Piratas do Caribe - O Retorno para o Mar

Eu vos declaro marido e... pirata?


Durante o trajeto até o forte Moira perdia-se em pensamentos. Aquele dia estava sendo repleto de emoções, umas até melhores que outras tinha que admitir, mas o fato era que ela não esperava ver Jack após dois anos sem nem uma notícia sequer sobre ele ou seu navio. A garota sabia o quanto o pirata era astuto e furtivo, entretanto, até os mais famosos e sanguinários homens do mar estavam com seus dias contados, com Sparrow não seria diferente e isso a preocupava.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Com os piratas cada vez mais tendo o domínio sob os mares e saqueando várias cidades e povoados, o governo procurou uma manobra onde pudessem por um fim a pirataria de uma vez por todas. Robert em uma audiência com o rei da Inglaterra, propôs uma estratégia que a princípio não agradou ao rei que estava furioso por suas perdas no mar, porém desesperado e sem maiores propostas, concordou com o plano de ação do governador de Port Royal. Sendo assim, todo o pirata que se rendesse ganharia o perdão real, sendo absolvido de todos seus crimes

contra​ a coroa e tendo de volta a liberdade para viver como um homem de bem perante a sociedade. Caso resistissem seriam capturados e levados a forca sem qualquer julgamento. A notícia se espalhou e junto a ela o grande aumento de execuções, deixando claro que não seria fácil lidar com homens convictos de seus desejos.

— Filha? — Robert a chamou. Ele estava de pé do lado de fora da carruagem aguardando para levá-la ao altar.

— Oh, já chegamos… — Moira desceu com a ajuda de Robert e de braços dados começavam a caminhar para dentro.

— Está muito bonita Moira, seu futuro marido irá gostar do que ver — Robert sorriu orgulhoso e foi correspondido com um sorriso mais discreto.

O local onde seria realizada a cerimônia estava repleto de guardas e de pessoas da alta sociedade, Moira tinha a certeza que parte daquelas pessoas estavam ali não por seu casamento, mas sim para especularem a respeito de seu pai, afinal Robert não vinha de uma família de elite, fôra um simples guarda que se tornou almirante, posteriormente, comodoro e agora era um poderoso governador graças a seus esforços. A jovem tinha orgulho de seu pai, e achava que seu novo cargo veio em boa hora, de certa forma para suprir todo o sofrimento que ele passou com seu mais recente filho.

Os convidados se levantaram assim que a viram, todos estavam admirados com sua beleza, que com o passar dos anos tornavasse cada vez mais divina. Os oficiais ficaram em guarda para a moça junto a seu pai, passarem pelo tapete vermelho. Seu noivo sorria vitorioso, finalmente alcançou seu objetivo. Moira o fitou e de repente viu Daniel em seu lugar, piscou algumas vezes e logo notou que tudo não passava de uma quimera. Suspirou em falso cansaço e assim chegaram ao altar.

— Cuide bem da minha menina — Disse Robert com um sorriso.

— Não se preocupe senhor — O homem bem trajado respondeu. Segurou a mão de sua noiva e sussurrou — Está belíssima.

A jovem agradeceu e logo a cerimônia deu início. Ela fitou Alec, o menino agora com doze anos olhava para a irmã com tristeza pois era contra aquela união. Ele a conhecia o suficiente para saber que ela não amava o homem a quem estava se entregando.

Moira fitou o chão pensativa, havia retornado para Port Royal, mas não para sua antiga vida, não era como se pudesse apagar suas memórias e viver do ponto onde parou. Agora sabia quem eram seus verdadeiros pais, quem era ela e como era atraente a vida no mar. Por noites e noites não conseguia colocar a cabeça no travesseiro e dormir, pois todo aquele conforto parecia não lhe pertencer mais e esse era seu fardo, sua escolha, recusou o mar pela terra, entretanto, já não a podia chamar de lar.

E a cerimônia matrimonial prosseguia.

— Eu, William Scott Marshall, aceito Moira Annette Brodbeck como minha esposa, para amá-la na saúde e na doença, na riqueza e em sua falta, até que a morte nos separe — Marshall recitou as palavras frente a noiva. Esperava que ela concluísse com sua parte para finalizarem a cerimônia, mas a jovem apenas o fitava em silêncio — Moira? Estou esperando…

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Jack Sparrow — Expôs.

— O que? — William estava confuso.

— Jack Sparrow, o capitão do Pérola Negra está aqui com seus homens e planeja roubar o Marine e saquear a cidade!

Burburinhos começaram a surgir entre os convidados, então Robert se aproximou a para tentar entender a atitude inesperada de sua filha.

— Moira o que está fazendo? É o seu casamento — Robert a repreendeu.

— Papai não posso me casar sabendo que as pessoas na cidade correm perigo, que a qualquer momento possamos ficar a mercê de piratas. Papai… — Ela fitou o noivo — comodoro Marshall, façam alguma coisa, por mim... — Os homens se entreolharam duvidosos — Alec os viu mais cedo, e escutou sobre o plano. Atacariam durante a cerimônia pois parte da guarda estaria centrada no forte. — Os olhares duvidosos continuaram -– O menino estava com medo então me contou, pensei que pudesse ser uma travessura de criança mas...mas se for verdade estamos todos em perigo! — Enquanto explicava viu o garoto sair furtivamente entre a multidão.

— Onde está o Alec?! — Robert perguntou a Katherine que a essa altura já se desesperava-se

Marshall fitou Moira que mostrava-se muito aflita e engoliu em seco sua vontade de ignorar o pedido da futura esposa.

— Quer adiar a cerimônia por que uma criança disse que há piratas na cidade? — Ele sorriu irônico.

— Como meu futuro marido, não deveria confiar em mim? — Ela o desafiou sutilmente.

— Tem muitas pessoas importantes aqui, algo assim poderia se tornar um escândalo — Marshall relutou.

— É lastimável perceber que o senhor se preocupa mais com status social do que a segurança de sua noiva e os moradores da cidade ao qual presta serviços — Moira e Marshall se encararam por alguns segundos.

— Não se preocupe, iremos capturar esses piratas e nada vai acontecer a ninguém — William disse por fim.

O homem subiu sua patente logo após Robert tornasse governador, todos sabiam, excerto o governador e sua família, o quanto ele tramou para conseguir o posto e isso causava indiferença com os outros oficiais. Moira e sua mãe foram instruídas a ficarem no forte enquanto alguns guardas junto a Robert e William partiam rumo ao lado leste da cidade.

Katherine tentava amenizar toda aquela constrangedora situação, não notando que em meio a euforia dos convidados, a garota desvencilhou-se dos olhares alheios e correu para onde imaginou que Alec estivesse. Ela corria pelos longos corredores segurando partes de seu vestido para que não tropeçasse.

— Moira! — O menino a chamou, saindo de trás de uma estátua.

— Alec! — Ela o puxou pelo braço e os dois entraram em uma sala vazia e se abraçaram em seguida. — Obrigada meu irmão, é tão bom saber que posso sempre contar com você.

— Qualquer coisa é melhor do que vê-la se tornar a senhora Marshall — O menino sorriu desfazendo o contato — O que vai fazer quando o papai e o comodoro descobrirem que você estava mentindo?

— Não estou. Jack realmente está em Port Royal, e se eu não estiver errada, ele estará exatamente onde mencionei — Moira caminhava de um lado para o outro aflita.

— Por que está condenando o homem que ama? — Moira não pode disfarçar o espanto ao ouvir as palavras do menino — Não precisa enganar-me, Daniel me contou sobre você… e também sobre o capitão do Pérola Negra.

A jovem sentiu seu corpo estremecer, Daniel não poderia ter sido capaz de traí-la daquela forma e colocado sua vida em risco. Não sabia exatamente o que ele havia contado,mas se Alec manteve esse segredo até aquele momento, era sinal que estava tudo bem.

— Alec, o que exatamente Daniel lhe contou? — O coração de Moira pela terceira vez aquele dia agitava-se em seu peito.

— Como é respirar dentro d'água ? — Os olhos do garoto brilhavam na emoção de finalmente poder contar a sua irmã seu segredo.

— P-pelos Deuses Alec! não sei do que está falando, provavelmente Daniel estava brincando com você — A jovem indagou tensa.

— Moira eu sempre notei algo diferente em você, só não sabia o que era… não importa se você é filha da deusa do mar, para mim você sempre será a minha irmã. — O pequeno Brodbeck sorriu. Ela novamente abraçou o irmão, mas dessa vez com lágrimas nos olhos — Você vai partir novamente não é?

— Eu…

– – –

Assim como as coordenadas foram dadas por Moira, Jack havia chegado ao navio. Nocauteou os oficiais que vigiavam a embarcação e em seguida subiu a bordo. O Marine era enorme, o que de fato deixava em evidência que não poderia ser manejado sozinho, dando ao pirata algumas conclusões. Enquanto caminhava ele arrastava uma corda pelo piso de madeira, fazendo várias voltas e por fim, colocou a ponta sobre a escada para popa do navio.

— Grande...vazio e grande… — Jack balbuciou para si mesmo enquanto checava o leme.

— Parado aí pirata! — A voz de Marshall chamou a atenção de Jack. Vários oficiais apontavam suas armas na direção do inimigo. — Você está preso por ordem do rei. — Jack franziu o celho pensativo, então começou a caminhar para o convés. — Não se mexa! Conheço suas artimanhas Jack Sparrow!

— Está faltando um capitão aí nessa frase — provocou. Ignorando a ordem de Marshall, ele continuava a descer as escadas.

— Onde estar o resto do seu bando? — Robert expôs.

— Essa peruca lhe cai muito bem... governador? — Sparrow mudou sua atenção por segundos e logo voltou a fitar William — Boatos maldosos, como podem ver, não há mais ninguém.

— Está mentindo pirata, nosso informante nos disse que o viu junto a uma tripulação de arruaceiros — O comodoro ficou bem próximo a Sparrow, mesmo com os alertas de seus companheiros para tomar cuidado.

— O seu informante também lhes contou como eu soube a localização desse navio? — A pergunta de Jack deixou Marshall intrigado, havia algo pouco explicado naquela história.

— Guardas prendam este homem agora! — Ordenou o governador Brodbeck.

Sparrow sorriu e então puxou a ponta da corda que havia espalhado pelo convés, fazendo assim com que os oficiais fossem ao chão pois seus pés foram presos na mesma. Rapidamente correu para a ponta da popa na tentativa de escapar.

— Adeus cavalheiros! Esse dia será lembrado como o dia em que vocês quase cap-

O pirata parou seu discurso ao ouvir o som de uma pistola apontada para sua cabeça. Um guarda havia saído de trás das caixas, pois havia preparado uma emboscada para Jack. Todos se desvencilharam da corda e logo algemaram o criminoso.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Não me subestime capitão, quando zombou de Norrington eu estava lá, eu fui um dos guardas que você humilhou. Não cometa o erro novamente de achar que pode me vencer… — Marshall o fitava sério, notando a careta estranha que o outro fazia — Levem-no para a prisão!

– – –

A noite envolvia a cidade e o brilho do luar adentrava entre as grades de ferro da janela na prisão. Jack havia sido capturado, e novamente desfrutava da velha cela infestada de ratos e pulgas. Deitado sobre um banco e com seu chapéu tapando o rosto, o pirata cantarolava uma canção do mar. Sua atenção foi tomada ao ouvir um latido, rapidamente foi até as barras de ferro e franziu as sobrancelhas quando notou algo inesperado.

— Quantas vidas você tem afinal? — Jack reconheceu o cão que esteve presente em algumas de suas aventuras, entretanto, dessa vez ele não possuía as chaves para libertá-lo.

De repente Sparrow foi surpreendido por um barulho vindo das escadas, então abriu um sorriso vitorioso que em segundos se apagou ao ver a figura franzina e desconhecida a sua frente.

— Sei que não era a minha presença que aguardava esta noite, mas sou seu maior trunfo agora — Disse o garoto com voz firme.

— Quem é você?

— Meu nome é Alec, Alec Brodbeck e vim ajudá-lo.

— Não sei se devo ficar contente com as epifanias dos Brodbeck — Jack se afastou das grades, retornando ao banco.

— Perdoe minha irmã, essa foi a maneira que ela encontrou de…. Esqueça! Ouça -me capitão, aceite o perdão real quando lhe for oferecido e sua vida será poupada — Disse o garoto abaixando-se para acariciar o cão que havia se aproximado.

Sparrow ficou curioso, então novamente caminhou pela cela.

— Perdão real?

— Sim, o rei está oferecendo o perdão real a todos os piratas que se renderem, mas caso relutem não haverá outro destino senão a forca — O menino explicou. Logo ouviu um burburinho acima de onde estavam — Tenho que ir — Ele se levantou — Aceitando o perdão estará livre.

O garoto correu para a saída deixando um Sparrow ainda mais intrigado.

— Você nada conhece sobre a liberdade amigo… — O pirata sussurrou sozinho.

– – –

— Marshall? — A voz suave de Moira chamou a atenção do comodoro que conversava com um subordinado em seu gabinete.

— Senhorita Brodbeck… — O homem fez sinal para que o guarda os deixassem a sós — Aproxime-se.

A bela dama caminhou lentamente, observando a sala que um dia fora de seu pai. A decoração havia mudado, estava mais chamativa e até hostil. Mas de longe aquilo a incomodava no momento.

— Fui avisada de que haviam retornado, então vim vê-lo — Ela selou os lábios do noivo e sorriu em seguida — E então, o pirata aceitou o perdão real?

— Perdão real… — William se afastou da moça. Pegou um livro grosso e de capa negra, colocando-o sobre sua mesa — Neste livro encontram-se registradas todas as atividades contra a coroa já realizadas pelo capitão do navio de velas negras. Sparrow tem causado muitos problemas a Port Royal, acho que não preciso citá-los… ele é um pirata traiçoeiro demais para andar livre por aí.

— Pensei que o novo acordo fosse aplicado a todos os piratas, e não pela quantidade de seus crimes — Moira argumentou. Tentava disfarçar seu nervoso ao notar que seu plano poderia fracassar.

— E é, mas Jack Sparrow não entrou apenas no caminho da marinha real, ele entrou no meu caminho. Há anos atrás ele humilhou a mim e aos meus companheiros, e agora… agora ele interrompeu o nosso casamento senhorita. Compreende?

Mesmo tornando-se noiva de Marshall, Moira ainda o temia, seu olhar era como de um felino a observar sua presa. Cauteloso, sempre conseguia tudo que desejava, e dentre seus desejos, a jovem era o mais cobiçado.

Em seu desaparecimento após o incidente no Real Ocean, William retornou a Port Royal e deu a família Brodbeck todo o suporte que precisavam diante de todo sofrimento. Com isso ganhou ainda mais a confiança de Robert, que aquela altura já o via como um amigo. Quando Moira voltou ao porto, tentou ignorar seus sentimentos por Daniel, enquanto o mesmo se empenhava a conquistar o coração da moça e fazer com que Jack não passasse de uma mera lembrança, acreditando que aquele era o único obstáculo entre ele e a moça. Mas o que o jovem não sabia era que as coisas eram bem mais complexas, e que as visitas de Marshall a casa dos Brodbeck se tornavam mais frequentes.

Não demorou muito para Robert notar o interesse do homem em sua filha, e convicto de que Marshall era um bom homem, o motivou a cortejá-la. Como bom observador que era, o chefe da família a muito sabia que Daniel também tinha sentimentos por Moira, e por ciúmes paterno muitas vezes era rude com o rapaz no passado. Agora que tinha conhecimento de que ele era seu filho, não achava correto que ele e a garota tivessem um romance, pois mesmo não sendo irmãos de sangue, algo assim não seria bem visto naquela época.

Então certa de que teria que viver sem Daniel, a jovem acabou se aproximando de William e assim aceitando seu pedido de casamento.

— Bem, compreendo que o pirata tenha o irritado, mas talvez não seja correto colocar assuntos pessoais a frente de algo muito maior. Sparrow é um homem influente dentro da pirataria, tê-lo no nosso lado garantirá a redenção de muitos outros patifes — Os argumentos de Moira eram firmes, até mais do que esperado, despertando um certo interesse ao comodoro.

— Ao que me parece há um certo incômodo de sua parte com relação ao destino do capitão pirata, há algo que eu deveria saber? — O homem novamente se aproximou da mais nova, com um olhar intimidador. Ele analisava perfeitamente cada gesto dela a procura de respostas.

— N-não, eu só… Desculpe, o dia está sendo muito cansativo...Bem, a cerimônia foi adiada, acho que vou para casa — Moira virou-se para se retirar, mas William a impediu segurando em seu braço de maneira sútil.

— A cerimônia foi adiada por horas e não por dia, o pirata está preso, não corremos mais qualquer perigo. Nos casaremos agora e amanhã, antes de irmos para Londres será a execução de Jack Sparrow.

Os olhos da jovem noiva arregalaram-se, por um instante se perguntou porque estava naquela situação, e logo quando os motivos vieram a sua mente, ela partiu o contato.

— William, eu estou abalada com o que houve, alguns convidados também… sei que algo assim coloca o nome da minha família em uma posição delicada, mas peço que atenda meu pedido. Desde que nos tornamos noivos, não ocupo meus pensamentos com outra coisa que não seja o nosso casamento. Quero que tudo seja perfeito, que seja especial... Amanhã sim?! — Ela tocou o rosto dele com seus delicados dedos leves, então seus lábios foram tomados por um beijo suave.

— Tudo bem, não há como resistir a você. Nos casaremos amanhã, logo após a execução. — Ele beijou a testa dela carinhosamente — Ouvi dizer que ver a noiva antes do casamento dá azar, bem aventurados aqueles que não são supersticiosos — sorriu, sendo correspondido em seguida — Pedirei desculpas a todos, não se preocupe. Boa noite futura senhora Marshall.

— Boa noite senhor Marshall.

Brodbeck se retirou da sala sem olhar para trás, Sparrow estava preso e condenado por sua culpa é ela não sabia como poderia evitar o pior.

— — —

Marshall havia pedido perdão aos convidados e explicado a eles a mudança no evento. E assim que pôde, atravessou o forte até onde estava seu subordinado de confiança.

— Joseph… — Ele chegou sorrateiramente atrás do oficial que vigiava o forte na área norte.

— Senhor ? — O homem respondeu em rampante pois assustou-se com a presença repentina do outro.

— Quero Sparrow morto essa madrugada — Impôs

— Mas senhor, a execução foi marcada para amanhã, não podemos antecipar...o governador está a par dessa solicitação? — Joseph questionou intrigado.

— Vou colocar de maneira clara para que entenda, Quero aquele maldito pirata morto, não me interessa como vai fazer isso desde que pela manhã eu possa ir até o governador e dizer que medidas extremas foram necessárias por conta da tentativa de fuga do prisioneiro. Ah! e mencionei que caso isso não aconteça, o corpo de um dos nossos guardas servirá de comida para os peixes? Espero que eu tenha sido claro o suficiente senhor Mitchell.

— S-sim s-senhor… farei com que Jack Sparrow vá para o inferno antes do sol nascer — Joseph respondeu apreensivo.

— Ótimo. Boa noite Joseph — William sorriu e deu as costas para o outro que agora teria que obedecer a mais nova ordem para que sua vida fosse poupada.