Qual seu Destino - Destinada

Capítulo 2- Uma Maldição?


— Não tenho certeza disso não Michael, Milady não vai gostar disso – revirei meus olhos, por que os súditos mais fiéis à rainha tinham que ser tão formais?

— Josias, por favor – disse – tem algo errado, eu sei, posso sentir Esmeralda corre perigo, nada pode acontecer a ela, conheces a maldição sabe todos os termos, é o único que pode ajudar-me, o único em quem confio e sei que ainda tens esperanças, assim como eu. – disse me forçando a ser o mais formal possível.

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Em meio á escuridão Josias pensava numa grande decisão, será que havia uma solução para aquela maldição?

***

Acordei, com um susto, sei que tive um pesadelo, mas não consigo me lembrar, olho no relógio 03:15 da madrugada.

Saí da cama para ir tomar água, estava com a garganta seca, chegando até cozinha nada de mais, as paredes feitas com azulejo, a pia, a geladeira e até mesmo o balcão são feitos de inox e uma bancada bem no centro da cozinha, mas algo estava estranho esta noite como se... Balancei a cabeça, só podia estar imaginando coisas. Sinto alguém atrás de mim, com a respiração quente bem na minha nuca, paraliso, fiquei ali com medo, sem saber o que fazer, mas ciente de que algo me atacaria. Até que tomo coragem e me viro lentamente... Não há ninguém, soltei uma risada exasperada é claro... O pesadelo me deixara assim, imaginando coisas, voltando para meu quarto vejo a janela aberta, não me lembro de deixá-la aberta encaro incrédula, com certeza Karol esta tentando me pregar uma de muitas peças da qual ela cria.

—muito engraçada Karol, HAHA – falei e fui até onde ela estava dormindo tirei sua coberta e ela estava... Estava... Morta, alguém a havia mutilado havia deixado-a irreconhecível, e só então quando abaixei meus olhos que notei a manta empapada com sangue algo que não percebi anteriormente, e acabei por sentir o rosto de alguém perto de mim, levantei meu rosto, e ela estava olhando para mim, e logo em seguida senti a respiração morna de alguém em minha nuca, tentei berrar, não saiu nenhum som de minha boca, tentei correr, mas nem de me mover fui capaz, não tinha como fugir, quando sinto uma dor inexplicável em meu peito olhei para baixo havia uma adaga atravessada e sangue molhando meu pijama todo, morrendo pensei, estou morrendo, sendo morta.

Fui acordada com Karol me sacudindo e com os olhos cheios de preocupação. Olhei para o meu quarto, encarei Karol incrédula, foi só um pesadelo, mas por que tão real? Pensei, olhei para mim mesma estava encharcada de suor.

— ta tudo bem Karol, tive um pesadelo só isso. – a tranquilizei

—não – respondeu Karol – você ainda esta tendo – disse ela com um sorriso inumano e com a boca ensanguentada

Acordei suando, que pesadelo, terrivelmente estranho, preciso parar de assistir esses filmes de terror, e essas notícias violentas do campus da faculdade de Bianca. Olhei o relógio 03:15 da manhã, ah não, me cobri com a minha manta e me obriguei a dormir.

***

Assim que Josias saiu fiquei, só, apenas com a companhia de meus pensamentos, de meus fantasmas, e dos resquícios de memória do pior dia da minha vida.

Lembrei-me de um quarto, das risadas de meus pais, das brincadeiras com meus irmãos, até que escutei um grito estridente, levantei de um pulo da cama soube de imediato que havia algo de errado, mas também sabia que deveria proteger meus irmãos e irmãs mais novos, escondi alguns dos cinco no armário e os outros embaixo da minha cama, eu deveria ter me escondido também e ali perto para caso precisasse salvá-los, mas não consegui. Soube do estado de meus pais assim que ouvi os gritos, mas não conseguiria ficar escondido enquanto eles estavam na sala ou na cozinha, precisava vê-los. Quando cheguei ao local vi meus pais ali mortos lado a lado, nunca conseguiria esquecer-se de tal imagem, de seus corpos mutilados, irreconhecíveis, e então a escuridão.

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Uma escuridão vazia, e tão profunda quanto um buraco negro, que me fez perder-me em minhas memórias. Fazendo-me esquecer do resto daquela noite, mas tenho a certeza de que presenciei algo muito importante e que alguém ou alguma coisa me fez esquecer a continuação da pior noite que já tivera. Mas no momento o que mais importava era que tinha cinco irmãos para proteger, e para ajudá-los, irmãos cujo não se lembravam de mim, de nossos pais, e de como éramos uma família verdadeiramente feliz.

Na escuridão noturna finalmente pensei se Josias, iria realmente ajudar-me ou se era confiável, e acabei lembrando-me de como Josias me ajudara no passado, é claro que era confiável me senti um tolo por duvidar de meu melhor amigo.

Pelo resto da noite acabei por pensar novamente nos acontecimentos terríveis daquela noite e pensei também no que acontecera nos dias, nas noites, nos meses, e nos anos após disso, e também no quanto minha vida havia se tornado vazia e solitária sem família e sem poder ser um rapaz normal, pois quando meus pais foram assassinados eu apenas tinha oito anos, os anos seguintes acabaram por não serem fáceis e não tive a infância que mereci, mas meus irmãos e irmãs sim e era isso o que mais importava para mim.