Moonlight

Epílogo 2


Epílogo II

Viro a cabeça e olho para Carlisle:

— Mas papai, como você estava em casa quando Edward e Bella chegaram da lua-de-mel e houve toda aquela confusão com os lobos? Quero dizer, é claro que foi bom que você não precisava sair, pois poderia ser pego, mas e o hospital? Eu entendo que era necessário, mas como você conseguiu?

— Antes do casamento deles eu tirei um mês de férias do meu trabalho, eu não esperava ter de ficar o tempo todo, pois não gosto de ficar longe muito tempo. Mas isso veio a ser bem propício para o que aconteceria mais tarde, a forma com que os Quileutes estavam reagindo em relação a nós. Estávamos condenados mesmo ainda ser ter violado o tratado, estavam nos considerando vampiros como os outros, não fizemos o tratado com a intenção de quebrar. Ainda permanecíamos firmes. Eles, Sam principalmente que não aceitava mais a autoridade do tratado. Como se a autoridade fosse ele e não mais o acordo.

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— Isso não era justo pai. Você não fizeram nada!

— Ainda não. Mas a matilha de Sam, acreditava que Renesmee seria um monstro e nem nós poderíamos controlar ela. Isso colocava não só toda a tribo em risco, mas também todas as pessoas de Forks e por isso eles queriam destruir a criatura e quem estivesse no caminho. Como se nós não nos importássemos também com as pessoas... Porque eles achavam que caçamos apenas animais? Nós também protegemos as pessoas como eles, ao menos em nosso território, onde nós estamos não deixamos que outros vampiros matem. Os humanos ficam a salvo mesmo sem que saibam.

— Se seu pai tivesse que sair eu iria ficar muito preocupada – diz mamãe.

— Portanto foi bom não termos saído antes para evitar um confronto. Evitamos até quando pudemos evitar. Eu não queria machucar ninguém e tampouco que algum membro da minha família fosse ferido.

— Isso aconteceu quando Renesmee nasceu?

— Sim; os lobos queriam matar a criatura enquanto ela ainda fosse pequena. E para não matar Bella também esperaram até que ela nascesse. Porém, não imaginavam que Jacob fosse ter imprinting por minha neta.

‘É claro que nós não iríamos deixar que Renesmee fosse como as crianças imortais que num acesso de raiva poderiam destruir um vilarejo inteiro, ela iria ser educada, aprender a se controlar, como nós adultos fazemos. Embora eles não tivessem lendas sobre essas crianças sabiam que não eram coisa boa. Seria ainda mais fácil por ela não ser totalmente vampira. Nós poderíamos ensiná-la, como fizemos e ela é capaz de compreender muito mais do que imaginávamos.

‘Eles não tinham razão para ter atacado. Nós admitiríamos se não pudéssemos lidar com a pequena. Iríamos embora para o Alaska e a manteríamos o mais longe possível de humanos se ela não pudesse aprender. Renesmee entendia. Sua mente se desenvolvia ainda mais rapidamente que seu corpo.

— E depois que ela nasceu você voltou ao hospital, papai?

— Sim. Eu não gosto de ter de ficar muito tempo afastado, pois não quero correr nenhum risco de atacar alguém.

— Mas você não esta há muitos anos praticando, pai?

— Sim, mas prefiro não dar chance ao azar arriscando a vida das pessoas, abusando da sorte. A vida é muito preciosa para colocar em risco, eu, pela minha profissão, que o diga. Eu não quero arriscar nem a vida de ninguém e nem o nosso segredo.

— Se vocês são mais fortes do que os humanos como eles, nós, poderíamos ser uma ameaça?

— Se vocês começam a suspeitar o que somos por não envelhecermos temos que ir embora ou se vocês descobrissem teríamos que matar toda a cidade para evitar que o boato se espalhasse – claramente ele parece triste com a ideia, ele não gosta de matar criatura nenhuma. Imagino que quando papai caça, ele mata a presa depressa para que ela não sinta dor desnecessária e ainda assim quase reza pela alma do animal pedindo permissão para ingerir seu sangue.

— ...se isso acontecesse obviamente chamaria atenção dos Volturi como antigamente quando os boatos eram mais críveis. Hoje são mais estórias sem sentido, mas ainda alguns acreditam. Porém, esses alguns são tidos como loucos – Carlisle encara Alice. - Mas loucos são os que não acreditam... Deveriam ouvir o aviso. Mas, de qualquer maneira, os Volturi interviriam para se certificarem de que os boatos não sejam nenhuma ameaça para nossa espécie.

Eu engulo em seco assustada que os vampiros – a maioria deles pelo menos – não teria nenhum problema em matar seres humanos. Simples: ou eles ou nós; e no caso como eles são mais fortes do que nós, seriam eles que venceriam. Simples lei da natureza: o mais forte sobrevive.

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— Mas eu não gostaria de matar ninguém, é claro, por isso vivemos dessa forma. Não quero ter que tirar a vida de nenhum ser humano intencionalmente, não me tornei médico para isso. Não quero matar nenhuma pessoa nem para me alimentar. Essa ideia me enoja, jamais provei sangue humano, exceto de alguém quase morrendo. Um sangue mais enfraquecido, mas mesmo assim foi difícil depois voltar à dieta de sangue animal. Mas matar sempre me deu repulsa. Não gostava de ir caçar com nosso vizinho, amigo de meu pai em Londres. Não entendia como poderia caçar se eu estava sendo criado para me tornar pastor. Isso não era coerente. Não fazia sentido.

‘Foi melhor ter trabalhado antes que os Volturi viessem, pois todos achávamos que iríamos morrer e melhor era fazer o que eu devia antes que eles chegassem. Assim eu fiquei mais tranquilo e morreria em paz caso aquele tivesse mesmo sido o nosso fim. Eu sei que eu sou um vampiro, mas talvez todas as vidas que eu salvei, e aquelas que eu deixei de tirar e impedi que minha família tirasse, talvez teria algum mérito perante Deus.

— Felizmente não foi o fim. Obrigado Bella por ter salvado a todos, principalmente Esme e Carlisle – não tenho nenhuma dificuldade em agradecer quando eu reconheço que devo.

— De nada Carol, eu não fiz mais do que a minha obrigação, pois eles são a minha família também e não podia deixar eles, os pais de meu marido e avós de minha filha, serem mortos.

— Blergh! Acho que vou vomitar – diz Rosalie.

— Você não pode vomitar, querida, porque é uma vampira – retruca Emmett.

— Você poderia ter alguém para ser grato por você ter sobrevivido de adotasse também, Rose - digo.

— Não é necessário – ela nega, mas ficou pensando no assunto. – Bella sabe que eu sou grata por mim e por Emmett.

— Sim, eu sei que todos são gratos – diz minha irmã. – Não foi nada de mais.

— Bella, amor, foi sim. Não seja modesta – diz Edward. – Você foi magnífica. Incrível.

— Mas não precisam me olhar dessa maneira, eu ainda sou a mesma Bella que sempre fui – Emmett pigarreia.- Ok, talvez menos desastrada. Mas ainda sou eu.

— Claro Bella – digo para apaziguar.

Ela nunca gostou de ser o centro das atenções. Eu a compreendo porque eu também sou tímida. Não a conheci ainda humana, mas creio que ela não era muito diferente de mim. Até desastradas somos iguais. Claro que ela era bem mais do que eu pelo que dizem, eu não sou imã para problemas. Sou desastrada, mas na medida do normal. Se é que se pode dizer que há normalidade nisso.

...XXX...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.