Moonlight

Capítulo 55


Bella continua:

— Foi quase igual, mas felizmente com você não apareceu nenhum vampiro nômade, foi apenas a chuva.

Ainda bem. Eu nem sei o que eu faria numa situação dessas. provavelmente ficaria paralisada também. O que eu poderia fazer? Eu era impotente, não poderia fazer nada.

‘Estávamos nos divertindo quando de repente os Cullen ouviram o som de alguém se aproximando. Eles não viriam, Alice tinha visto, mas eles mudaram de rota e ficaram curiosos ao ouvir o jogo. Eles estavam vindo ver. Alice gritou alarmada para interromperem o jogo. Edward imediatamente leu os pensamentos da irmã e veio ao meu lado para me levar embora. Alguém, não lembro quem, disse que era tarde demais. Então Edward me pediu para soltar o cabelo e eu fiz o que ele dizia totalmente apavorada, mortificada. Rosalie disse que não iria adiantar, pois ela sentia meu cheiro do outro lado do campo.

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‘Ficamos parados em linha aguardando a chegada dos desconhecidos. Edward me disse que eram três. Os outros ficaram na frente enquanto Edward estava ao meu lado. Não demorou e eles entraram na clareira. Pareciam flutuar a poucos centímetros do chão como se estivessem levitando. Algo no jeito deles era sem dúvida muito diferente das maneiras dos Cullen, era mais animalesco. O primeiro deles foi um vampiro com a pele escura e dreads nos cabelos. O segundo era tinha cabelos castanho claro, era magro e alto. A terceira era uma mulher ruiva com o andar felino. Todos eles tinham os olhos de um vermelho intenso e apavorante. Muito assustador.

‘Eles ficaram curiosos ao ver os olhos amarelos dos Cullen. A princípio queriam jogar também, mas uma rajada de vento inesperada levou meu cheiro até as narinas daquele rapaz alto e ele logo se colocou em posição de ataque: “Vocês trouxeram um lanche?” Nenhum dos Cullen pareceu ter ficado ofendido com as palavras e o que elas implicavam. Acho que estão acostumados a serem confundidos pelos outros vampiros.

‘Na confusão, foi tudo muito rápido, Edward saltou agachado protetoramente na minha frente enquanto Esme apareceu do meu lado. Carlisle e Laurent, o vampiro negro, ficaram se encarando por alguns instantes e depois Laurent concluiu que o jogo havia acabado e então todos foram embora. Edward me levou até o Jeep para me tirar dali, eu estava preocupada com meu pai. Precisávamos voltar, pois ele seria morto por nossa causa. Por fim depois de muito insistir convenci a voltar. Retornamos e eu despistei o rastreador dali e assim pudemos fugir dele ate o Arizona.

‘Alice e Jasper me levaram para Phoenix enquanto Emmett, Carlisle e Jasper perseguiram James aqui e Rosalie e Esme cuidavam de meu pai. No entanto eles três perderam o rastro e estavam vindo ao meu encontro quando James conseguiu telefonar para mim, não sei como, mas ele conseguiu. Ele me enganou e conseguiu fazer com que eu deixasse a segurança de meus amigos, me fazendo acreditar que havia capturado minha mãe. E fui sozinha ao seu encontro como ele me pediu para fazer, ameaçando a minha mãe. Eu não vi que era uma armadilha. Mas o que eu poderia fazer? James estava com a minha mãe, assim eu pensava. Não podia deixá-la simplesmente. Ele sabia disso e jogou com isso.

‘James não estava preocupado com a possibilidade de perder para um clã maior, como acabou acontecendo. Ele só estava pensando no prêmio, no caso eu, meu sangue delicioso. Não sei se meu sangue valia todo esse esforço, dele e dos Cullen para me proteger... podia ser mesmo tão bom, mas há tantas pessoas no mundo que James poderia perseguir. Porque ele queria justo eu? Eu sei, por causa do desafio. Ele queria cada vez mais e chegou no limite, acabou perdendo. Não foi uma boa escolha para ele, nada inteligente me preferir como alvo.

— Desculpe interromper Bella, mas seu sangue era mesmo muito atraente para nós – diz Jasper.

Emmett faz um ruído que eu só posso entender como concordância.

Eu fico arrepiada imaginando que comigo pode ser assim também. Meu sangue é o mais saboroso para Esme, mas isso não impede que também seja apetitoso para os demais. Ao menos para Carlisle tenho certeza que não.

— OK que seja – diz Bella. – James me enganou ao me fazer acreditar que tinha pegado a minha mãe como refém e dessa forma eu dei um jeito de conseguir me separar de minhas ‘babás’ e fui ao encontro dele no salão de balé que eu frequentei quando era criança. Eu era uma péssima bailarina, sempre fui muito desastrada.

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— Eu também sou descoordenada, Bella – digo me solidarizando.

— Mas agora eu estou bem, Carol; isso passou, ficou para trás com a minha humanidade e eu não sinto a menor falta.

— Só eu sinto – diz Emmett. – Era engraçado ver a Bella tropeçar.

Só para ele, imagino que para ela era vergonhoso e humilhante.

— Emmett – intervém Esme. – ela podia se machucar!

— Obrigada Esme. Eu realmente não gostava muito de ter que ir cada pouco no hospital. Isso era constrangedor.

— Você era minha donzela em perigo – diz Edward.

— E você meu eterno salvador, querido – diz Bella e beija Edward. Eu desvio o rosto, não porque eu não goste, mas porque eu quero lhes dar um pouco de privacidade.

— Mas como eu dizia – Bella retoma a narrativa antes que eu imaginava. – Eu pensava que James tinha sequestrado a minha mãe Renée...

— Eu sei, por isso Renesmee tem esse nome - digo para mostrar que entendo.

— Isso mesmo, querida. Mas me deixe continuar – ela pede gentilmente.

— Claro irmã, eu quero ouvir - consinto.

— Então está certo. Eu percebi quando entrei no estúdio e vi uma gravação de uma das minhas apresentações. Foi com ela que ele me induziu a acreditar que tinha a minha mãe com ele. Eu não podia deixá-la, mas fiquei aliviada que ela não estivesse realmente em perigo. Só eu estava. James conseguiu, ao que parecia ele tinha conseguido me capturar, como uma borboleta atraída pela flor. Eu mordi a isca dele e cai direitinho na armadilha feito um patinho.

‘Ele havia pegado uma câmera em minha casa para gravar os momentos finais e depois mostrar a fita para Edward. Ele queria que eu pedisse para ele caçá-lo, mas eu me recusei. Ele então quebrou minha perna apenas com um movimento da mão. É claro que seria fácil para ele. Eu gritei de dor mas não disse o que ele queria, ao contrário pedi para que Edward não fosse atrás dele.

‘Eu achava que estava perdida, eu iria morrer quando de repente Edward apareceu. Ele tentou me pegar no colo mas infelizmente James pegou Edward durante o salto comigo no colo e ambos caímos no chão. Eu já estava muito machucada, mas fiquei ainda mais devido aos cacos de vidro. James abaixou ao meu lado e mordeu meu pulso – Bella mostra a cicatriz fraca porque foi feita ainda antes da mudança, mas ainda presente porque a marca deixada pelo veneno de vampiro é a única que fica depois da transformação.

‘Edward se recuperou e veio para cima dele. Os irmãos dele chegaram junto com Carlisle e os quatro foram ‘cuidar’ de James enquanto Carlisle cuidava de mim. Minha cabeça estava pegando fogo e eu me lembro disso porque essa dor do veneno é a maior lembrança que temos da vida humana, a mais intensa, e esse foi meu primeiro contato com o veneno.

— Mas você não mudou ainda? - deduzo porque se tivesse Renesmee não existiria.

— É verdade. Não mudei naquele dia porque Edward conseguiu sugar o veneno. Ele quase não conseguiu parar, mas parou bem a tempo.

— Como ele chupou? - indago curiosa.

— Como se chupa o veneno de uma cobra, eu imagino. Não é Carlisle?

— Exatamente. Nunca ouvi alguma história de que alguém tivesse feito isso, mas para tudo tem uma primeira vez. E deu certo como eu imaginei. Se somos venenosos como cobras e isso acontece com as serpentes, porque não poderia dar certo? Poderia ser tarde demais, ou não ser como no caso das serpentes, mas felizmente deu certo.

— Por pouco – diz Edward. Tenho a impressão de que ele treme um pouco ao pensar que poderia ter matado o amor da sua vida. Como Romeu fez com Julieta.

— Mas no fim deu tudo certo – diz Bella. – Eu tive que ficar alguns dias no hospital, claro, mas depois pude participar do baile. Edward queria que eu ficasse lá com a minha mãe, que fosse morar com ela em Jacksonville, na Flórida, mas eu bati o pé e disse que minha casa agora era Forks e eu iria voltar. Ele não poderia me deixar. Não. Ele concordou e ficou comigo ao menos por um tempo...

— O que você disse para sua família? Certamente que não foi a verdade...

— Não Carol, claro que não. Dissemos que eu fui ao hotel que Edward e Carlisle estavam e acabei caindo da escada e atravessando uma janela.

— Mas não tinha nenhum hotel.

— Eu criei as provas – diz Alice – processamos o hotel e ganhamos.

— Isso não foi justo.

— Não foi mesmo, criança – diz papai. – Mas foi necessário. Era preciso fazer algo para encobrir o que aconteceu com Bella.

— Você disse por enquanto, o que quis dizer com isso Bella?

— Mais tarde Edward iria me abandonar de verdade. Mas isso é outra história que eu conto mais tarde...

Meu estômago ronca alto e eu fico completamente ruborizada. Não havia percebido há quanto tempo Bella falava e certamente foi muito tempo para eu ter ficado com tanta fome. Pelo barulho oco na minha barriga parece que eu fiquei dias sem comer e não apenas algumas horas:

— Hora do almoço da humana – Esme diz contente colocando um prato na minha frente.

Já! Ela foi tão rápida. ela estava fazendo isso e nem percebi.

Os demais somem antes que eu pisque duas vezes para me dar privacidade. Eu não me sentiria bem comendo na frente deles. Até Jacob e Renesmee saíram rapidamente, embora sejam os mais lentos da casa. Ainda imensamente rápidos comparados a mim; apenas Esme e Carlisle ficaram, é claro.

Esme já preparou comida para mim, mas como? Meus estômago deve ter roncado baixo antes e eu nem percebi, mas ela ouviu. Ou é apenas hábito que ela adquiriu por saber que eu preciso me alimentar com mais frequência que ela e papai.

...XXX...