Minutos.

Horas.

Não sabia dizer, o relógio parecia estar parado. Nenhum médico vinha dizer o que havia acontecido com minhas meninas. Meu coração estava quebrado. Eu estava no silêncio.



Meus pais, os pais de Maya e meus amigos estavam espalhados pela sala de espera do hospital, ninguém deles chegou perto de mim e nem tentou conversar comigo. Sabiam que eu precisava de espaço e de tempo para pensar.

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Queria acreditar que a demora para o médico aparecer era uma notícia boa. Que a demora era porque estavam cuidando da minha pequena. Minha menina. Que nunca vi e já amo incondicionalmente.

Minha pequena Alisha.

Depois de do que pareceram horas, o médico veio até nós. O rosto mostrava cansaço. Levantei rapidamente e fui até ele.



—Dr. e minha esposa? e minha filha? - perguntei antes mesmo dele chegar até meus familiares. O médico sorriu e isso acalmou meu coração.

—Elas estão bem. Maya teve apenas um deslocamento de placenta. Muito normal de acontecer, isso acaba alterando a pressão da paciente, mas conseguimos fazer o parto normalmente - suspirei aliviado e deixei algumas lágrimas caírem.

Minha mãe me abraçou e beijou minha bochecha.

—Posso ver elas? - Dr. sorriu e concordou. Sorri para meus amigos e familiares vendo todos os rostos aliviados.

Minhas meninas estavam bem.

Não passou de susto.



Abri a porta devagar e encontrei Maya ninando nosso pequeno embrulho.Ela levantou seus olhos e sorriu. Um sorriso cansado, porém feliz.

—Oi Dani, vem ver nossa pequena - me aproximei delas e beijei demoradamente a testa de Maya e logo pus os olhos na minha pequena filha. Ela era linda. Pequenina, branquinha com grandes olhos castanhos.

—Ela é igual a você - sorri pegando em sua mãozinha - uma mini Maya - encarei minha esposa e beijei seus lábios - fiquei com tanto medo de te perder. Perder vocês duas. - me deitei ao lado dela.

—Me desculpe por isso - sussurrou tristemente.

—Você não tem culpa de nada, Iadala - Ela sorriu timidamente. Sempre ficava assim quando eu a elogiava em hindu.

—Pegue ela - Maya me estendeu o pequeno embrulho que peguei com receio. Não sabia como pegar um neném, não sabia cuidar de bebê. Eu não sabia nada, eu estava completamente ferrado. - Sabe o significado de Alisha? - neguei com a cabeça, Maya pegou os dedinhos de Alisha e balançou gentilmente.

—Protegida do Deuses - sorri e beijei a cabecinha de Alisha. Minha filhinha. a garotinha que tenho certeza que fui protegida pelos Deus. O nome perfeito para minha pequena guerreira.

Maya se encostou em mim e ficamos admirando o amor de nossas vidas.

Nesse momento eu me senti completo.

—-----x-------



Depois de um tempo apenas nós três, tive que deixar nossos amigos e familiares verem Alisha. Os primeiros a entrar foram os pais que Maya que logo teriam que pegar o avião para Índia. ,Muhammad entrou no quarto e logo beijou a filha.

Priya - ele logo olhou para a neta e o mundo fui esquecido. Pegou rapidamente Alisha do colo da mãe ficou ninando ela enquanto murmurava palavras em hindi.

Ananya, mãe de Maya, se aproximou da filha e lhe abraçou.

—Que pequeno susto você nos deu - falou com a voz embargada. Maya sorriu e beijou as mãos da mãe.Logo fomos esquecidos pelos dois que admiravam nossa pequena.

—Você está bem? - perguntei para Maya ao ver ela dar o seu quinto bocejo. - está cansada? - ela confirmou, arrumei seus travesseiros e beijei sua testa.

—Durma, só vou deixar meus pais e meus amigos verem ela, pois estão malucos do lado de fora. Eu cuido deles. Você dorme - ela sorriu agradecida e fechou os olhos.



Meus pais entraram silenciosamente ao perceber que Maya dormia profundamente. Eles botaram os olhos em Alisha e sorriram.

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—Ela é linda - mamãe falou com os olhos molhados. Ela pegou Alisha de meus braços e balançou de um lado para o outro.

Meu pai me abraçou fortemente.

—Achei que estava tirando seu sonho quando você aceitou a proposta de Muhammad, mas olha você agora, sendo pai de uma preciosidade dessa.



—Sim, estou me sentindo feliz, completo - falei olhando Maya dormir - no final o amor da minha vida estava do outro lado mundo, mas encontrei ela - meu pai sorriu e fui em direção a minha pequena. A visita foi rápida, pois Maya ainda estava cansada e dormia profundamente e logo Alisha iria querer mamar.

Meu quatro amigos entraram fazendo um pouco mas de barulho do que nossos pais.

—Uau, é uma mini indiana gata - Logan falou olhando Alisha- que olhos grandes - pegou o dedinho de minha bebê.

—Ela vai te dar trabalho - Mike falou rindo - se for igual a mãe, vais ter trabalho - bufei. Sabia que Alisha ia ser igual a mãe. E eu estava completamente pirado com isso. Imagina os gaviões que vão vir atrás da minha filhotinha. Dá raiva só de imaginar.

Ainda bem que falta muito tempo;



Muito tempo mesmo;

Uns trinta anos.



—Um amorzinho - Emma falou beijando a bochecha gorda enquanto balançava devagar. Jenny era igual Logan, não levava muito jeito com crianças, então ficou apenas mexendo nos pequenos pezinhos.

—Olha o tamanho disso - - ela falou - do tamanho do meu dedo - mediu com seu dedo e gargalhou - do tamanho do seu amiguinho Logan - Logan revirou os olhos enquanto iriamos tentando não acordar Maya.



A visita deles também fui rápida e logo ficou apenas eu e Alisha acordados. Peguei minha pequena no colo e balancei gentilmente.

—Eu amo você, amo sua mãe, vocês são os amores da minha vida - beijei sua testa - vou fazer de tudo para proteger você, vou dar tudo o que você quiser e ai de quem disser que não deve mimar. Você vai ser o bebê mais mimado que o mundo já ouviu falar. Vou fazer o possível e o impossível para vocês serem felizes. Igualmente a mim.



Olhei para cima e encontrei os olhos marejados de Maya.

—Amo você - falou baixinho.

—Também amo você - me sentei ao seu lado. Minha pequena família - amo vocês duas.