O Reencontro

A batalha de Sasuke contra os ninjas de Konoha o levou a um campo aberto da Vila, porém, em pouco tempo todos foram derrotados. Observando um Yamato agonizante no chão, Sasuke zombou:
— Onde está a tal Vontade do Fogo? Nada resiste contra as minhas chamas, eu já disse, ninguém poderá me derrotar!
Yamato ergueu levemente a cabeça e murmurou com dificuldade:
— Como... Como você conseguiu...?
Sasuke pegou sua espada do chão, se aproximou de Yamato e, com a espada segurada horizontalmente em frente ao pescoço, encerrou:
— Eu posso ver o futuro. E o seu futuro, é a morte!
Yamato fechou os olhos e não tornou a abri-los, mesmo quando a espada Kusanagi lhe atravessou o crânio, encrustando no chão. Um som abrupto fez Sasuke tornar seu olhar para cima, assim vendo Sakura, que descia de punho em posição para um soco gritando:
— É a minha vez!

Sasuke usou a mão do Susanoo para agarrar Sakura, em seguida a bateu no chão de um lado para o outro, quatro vezes, e a jogou para alguns metros de distância. Sakura se levantou e encarou Sasuke, agora sem Susanoo, e ao cruzar seu olhar com o Sharingan, ficou paralisada, tremendo e suando frio. Sasuke zombou:
— O que foi? É como ocorreu contra Orochimaru, não é?
E prosseguiu mais brandamente:
— Vou te dar a chance de fazer algo útil da sua vidinha estúpida.
Sasuke pegou uma kunai que estava caída ao chão e, após usar as suas chamas negras para limpar a área dos corpos daqueles que havia derrotado, caminhou até Sakura, tomou-lhe a mão e a fez segurar com força a kunai, a olhou nos olhos e ordenou:
— Lembre-se do que eu fiz para vencer o meu medo. É hora de você vencer o seu!

Sakura continuou com o olhar vazio, apesar de segurar firmemente sua kunai. Sasuke retornou para seu ponto original, pegou uma kunai e a lançou contra a kunoichi, antes da kunai a tocar, uma nuvem de poeira se ergueu. Sasuke riu e comentou:
— Podia ter bloqueado a kunai ou a ter tirado da frente, mas não, fez as duas coisas. Típico do Ninja Número Um Hiperativo e Cabeça Oca.

Com a fumaça se esvaindo, Sakura percebeu que aquele que a segurava pelos braços era Naruto, que fez um clone para segurá-la enquanto o original bloqueava a kunai com a mão direita. Naruto vestia sua tradicional roupa laranja e preta com um manto vermelho de chamas pretas na barra, o pergaminho pendurado como uma bolsa horizontal atravessava as extremidades de suas costas, a bandana, como sempre, devidamente ajustada à testa; os olhos com as pálpebras vermelhas, as pupilas com formato horizontal e a íris amarela, no seu semblante estava estampada a determinação.

Naruto respondeu Sasuke com firmeza:
— Os heróis sempre chegam atrasados!
— Neste caso, chegou tarde demais. Faz muito mais de meia hora que cheguei aqui, estava dormindo muito pesado.
— Quem disse que eu estava dormindo?
— Ou foi isso ou continua comprando leite estragado.
Naruto esboçou um leve sorriso, que foi apagado pelo abraço que uma trêmula Sakura lhe deu. Chorando e soluçando, ela lhe implorou:
— Por favor, acabe com isso. Eu tentei, mas fui fraca, mesmo tendo visto o que ele fez. Ele matou muitos, ele matou nossos amigos, matou o Comandante Yamato, matou o Professor Kakashi, ele matou tantos, detenha-o! Eu te imploro... Detenha-o, como eu não pude fazer!

Naruto afastou levemente Sakura de si, passou a ponta dos dedos levemente em seu rosto, diluindo suas lágrimas, olhou-a afetuosamente e lhe sussurrou:
— Ninguém mais vai morrer, eu prometo. E você sabe que eu nunca traio minhas palavras. Confie em mim.
Em pensamento, ela acrescentou:
— Eu confio! Muito mais do que você imagina...
O clone então a pegou no colo e a levou em direção ao hospital de Konoha.