Chuva de verão

Um arco iluminado pelo resplandecente sol, derramando suas cores sobre o céu vivaz, exalando um perfume caloroso entre os pingos da transitiva chuva. Esse cheiro que viaja pela memória intensamente, ultrapassando o tempo e inundando os sentidos, anamnese do nosso verão.

Assim como naquele dia, as cigarras cantam com alegria a música vibrante que eu guardo no coração, aqueles preciosos dias, onde corríamos para um lugar que era só nosso. Em mim eu conservo a imagem cintilante da luz que desprendia dos seus cabelos alaranjados. O sorriso que você me mostrou ainda estremece meu corpo, como as palavras que foram ditas enquanto fugíamos da chuva no fim da tarde ensolarada, você me disse obrigado e eu segurei sua mão fortemente, refreando as lágrimas.

Desde esse dia você me mostrou o verão em todas as estações. Junto com a juventude que deixamos para trás, as cores do passado estão marcadas em nossa pele. Mesmo que minha memória lentamente se esvaia e se perca em mim, eu vou me agarrar a esses recordo, em um lugar onde sempre poderemos voltar.

Sentados nessa varanda, mais uma vez podemos olhar para trás e rir do abraço apertado que você me deu em cima da sua bicicleta, as caricias amáveis, os beijos escondido, o segredo que sempre foi só nosso. Se despedindo com olhos brilhantes que ansiavam o amanhã, prometemos sempre estar esperando.

Eu esperarei, eu guardarei, eu permanecerei, para sempre esse calor estará em mim, se acendendo cada vez que meus olhos encontrar os seus, você viverá em mim e eu viverei em você .

Os raios do sol no crepúsculo dançam agora com a fina chuva uma valsa lenta e contínua. Esperando o pelo seu sorriso, uma vez mais irei dizer aquelas palavras.

— Agora e no próximo verão, eu vou amar você, Hinata. —

— Obrigado por me amar. —