Apenas uma Humana

Capítulo 17 - Matar ou Morrer Parte 1


Pov’ Victória Grimes

Em uma escada de 0 á 10, nós estávamos no onze de tão ferrados que nós estamos. Os caras do lado de fora não tentaram invadir. Eles esperaram até alguém abrir, mas é obvio que ninguém estava inclinado a abrir. Daniel pediu silêncio a todos.

— Será que saíram? - Ouvimos a voz de alguém.

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— Vamos verificar a área e depois voltamos aqui e invadimos. – O que parecia ser o líder disse.

Ouvimos muita movimentação do lado de fora. Mas todos nós estávamos travados nos nosso lugares sem coragem de averiguar. Depois Daniel espiou por uma pequena abertura na janela que estava bloqueada por tábuas.

— Por favor alguém me diz que tem um plano muito foda para tirar a gente daqui. - Pedi quase desmaiando.

— Eles estão ao redor, jamais conseguiríamos sair com o carro sem fazer esporro. – Daniel comentou.

— Então é isso? - Dylan indagou. – Gente temos que pensar em um plano B!

— O que sugere? - Pergunto e ninguém responde. – Estamos ferrados!

— Preste atenção! - Pediu Dylan. – Tenho um plano em mente, vou logo avisando que ele é um tanto suicida, mas nós não temos muitas opções! Esse grupo sempre manda no mínimo uns dez cara. Somos três adultos! Daniel e eu vamos nos arredores. Victória fica na casa e atira em qualquer um que venha. - Eu o interrompo.

— Dylan por que eu vou ficar aqui? - Perguntei nervosa.

— Você ouviu eles! - Dylan exclamou. – Eles vão averiguar os arredores, eu e meu pai conhecemos a área mais do que eles. A casa vai ser o lugar de reagrupar, ou seja eles vão demorar para vir. Tempo suficiente para eu e meu pai ferrarmos eles. Depois de todos mortos ou pelo menos o suficiente nós voltamos, Victória pega Sophia e o cachorro e vamos pro carro. – Ele terminou de explicar.

— Já que a gente vai meter o louco e matar todo mundo, por que não tentamos sair direto? - Perguntei incomodada.

— Eles nos veriam e um jipe, podemos levar balas nas nossas cabeças! - Daniel diz o óbvio.

— Victória tem certeza que pode matar? - Daniel perguntou. – Digo você já matou alguém?

— Eu dou meu jeito! - Dei de ombros.

Na verdade eu nem consegui matar um zumbi ainda e muito menos matei um humano. Foi então que minha mente me levou para aquele dia. Eu me lembrei no calor do momento, eu acho que matei Jake quando ele virou zumbi. Posso matar esses caras, bem de qualquer forma, é melhor fica aqui na casa, com poucas chances de algum cara aparecer do que ir pro meio do mato e matar todos com ataques furtivos, como Daniel e Dylan fariam.

— Tem certeza? - Ele voltou a perguntar.

— Não é como se eu tivesse muita escolha! Mas, eu posso fazer isso sério! - Digo tentando me convencer também. Eu podia fazer isso! Não deve ser tão difícil?

- Temos que ir perdemos muito tempo aqui! – Dylan diz se levantando.

Daniel se levantou e pegou um espingarda com munição. Também pegou um pedaço de corrente e um facão. Por último pegou uma mochila feita.

- Sua mochila está ali! - Daniel aponta para o canto. – Ao lado está a da garota. – Apontou para uma menor. – Dentro estão algumas roupas e coisas de sobrevivência. Quando formos para o carro peguem! - Ele explicou.

— Dylan pegou um revólver com munição e me deu. Junto com uma faca e uma corrente e me deu.

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— Qual é a da corrente? - Questionei.

— Enrola ao redor do pescoço e aperta com todas as suas forças até o maluco não respirar mais. – Respondeu.

— Desculpa a pergunta, mas como vocês foram pegos da outra vez que esses homens vieram? - Eu quis saber.

— Não havíamos caído na real! Achávamos que dava para viver de diplomacia nesse mundo distorcido de hoje em dia, quando na verdade tudo por aqui parece se resolver com derramamento de sangue. - Dylan deu de ombros.

— Vamos filhos! - Daniel respondeu.

Daniel e Dylan saíram e eu tranquei a porta. Levei Sophia e o Sansão adormecido para dentro do sótão.

— Sua missão é ficar aqui em silêncio e não deixar que Sansão acorde e faça barulho! - Digo tentando não soar com desespero.

— Você acha que vai dar certo? - Sophia perguntou e eu pude ver o medo evidente em seu olhar.

— Vai dar certo. - Respondo tentando acreditar nisso.

— Eu não falei nada antes, mas quando todos estavam pegando armar eu achei essa caixinha. – Sophia me entrega uma caixa laranja.

Eu a abro feliz, pois sabia o conteúdo. - Um sinalizador! - Exclamei. – Se dar ruim aqui podemos usa-lo para atrair os rapazes ou quem sabe o nosso grupo! -Digo com esperança.

— Mas, você disse que vai dar tudo certo! - A menina a minha frente começou a querer chorar.

— É claro que vai dar certo, isso aqui é só o plano C. - Digo descendo as escadas do sótão.

Uma vez sozinha me senti que nem um cego no meio de zumbis. Eu não sabia aonde ficar e o que fazer. Mate! Mate! Mate os inimigos! Como nos videogames , nos filmes e livros. Era só incorporar a Lara Croft e meter a louca para cima dos inimigos. O único problema é que eu nunca matei uma pessoa viva. Eu estava ferrada.

No andar de baixa ouvi algo força a porta. - Ai meu deus tem cara ali! - Digo para mim mesma, reprimindo a vontade de chorar.

Ele não vai conseguir entrar. Tem trancas na porta. Fui furtivamente até a janela e expiei pelas frestas. Consegui ver um carro que não era de Daniel. Vi um cara pegar uma espécie de gancho acoplado no carro. Ele prendeu até a porta da frente.

— Ele não vai fazer isso! - Digo entrando em pânico.

Vejo-o entrar no carro e dar partida. Começo a ouvir os esporros vindo do andar de baixo depois de alguns minutos, ouço a porta vir ao chão. Por favor, que seja só um cara e de preferencia gordo e lento para mim matar.

Ouço uma risada vinda do andar de baixo. Uma risada graças a Deus. Vejo o homem quebrar coisas no andar de baixo. Mantenho-me quieta no quarto em que eu estava escondida. Eu entrei dentro do armário. Se é para matar que pelo menos seja de surpresa. Fiquei aguardando ele subir, o que não demorou muito.

Ouvi passos do lado de fora da porta. A porta do quarto se a abriu e eu senti a vida sair de mim aos poucos. Eu já estava morta! Um armário entrou. Sério o cara é do tamanho de um armário. Forte como um touro e já tinha cara de pessoa má e doente, daqueles tipos que faz atrocidades. Dava para ver só de olhar na cara dele.

Quando ele estava na frente da porta. Eu ergui a faca. O cara abriu a porta e eu nem ao menos pensei, eu apenas enfiei a faca em qualquer lugar visível que foi no ombro. Nossa eu sou a pior matadora de todas. Ele arrancou a faca quando percebeu que eu era uma ameba em questão de luta corporal. Ele me arrancou para fora do armário e me jogou na parede mais próxima.

Senti os ossos das minhas costas doerem. E como doeu. Quando consegui me estabelecer fui surpreendida com um soco no meio da fuça. Foi tão forte que eu acabei caindo no chão atordoada. Senti-o agarrar pelos meus cabelos e me erguer. Ele me forçou a olhar para ele.

— Onde será que aquele imbecil do Daniel arranja garotas tão lindas? - Ele perguntou sorrindo maliciosamente.

— Fica longe de mim! - Dou uma cotovelada em seu membro. Ele se distrai com a dor. Corro até o armário e eu pego o revólver. Quando me viro já preparada para tirar, ele aparece e me desarma com extrema facilidade.

— Olha só garota! Como já me irritou e muito, irei apressar as coisas. - Ele diz e coloca a arma em minha garganta. – Você vai deitar aqui nessa cama e ficar quieta enquanto eu e todos os meus amigos usamos você!

— Eu vou te matar! Meu irmão vai te matar! E meu namorado, advinha também vai te matar! - Eu lhe ameaço.

— Não estou vendo nem seu irmão e seu namorado por aqui. - Ele diz rindo em deboche. – Cá entre nós você é uma fraca ,assim como uma cadela que ladra mas no fim não morde. - Ele diz e põem a arma em minha cabeça - Agora vamos começar a diversão.