estava em L.A e um garoto, o mais lindo que já vira, me sequestrou. Que doideira.

Olhei para os lados, aquele não era meu quarto, muito menos se parecia com o quarto do hotel. Pulei da cama num súbito.

Era verdade?!

Eu estava sem roupa, apenas com minha lingerie, minha calça estava no pé da cama junto da minha camiseta.

Havia um espelho de frente para mim, da porta do closet.

Fiquei de pé e me olhei no espelho. Quase cai para traz.

Meu corpo todo estava com marcas roxas, um roxo enorme em minha barriga por conta dos chutes que levei na noite passada e pequenas marquinhas... Eram... Chupadas?!

Céus, o que aconteceu na noite passada? Eu nem bebi, só me lembro do que aquele desgraçando fez me deixando sozinha e depois voltou e me pegou me apagando dentro do carro.

Esse quarto desconhecido, será que ele me violentou enquanto estava desacordada?!

Com esse pensamento deixei que as lágrimas caíssem. Eu comecei a entrar em pânico.

Corri até a cama e peguei minha roupa no pé da mesma e coloquei. Calcei Meus tênis e corri até a porta. A mesma estava trancada.

Fui até a janela e pude ter a visão do extenso jardim com muitos seguranças. Do outro lado mais à frente havia um labirinto, suas folhas extremamente verdes e bem cuidadas. Havia um jardim com flores e uns banquinhos.

Olhei para baixo e estava muito alto. Pelo jeito isso aqui é uma mansão.

Havia um parapeito na janela. Eu precisava arriscar se quisesse sair daqui.

Agora o que está em jogo é a minha vida! Não posso ter medo de quebrar as unhas dessa vez.

Rezei para que a janela estivesse aberta e para minha sorte ou azar estava.

Rezei para que os seguranças não olhassem para trás, ou eu com certeza teria problemas.

Passei uma perna e ouvi mexerem na porta. Rapidamente passei a outra e comecei a descer pelo para peito.

Já ao chão, olhei para todos os lados e analisei por onde deveria correr.

Dei a volta na casa e me escondi na lavanderia que encontrei lá.

Logo ouço gritos e xingamentos.

O tal de Bizzle mandará seus seguranças me pegarem.

A movimentação na casa foi imediata. Ou esse Bizzle paga muito bem, ou ele é muito perigoso. Pois seus homens pareciam um batalhão militar me procurando. Os passos pesados no chão em sincronia correndo. Me dava medo.

Sai de trás da lavanderia e rodeei a casa, vi o portão livre, sem nenhum deles, e para minha sorte o mesmo estava aberto.

Corri até ele em passos mansos para não fazer barulho e quando estava na metade do caminho, dois seguranças entram de volta pelo portão, provavelmente checando a rua para ver se eu não estava fugindo.

- Ela está aqui! - gritou um deles.

Me apressei e corri para o labirinto que se bobeasse era maior que a mansão em que eu morava em NY.

Muitos passos pesados começou a se movimentar em minha direção. Corria o mais rápido que podia ignorando a dor ainda presente em minha barriga.

Eu não sei onde isso iria dar, mas quebrava cada curva do labirinto desesperadamente. Era como se eu estivesse numa selva e o leão estivesse prestes a me pegar.

Depois de tanto correr, acabei que obviamente me perdendo.

Me encolhi num canto do labirinto com as pernas tremendo e suando frio.

Coloquei as mãos na boca tentando prender o ar que saia e entrava desesperadamente podendo denunciar onde eu estava.

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Tentava escutar os passos mas os mesmos cessaram.

Esperei mais alguns minutos na mesma posição e me levantei novamente, olhando para cada canto.

Andei e virei uma curva do labirinto dando a um extenso corredor. Eu andava olhando fixamente para frente pronta para correr de volta.

Senti um cheiro de perfume... O mesmo que me fazia delirar. Era ele! Ele estava por perto. Ouvi um barulho no arbusto na curva mais à frente e me virei bruscamente pronta para correr e trombei com um peitoral.

Não ousei me mexer. Ele estava ali, atrás de mim o tempo todo. Não ousei me mexer. Fiquei estática. Meu rosto enterrado em seu peitoral. Minha respiração ofegante. Logo seus braços rodearam meu corpo que tremia e me abraçou.

- Não tão rápido! - disse seco. Porém ele parecia estar melhor de humor do que ontem. Achei que quando ele me encontrasse ele iria me bater novamente.

- O... O que você quer... - comecei a chorar.

- Se tudo correr bem, e se você cooperar, logo, logo você estará de volta para sua vidinha de burguesa! - disse e me separou de seu corpo bruscamente quebrando o abraço.

Ele começou a me puxar pelo pulso rapidamente de volta para a casa. O tempo que demorei a entrar nesse labirinto, ele não demorou nem dois minutos para nos tirar de lá. Parecia conhecer esse labirinto de ponta à ponta.

Os seguranças me olhavam com raiva. Provavelmente se eu fugisse, sobraria para eles. Bizzle entrou comigo de volta na mansão e agora eu pude ver ela. Era realmente linda. Até mais bonita que a minha em NY. As escadas, havia uma de cada lado da sala e as duas se encontravam no topo das mesmas. Havia uma lareira. Não havia nem como descrever. Se foi ele quem planejou a decoração dessa casa está de parabéns. Tudo muito chique.

Ele me puxou escada acima e caminhamos até o quarto onde eu estava.

Ele praticamente me jogou na cama.

- A próxima vez que você fizer isso, haverá consequências! - disse rígido.

Ele caminhou até a janela e a trancou, passando um cadeado na mesma. Ele iria sair mas eu o abordei.

- Bizzle... O... O que houve na noite passada? - disse apreensiva temendo a resposta.

Ele riu nasalado caminhando até mim que agora me encontrava sentada na cama.

Ele pôs a mão em meu queixo e levantou o mesmo fazendo nossos olhares se cruzar.

- Que pena que não se lembra... Seus gemidos foram os melhores... - riu.

- Ah... - foi o que eu consegui dizer antes de o nó se formar em minha garganta.

Então é isso... Já era os planos. A cama de coração com pétalas de rosas em cima da mesma, uma garrafa cara de champanhe. As palavras bonitas, a música, os carinhos... Foi tudo ao contrário. Eu nem me lembrava da minha primeira vez... E nem foi com quem eu amava de verdade.

O que foi que aconteceu em minha vida? Quando foi que ela virou de cabeça para baixo e eu nem percebi?!

Ele continuava ali parado em minha frente. Mas meu olhar agora era para o chão... Para o nada. Para o vago, assim como eu estava por dentro. Eu não iria chorar na frente dele.

Além de tudo, estava me sentindo envergonhada. Ele me vira nua na noite passada. Não faço ideia do que fiz com ele.

- Você foi incrível ontem, fez coisas que nunca ninguém fez... - disse como se lesse minha mente e sorrindo safado.

- Me poupe dos detalhes do pior dia da minha vida... - disse com a voz embargada.

Ele se distanciou e foi até a porta. A lágrima em meu olho estava prestes a cair. Ele parou, segurou a maçaneta e me encarou.

- Não houve nada ontem... - disse e eu o encarei surpresa - Eu posso ser o que você imaginar, mas jamais transaria com alguém inconsciente.

- E o que são essas marcas roxas?

- Homens têm seus pontos fracos, mas não ultrapassei os limites. - disse e fechou a porta. Pude ouvir a chave sendo girada. E a Rapunzel estava novamente presa na torre. Será que se eu pintar um quadro com um pincel mágico, uma passagem se abrirá para eu fugir?!

Me joguei na cama e dê certo modo, no meio de tudo isso, fui capaz de sorrir. Talvez ele não seja o cafajeste que eu achei que fosse. Pelo menos ainda estou intacta e posso realizar meus fetiches de princesa, como dizia Babi.

E por falar nelas... O que será que houve com minhas amigas?

Estava preocupada com elas. Será que elas já sentiram minha falta?

Vão colocar a polícia atrás de mim? Se sim, tomara que não demore. Eu não aguentaria nem mais um dia aqui...

Fui até o banheiro e encarei meu rosto no mesmo. Uma levíssima olheira já se formava. Encarei a banheira, o chuveiro. Me despi e entrei no chuveiro. Aquela água quente me fazia tão bem. Lavei Meus cabelos com aquele shampoo caro que eu conhecia bem, o mesmo que minha mãe usava. O cheiro dele me lembrou dela. Me lembrou de casa... De NY.

Quando será que eu vou sair daqui? Como será que ela vai reagir quando souber que eu sumi?

E meu pai? Irá se importar ou seria um alívio?

Sai do banho e me sequei com a toalha que achei no closet. Coloquei minha roupa de volta e me joguei na cama.

Fiquei olhando para a luz apagada. A mesma começou a girar. O teto girava. Me sentei e cocei os olhos e logo os abri novamente e agora o quarto todo girava e aos poucos minha vista voltou ao normal. Deve ser a fome.