Outra Dimensão

Quando o fim é apenas o começo


O corpo lentamente foi deslizando para o chão como uma boneca quebrada. Tudo parecia ocorrer em câmera lenta, todos em choque.

— Tolo… Esse tiro não era para você – ironizou o líder dos atacantes, enquanto que o atingido lutava para se manter de pé.

O homem inesperadamente riu, seus olhos castanhos apertados.

— Ninguém machucará meus amigos na minha frente… nem mesmo um covarde capaz de atacar alguém pelas costas.

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Jiraya deslizou ao chão, caindo de lado, enquanto que Tsunade, que ele tentou salvar, se acercou do amigo, em lágrimas, tentando tratar a ferida.

De súbito, o silencio no recinto foi quebrado quando um assovio deslizou pelo salão e uma rajada de vento se fez sentir.

— Chega, já causaram muita destruição em minha casa – rosnou a velha mulher, movendo uma de suas mãos enrugadas e todos os atacantes foram lançados contra a parede, presos por braços de aço.

De repente, alguém pousou a mão em seu braço, mas ela não se voltou:

— Espere, temos algumas coisas a esclarecer.

Mito diminuiu a pressão, mas não libertou os inimigos.

— O que pretendiam? Para quem trabalham?

O homem fez uma careta, instintivamente sabendo que não havia como sair dali vivo. Haviam subestimado o inimigo. Aquela mulher bem merecia a fama de ser a maior Kinoichi já nascida.

— Ora, ora, Nanadaime Hokage, bem diziam que, apesar de ser um gênio em combate, você tinha raciocínio lento. Por que alguém viajaria para tão longe, arriscando sua vida?

— Alterar o passado? Era esse o plano? – perguntou Boruto, sério. – Alguém disse a vocês que, qualquer alteração, pode ter consequências imprevisíveis e incontroláveis?

O homem riu.

— Claro que sabíamos, mas não importava! Contanto que o controle de Konoha passasse ao nosso Amo… morto por você, seu desgraçado – disse, apontando para Sasuke.

— Eu matei muita gente, muitos dos quais mereceram o destino que tiveram.

— Mas o nosso Senhor transformaria esse mundo em um paraíso – disse, rindo histericamente. – Quando houve a destruição de Konoha pela sua versão que não devia existir, soubemos que havia uma esperança de concertar as coisas.

— O que pretendiam? Matar Mito, soltar Kurama sobre Konoha e deixar que a versão do seu Mestre daqui a reerguesse a sua imagem e semelhança? – perguntou Naruto, indignado. – Quem é maluco para aceitar isso?

— Só consigo pensar em uma pessoa – comentou Sasuke, chamando a atenção de todos. – O líder da Raiz…

Os viajantes olharam com espanto para o guerreiro.

— Quem? – perguntou Mito, mas Naruto balançou a cabeça em negativa.

— Alguém que vencemos a muito tempo. Ela sequestrou e manipulou inúmeras crianças ao longo de décadas, fazendo lavagem cerebral até transformá-las em máquinas assassinas que só conheciam um amo e senhor: Ele. Esse homem tentou tomar o poder em Konoha depois que o Sandaime Hokage foi morto durante um ataque, mas acabou morto antes de conseguir ser nomeado como o Godaime Hokage. No final, sua neta é que assumiu o governo – disse, olhando para o rapaz preso a parede. – Não consigo acreditar que ainda haja alguém que acredita nas palavras daquele louco.

— Diga quem é e eu cuidarei para que não fira mais ninguém.

Naruto simplesmente balançou a cabeça em negativa.

— Já mudamos demais os fatos. Nossa missão aqui acabou. Deixemos que os acontecimentos sigam seu ciclo natural.

A mulher fez uma careta e cortou a cabeça deles com um movimento rápido.

— Minha casa está imunda – comentou com naturalidade, batendo a bengala no chão, surpreendendo os visitantes. – Mas valeu a pena cada segundo. Há muito tempo não me divirto tanto.

Naruto e os outros ficaram com gotas na cabeça. De onde saiu aquela figura?

Algum tempo depois, os soldados finalmente chegaram e recolheram os corpos, encaminhando os feridos para o hospital. Jiraya era o caso mais preocupante, mas logo também estava estável.

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Dois dias depois, o grupo se reunia na Torre Hokage para a despedida.

— No final, os ataques foram apenas distração – disse Sakura, com os braços cruzados. – Queriam nos afastar dos verdadeiros propósitos deles.

O Hokage balançou a cabeça, olhando para o grupo.

— Estaremos em eterna divida com vocês. Mas ainda reside um outro problema: O que faremos com tudo o que já aconteceu?

— O que está feito está feito – disse Sasuke, balançando a cabeça. – Enfrentaremos as consequências quando voltarmos.

O Uchiha ativou seu Rinnegan e um vórtice surgiu.

— Está na hora!

Um a um todos foram atravessando o portal, mas Sakura olhou para Tsunade por vários segundos. Antes de atravessar o portal, disse:

— Seja feliz!

A jovem loira piscou, sem entender, mas o vórtice desapareceu.

O grupo rapidamente se viu novamente no alto do Prédio Hokage, mas nitidamente a paisagem havia mudado. Isso além do fato de ter sete rostos no Monte ao invés de três.

— Voltamos para casa – gritou Boruto, cruzando os braços atrás da cabeça.

Sarada bateu em sua cabeça, arrancando risos do grupo que os acompanhava.

— Vocês terão de descansar, principalmente você, Sasuke – disse um dos Conselheiros, sério.

Mal o homem falou, o Uchiha cambaleou sendo imediatamente amparado pelo amigo.

— Como sempre orgulhoso demais para aceitar ajuda – resmungou uma voz, fazendo todos se voltarem, surpresos.

Uma mulher loira, com uma grande semelhança com Tsunade, os aguardava ao lado de Itachi. Junto a eles várias pessoas se acercaram dos recém-chegados, inclusive Hinata e Himawari.

— Como se atrevem a desaparecer sem avisar? – perguntou a mulher, as mãos na cintura enquanto encarava o marido e o filho mais velho.

Os dois baixaram a cabeça, sabendo que mereciam a bronca, mas sorriram quando a mais nova se jogou nos braços do pai e do irmão.

Enquanto isso, Sasuke estava sentado no chão enquanto era examinado pela mulher desconhecida. Mas quando ele ergueu o olhar, quase desmaiou de vez. Um rosto terrivelmente familiar o encarava.

— Daisuke…

O rapaz sorriu, os olhos verdes sem jeito.

Enquanto todos se confraternizavam, mal perceberam que os Conselheiros estavam muito sérios, encarando tudo com preocupação.

— Vencemos a primeira fase – comentou o primeiro, encarando todos ao redor.

— Sim, uma catástrofe foi evitada, mas é apenas o principio se a profecia for mesmo verdade – disse o outro, encarando os dois Reis unidos novamente.

— Será que não seria melhor contar a eles que mais desafios os esperam – revelou o terceiro, muito sério.

— Eles merecem um descanso – determinou o primeiro, fazendo os outros dois assentirem. – Vão precisar de todas as suas forças para o que está por vir.

Os três desapareceram em um piscar de olhos.