~Narrado por Regina~

Depois de Alicia me acordar, me levanto e me arrasto até meu banheiro e faço minha higiene matinal e tomo um banho para tirar o cansaço do meu corpo, após banho, uma leve maquiagem vou até minha mala que estava no meio do meu quarto e procura uma roupa, pego um vestido preto, um sobretudo preto, e um sapato preto com a sola vermelha, enquanto me visto olha em volta e vejo meu antigo quarto, estava exatamente da mesma forma que eu deixei a anos atrás, eu lutava comigo mesma para que as lembranças daquele lugar ficasse no fundo da minha mente, mas eles submergiam rapidamente, não era nem oito da manhã ainda e minha cabeça trabalhava em uma velocidade fora do normal, de todos os pensamentos que eu empurrava para o fundo da minha mente, um eu queria que nunca tivesse saído de lá, o pensamento com nome e sobrenome EMMA SWAN, além de tudo que aquela cidade me trazia aquela merda de sonho que não era um sonho era uma lembrança, uma assombração; tarde demais.

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~Flashback

Acordo com os raios de sol incomodando meus olhos, nota metal que eu deveria ter fechado a porcaria da cortina, mas depois de eu e a Emma nos amarmos eu cai no sono, meu corpo estava exausto e eu estava tão feliz... Emma... Pera aonde estava a Emma?

Passo minha mão pela cama e sinto que só havia eu ali, não era possível que tudo aquilo foi um sonho eu me recuso a acreditar, tinha até medo de abrir os olhos e ficar frustrada, mas foi tão real, eu ainda podia sentir o calor da Emma no meu corpo, seu cheiro, se foi um sonho foi o sonho mais real da história. Abro os olhos e me sento na cama e me enrolo no lençol e olho em volta, tá bem não foi um sonho tudo estava ali, minhas roupas e a da Emma espalhada pelo chão, sorrio e passo os dedos pelos meus lábios lembrando de tudo da noite passada.

— Amor bom dia – Me viro e vejo Emma ali parada com o sorriso mais lindo do mundo e segurando uma bandeja de café da manhã com tudo que eu mais gostava, ela se aproxima e coloca a bandeja em cima da cama e senta na mesma indo até onde eu estava e me da um selinho – Café da manhã para repor as energias

— Bom dia amor – não conseguia tirar o sorriso do rosto, retribuo o selinho de Emma e fico olhando em seus olhos e seu rosto.

— Meu rosto está sujo amor?

— Não amor, eu estou admirando, você é tão linda – Emma estava apenas com uma boxer e um top, era isso que ela geralmente usava pois ela se sentia mais confortável assim, ela falava que calcinha apertava o amigo dela então não usava.

Emma me puxa para sentar entre as pernas dela, encosto minhas costas em seu peito e fecho os olhos assim que sinto a mão de Emma repousar em minha coxa e acariciar lentamente com a ponta dos dedos, primeira coisa que rodava a minha mente, eu não era mais virgem, segundo eu tinha perdido a virgindade com a pessoa que eu mais amo no mundo, terceiro eu estava tão feliz, tinha sido a noite mais intensa da minha vida, mas porra que noite, se tivéssemos planejado acho que não daria certo.

— Você está bem amor? – Olho para cima e vejo os olhos preocupados da Emma sobre mim e me viro sentando em seu colo e aceno com a cabeça

— Eu não poderia estar melhor amor, você tem noção do que fizemos? Foi incrível

— Foi incrível mesmo, só temos um problema agora – Levanto a sobrancelha em dúvida, será que Emma tinha se arrependido

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim amor – Engulo a seco e a olho preocupada – O problema agora é que não vou conseguir ficar longe, sem te abraçar te beijar te amar, vai ser muito difícil – Rio e dou um tapa no braço de Emma – Aí amor, estou falando a verdade – Emma no vira na cama e dou um gritinho com aquele movimento rápido e ela fica em cima de mim, ela roça os lábios nos meus e mordo meu lábio inferior, fecho os olhos e meu peito sobe rapidamente e arfo.

— Eu sei qual a sensação amor – Falo ainda de olhos fechados e sinto os lábios de Emma irem de encontro ao meu pescoço, suspiro manhosa e levo minha mão enroscando nos cabelos de Emma e puxo os mesmos, as mãos de Emma rapidamente conseguem me desenrolar do lençol me deixando completamente nua, quando ela para o beijo para me olhar, meu rosto fica rapidamente vermelho e mordo o lábio inferior – Não me olha assim amor...

— É impossível, você é perfeita – Emma sobe suas mãos sobre minhas coxas e fazendo um caminho com as unhas faz meu corpo se arrepiar completamente e fecho os olhos gemendo.

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~Fim do Flashback~

Corro o mais rápido que posso para fora daquele quarto, querendo fugir dos meus pensamentos e eles me atormentavam com os fantasmas do Natal passado, ando pelo corredor principal da casa e desço em direção a sala de jantar, dá para acreditar que eu voltei para Storybrooke, eu fiquei sete anos longe e prometi que nunca mais voltaria, mas as circunstâncias me trouxeram de volta, nunca pensei que quando voltasse para a cidade que é uma coisa que já havia passado pela minha cabeça em algum momento, seria por um motivo tão ruim.

Meu pai havia falecido, foi um choque para todos, meu pai era um homem forte, apesar de um ou outro problema de saúde por conta da idade, ele se cuidava, praticava exercícios tomava seus remédios, se alimentava de forma saudável o que garantia a ele mais longos anos de vida, mas ontem recebi a ligação de que ele havia falecido, fiquei tão chocada, sem saber o que fazer, que sinceramente eu ri, achando que era um trote ou uma brincadeira de mal gosto, mas quando minha irmã invadiu minha sala completamente desolada e procurando meus braços para consola-la, vi que não era de forma nenhuma uma brincadeira.

Quando adentro a cozinha, minha mãe e minha irmã estavam ali em silêncio enquanto Alicia falava alegremente do meu pai de todas as lembranças, meu pai sempre foi muito próximo de Alicia, apesar de morarmos em NY ele e minha mãe sempre iam lá, e ele sempre conversou com minha filha sobre a morte e ele fala que quando um dia ele não tivesse aqui, para não deixar que a vovó ficasse triste, a missão da minha filha era fazer minha mãe lembrar dos bons momentos e isso que Alicia estava fazendo

— Eu prometi para ele vovó que nunca ia deixar você triste e ia te fazer sorrir sempre – Minha mãe segura Alicia no colo e abraça ela forte.

— Você, sua mamãe, a tia Zel e a tia Ella são os melhores presentes que eu poderia ter

— O papai não né vovó? – Levanto a sobrancelha e olho pra Alicia

— Alicia Mills de Locksley – Via ela esconder o rosto no pescoço da minha mãe – É assim que fala do seu pai?

— A tia Zel não gosta dele

— Baixinha me deixa fora desse assunto se não sua mamãe me mata – Me aproximo delas e beijo a testa da Zelena e da minha mãe e olho pra Ali que sorria travessa e nego com a cabeça.

— Cadê o Robin filha?

— Estou querendo saber também mamãe, ele me disse que chegaria hoje pela manhã e nada, provavelmente vá direto para a cerimônia – Quando falo isso os olhos da minha mãe ficam triste e abraço a mesma – Hey estamos aqui com você mamãe...

— Ele não poderia ter feito isso... – Faço sinal para Zel pegar Ali e logo elas se retiram, me sento de frente para minha mãe e seguro sua mão, e conseguir ver suas olheiras e os olhos inchados de quem chorou muito – Ele prometeu que eu iria primeiro, que ele não ia me abandonar.... Agora eu estou sozinha...

— Mamãe a senhora não está sozinha, estamos aqui e nunca vamos te abandonar, não falei assim...

— Vocês têm a vida de vocês filha, logo voltaram para ela e eu vou ficar aqui

— Mamãe não pense nisso agora, eu e a Zel estamos aqui, logo a Ella vai chegar, estamos juntas e jamais iremos te abandonar – Me levanto e abraço forte minha mãe, queria muito proteger ela de toda aquela dor, mas eu não iria conseguir fazer isso, meu pai foi um grande homem para todos os que conheceram ele, mas ele foi e é o grande amor da vida da minha mãe, era impossível minha mãe não estar sofrendo, e isso eu não poderia tirar dela, por mais que eu quisesse

—//-

Estávamos ali no cemitério, a cerimônia estava a pouco de começar e o gramado em volta do caixão do meu pai estava repleto de amigos, admiradores, e família, como já disse meu pai foi um grande homem e todos queriam prestar sua última homenagem a Henry Mills, eu e Zelena nos posicionamos cada uma de cada lado da minha mãe, Ella, esposa da Zelena estava ao seu lado e Alicia estava em seu colo, algumas pessoas vinham nos cumprimentar, prestar suas condolências, desejando coisas boas para a minha família, desejando seu apoio e as lembranças do homem que meu pai foi.

Não estou brincando quando digo o quão incrível ele era, meu pai construiu seu império do nada, ele veio de uma família pobre, lutou estudou e persistiu, e virou um gênio na sua área, suas criações arquitetônica estão espalhadas por todo o mundo, mas muito além disso, meu pai era humano, o dinheiro não o endureceu, ele era família, gostava do tempo de qualidade com a família, apesar de eu e a Zel nos mudarmos para NY, ele nunca deixou de nos visitar, apesar da distância sempre foi um avô super presente na vida da Alicia, tanto que ele é o herói da minha filha, ensinou muitas coisas para ela, fizeram muitas travessuras, o mais duro de tudo isso não é que a empresa Mills perdeu seu fundador, mas o mundo perdeu um gênio com a alma mais linda que alguém poderia ter, e a família perdeu o seu porto seguro.

Esse foi meu discurso quando fui chamada para falar sobre meu pai, enquanto mais algumas pessoas prestavam sua homenagem eu olhava o caixão dele ali e dentro de mim ainda pensava que poderia ser apenas uma brincadeira de mal gosto, que quando voltássemos para a mansão ele estaria ali, no seu escritório com seu copo de whisky e concentrado em seu jornal, apenas esperando uma de nós aparecer na porta do escritório para ele iluminar tudo com o seu sorriso incrível.

Ficamos ali em torno de uma hora e no momento que o caixão era levado par ao mausoléu aí sim sentimos tudo aquilo da forma mais real, minha mãe principalmente, ela não conseguia segurar as lágrimas e a tristeza que ela estava sentindo, para ela tudo estava acabado ali com seu amor sendo levado para longe, mas ainda tínhamos que ficar ali para as pessoas darem suas condolências à família de novo, sinceramente acho isso desnecessário, ver a pessoa sendo levada é tão doloroso que as pessoas deveriam dispensar esse final massacrante e permitir que a família fosse embora, mas não era bem assim e tínhamos modos a seguir, observava as pessoas e dava pequenos sorrisos amarelo de forma educada e alguns acenos, até o momento que aquela voz invadiu minha mente

— Sra. Mills minhas condolências, lamento muito por ele ter ido – Emma Swan, não havia visto ela até aquele momento e confesso que fiquei em choque, estática, os anos haviam feito muito bem para ela, e apesar do momento complicado ela era sempre radiante

— Obrigada Emma por ter vindo prestar sua homenagem ao Henry, ele sempre teve muito carinho por você – Enquanto minha mãe e Emma conversavam, Zelena me encarava um pouco atrás da minha mãe

— Eu agradeço todo o carinho de vocês por mim, e o que precisar eu estou a disposição – Emma beija o rosto da minha mãe e ela segue até Zelena que a abraça forte e elas sorrirem timidamente enquanto conversavam, Ella se aproxima com Alicia dormindo em seu ombro, me viro para ir embora e sinto uma mão segurando a minha impedindo que eu seguisse meu caminho, subo o olhar até o da minha é suplico para que ela deixasse eu me afastar, e ela sussurra.

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— Por favor, só hoje filha, por seu pai – Respiro fundo buscando ar que parecia estar faltando em meus pulmões e me viro ficando novamente do lado da minha mãe, Emma se aproxima e meu olhar atravessa encontrando os dela, fico seria é ela acena com a cabeça

— Regina meus pêsames

— Obrigada srta. Swan.