Simulando Alice

Labirinto do medo


2

Labirinto do medo

Elas foram até uma entrada do labirinto e pararam na frente dela.

"Esse parece ser o labirinto", a Alice primordial supôs.

O labirinto era enorme e suas paredes eram enormes e feitas de pedra, envoltas por trepadeiras que tinham vida própria e a qualquer movimento, elas reagiam para impedir os intrusos. Os espaços para se mover eram estreitos, o labirinto todo parecia um buraco de rato.

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A próxima fase estava prestes a começar com muitos perigos pela frente.

"Pessoal, eu tenho claustrofobia", avisou a quinta Alice, a asiática.

"Mais alguém tem alguma fobia?", a Alice primordial quis saber.

"Eu tenho medo de aranhas, cobras, escorpiões...", retrucou a sexta Alice, a sul-americana.

"Ok. Vocês se lembram que a Heather disse que se desistirmos nós morremos, não?", a Alice primordial citou.

"Sim, e eu vou até o inferno se for necessário", a terceira Alice se pronunciou.

"Então você não tem medo de encarar o labirinto?", a primeira Alice rebateu.

"Não, eu só tenho medo de morrer, mas...não vejo problema em me sacrificar para ajudar vocês a cumprir o objetivo desse jogo insano.",

"Eu me disponho a me sacrificar para uma de vocês cumprir o objetivo."

"Está certo. Vamos fazer o seguinte. Nós nos separaremos. Vocês quatro entram primeiro. Eu vou com a pequena Alice e o Benny. Combinado?", a primeira Alice propôs.

As outras garotas então consentiram. Elas estavam disposta a se arriscar no labirinto, mesmo sabendo que teriam que enfrentar seus medos.

"Cuidem-se, garotas!", desejou a primeira Alice.

O tempo estava passando rápido.

As primeiras Alices entraram no labirinto enquanto Benny havia ficado com a pequena Alice e a primeira Alice.

Quando a primeira das quatro Alice foi andando pelo labirinto,as paredes começaram a comprimi-la e a mesma logo se viu acuada.

"Bem, adeus garotas!", desejou a terceira Alice, antes das paredes a esmagarem.

As paredes se afastaram, e o corpo da terceira Alice caiu no chão e logo foi reduzido a pixels, que se desfizeram no ar.

As três Alices restantes berraram o nome da companheira caída.

ALICE!

Mas aquilo era inútil. Elas precisavam continuar o desafio do labirinto.

"Eu sei que isso é triste, nós perdemos uma amiga, mas precisamos continuar.", encorajou a Alice oriental.

"Sim, vamos! O tempo está passando!", lembrou a Alice sul-americana.

As três Alices correram pelo primeiro corredor, viraram na passagem a direita, e logo chegaram perto de um enorme quadrado com uma fonte no meio de um gramado. Havia uma passagem tentadora para a fonte.

As três Alice restantes ficaram olhando para aquele lugar antes de pensar em quem devia continuar.

"Eu vou entrar. Vocês continuam!", a Alice sul-americana retrucou.

"Não, eu vou. Eu tenho medo de lugar fechado, mas esse lugar parece tranquilo. Eu ficarei aqui.", a Alice europeia sugeriu.

"Ok, Amiga. Adeus!", disseram as outras duas Alice se despedindo.

Quando a Alice europeia entrou no campo com a fonte, as outras duas Alice se separaram tentando buscar a saída do labirinto.

A Alice europeia olhou a seu redor, e viu as paredes que cercavam a fonte se fecharem, formando uma caixa, que logo foi tampada.

A garota estava presa em uma caixa escura, cheia de sombras. O medo dentro dela foi crescendo e ela viu as sombras assumirem formas de monstros e se aproximarem dela. Ela berrou e mas as sombras continuaram a se aproximar dela.

...

O corpo da garota estava caído no chão, e as paredes voltaram ao normal.

A quarta Alice fora reduzida a pixels que se desfizeram na atmosfera.

Sala da Professora Heather

De volta ao mundo real, muito tempo havia se passado e Heather resolveu pedir a Benny um novo diagnóstico sobre as garotas.

"Benny, como estão as garotas?"

Benny conferiu o painel virtual mais uma vez.

"Elas...Bem, a Alice dos EUA e a europeia se foram.", Benny comentou.

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"E as outras?"

"As duas primeiras das Alice estão fora do labirinto. Provavelmente elas estão esperando a vez delas para entrar. As outras duas estão no labirinto."

"Hm...porque as duas primeiras Alice não entram no labirinto? O que elas estão esperando?", Heather fez uma pergunta retórica.

"Benny!"

"Sim, senhora?"

"Recolha os controles das duas Alice que se foram, e livre-se dos corpos delas."

"Sim, senhora."

Benny então foi até as duas garotas, retirou o controle da cabeça de uma, e a mesma caiu no chão. Ele então levou o controle para a mesinha de Heather e o repousou lá.

Então o mesmo voltou para onde estava a garota caída, pegou-a do chão e a carregou.

...

Benny então saiu pela porta dos fundos da clínica e foi carregando o corpo da garota europeia até o latão de lixo.

Para eliminar qualquer prova incriminadora, ele tirou um frasco de álcool de um dos bolsos internos do paletó, abriu a tampa e despejou um pouco sobre o corpo da garota, deixando a roupa dela e um pouco do semblante manchados pelo líquido.

Em seguida, ele tampou o frasco. Afinal, precisava guardar um pouco para a outra Alice. E o colocou de volta no bolso interno do paletó.

Ele então pegou um isqueiro do bolso da calça e o acendeu. Mantendo a chama acesa, ele então pos fogo em um sanito preto, e o fogo começou a se espalhar até se aproximar dos pés da garota e seguir para o corpo todo. A fumaça foi sendo expelida no ar, enquanto o corpo entrava em combustão. Benny fechou a tampa do latão de lixo, e guardou o isqueiro.

Sala da Professora Heather.

Benny retorna a sala de Heather para pegar o outro corpo.

"Eu voltei. Já cuidei da outra garota", Benny avisou Heather.

"Ótimo! Agora prossiga com a outra garota", Heather demandou.

Benny fez o mesmo que fez com a garota anterior, retirou o console e o colocou na mesinha, e em seguida pegou o corpo e desapareceu com ele.

...

A lixeira estava em chamas. Benny abriu a tampa, e jogou o segundo corpo lá dentro. O corpo começou a ser consumido pelas chamas que o devoravam em questão de segundos.

"Pronto. Por hora está terminado", Benny concluiu.

Sala da Professora Heather

Benny volta com notícias do segundo corpo desovado.

"Está feito, senhora", Benny avisou.

"Ótimo! Logo teremos mais dois corpos para se livrar...É uma pena que quase nenhuma Alice tenha durado nessa fase de testes do jogo", Heather comentou.

Labirinto

A Alice sul-americana estava quase no fim do labirinto, mas então ela viu um buraco de cerca de 60 centímetros de diâmetro se abrir no chão e dentro dele estava um emaranhado de cobras, escorpiões e aranhas. Se aquela Alice tentasse passar em linha reta, ela acabaria pisando no buraco e provavelmente morreria, já que os bichos pareciam ser venenosos. Pular era possível, mas se errasse o passo e acabasse escorregando, ela também acabaria por cair com os pés no buraco.

Então ela pensou em ir para um dos lados, mas logo uma parede coberta por trepadeiras surgiu, impedindo-a de continuar. Ela olhou para o outro lado e viu outra parede impedindo o caminho dela.

Sala da Professora Heather

De volta ao mundo real. Heather resolveu tomar a iniciativa e entrar no jogo para ver como as garotas estavam.

"Eu vou entrar, Benny. Me dê um controle".

"Sim, senhora".

Benny foi até a mesinha, pegou um dos controles e o entregou para Heather.

"Aqui está"

Heather pegou o controle e o colocou na cabeça.

Ela então viu as informações surgirem na tela do visor e foi passando até chegar na tela inicial. Quando chegou nela, ela piscou os olhos e então entrou no jogo, direto na fase do labirinto.

Labirinto

Heather se materializou com um visual composto por um sobretudo roxo, uma cartola da mesma cor com um óculos tipo de aviador, um sutiã também roxo, uma calcinha da mesma cor, botas três quartos da mesma cor também, e luvas também da mesma cor. O cabelo dela era roxo e comprido até o quadril. Os olhos dela era um verde e um roxo. Ela havia adotado a alcunha que usava no mundo real como nome de seu personagem.

Ela então surgiu onde a última das Alice estava, flutuando.

"Olá, querida Alice!", a mesma se pronunciou.

"Professora Heather! É você mesma? Me ajuda aqui!", a garota implorou."

"Primeiro, querida. Onde estão as outras Alice?"

"A asiática está presa nesse labirinto, mas eu não sei em que parte. As outras duas...ficaram para trás.", a garota replicou aflita.

"Hmm...isso não é bom.", Professora Heather refletiu.

"Eu quero a minha Alice, pouco me importo com as outras."

"Por favor, me ajuda, Professora Heather!", a garota suplicou.

"Não, você não vai chegar na final desse jogo, queridinha.", a mesma frisou.

"O quê?!", a garota exclamou.

"Eu deixei vocês jogarem o meu jogo. Agora é a minha vez de jogar. Vocês acham que podem escapar numa boa? Meu jogo, minhas regras! Eu posso mudar as regras quando e SE eu quiser", Heather a lembrou.

"Isso não é justo! Era para todas nós sairmos vivas daqui. Então, nós morremos por nada?", A sul-americana questionou.

"Vocês, morrem porque vocês querem. Vocês gostam de sofrer, não é mesmo? Assim foi com as garotas que testaram as versões anteriores desse jogo. Mas, eu devo admitir, vocês me surpreenderam por resistirem até aqui.", Heather comentou.

"Talvez eu deva voltar logo pra o começo e trazer as outras duas Alice aqui.", a garota pensou.

"Desistam. De qualquer maneira eu triunfarei", Heather exclamou e logo depois começou a gargalhar.

"Nunca confie nos personagens que aparecerão para ajudá-la", a garota havia se lembrado do que a Heather do mundo real havia dito.

"O que disse?"

"Eu disse que eu não confio em você. Portanto, você não é real! Você é só uma parte do jogo e está aqui para me testar, assim como as outras Alice.", a garota rebateu.

"Eu sou tão real quanto você, querida", Heather atestou.

"Não,não é", insistiu a Alice.