My Love Has Always Been You - HIATUS

When The Past Comes Back?


~Narrado por Regina~

Eu estava consideravelmente insuportável nos últimos dias, a Emma não me atendia de forma alguma nem respondia minhas mensagens, as duas vezes que fui até a casa dela não consegui vê-la, nem mesmo a Ruby estava vendo ela, a escola estava um inferno, todos riam e faziam piadas do assunto, já tinha arrumado briga com um grupo de meninas e já estava quase explodindo, quando finalmente o ultimo sinal toca saio da escola rápido deixando Tinker e Ruby pra trás, desvio me caminho de casa e sigo até a prefeitura na esperança que minha mãe pudesse esclarecer algo que estava gritando em minha mente.

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Chego na prefeitura uns minutos depois e adentro indo em direção a sala da minha mãe, vendo que a secretaria não estava em seu posto me aproximo da porta e bato

— Posso entrar mamãe? – Abro a porta e coloco a cabeça pra dentro da sala e a vejo concentrada, e quando escuta minha voz, sobe à cabeça e tirar os óculos

— Claro filha entre – Adentro na sala e ela se levanta vindo ao meu encontro – Não sabia que vinha, aconteceu algo?

— Queria conversar com a senhora, podemos?

— Claro querida, vem cá filha, o que aconteceu? – Minha mãe me puxa até o sofá mais próximo e nós duas sentamos eu a olho suave e ela me olha preocupada.

— Não precisa se preocupar mãe eu estou bem, só preciso ver se a senhora lembra de uma coisa.

— Ah filha menos mal, mas o que é? – A voz da minha mãe se torna mais suave e me recosto no sofá.

— Lembra quando eu tinha uns seis ou sete anos e eu tinha uma amiguinha que foi embora?

— Lembro claro filha, vocês duas eram grudadas não se separavam por nada o nome dela ela...

— Emma? – Pergunto apreensiva, precisava saber se a Emma era quem eu me lembrava – O nome dela era Emma?

— Isso filha, ela é a neta da Granny, aquela mocinha loira que vimos lá no restaurante, nossa ela cresceu muito, vocês eram tão unidas.

— É ela mesmo mãe? A Emma era aquela Emma que brincava comigo que éramos amiga? – Minha mãe acena com a cabeça e minha mente trabalhava a mil – Mãe a senhora se lembra o por que eles foram embora?

— Filha a Granny nunca me contou o porquê o que se dizia por ai é que o David tinha conseguido uma boa oportunidade de trabalho e eles decidiram se mudar, e pelo o que me lembro Emma precisava de um tratamento médico para algo que não me lembro bem o que era. – Quando minha mãe diz aquilo sorrio doce e levanto e pego minha mochila e saio correndo da prefeitura e escuto ela me chamando mas não tinha a intenção de retornar mais tarde explicaria para ela, corro algumas quadras ate a casa dos Swan e quando chego lá toco a campainha e logo a mãe da Emma vem atender a porta.

— Oi posso ajudar? – Tomo folego e sorrio educado.

— Boa tarde sra. Swan eu sou a Regina, sou filha da prefeita, nos conhecemos lá na Granny’s – Fico ligeiramente envergonhada e sorrio um pouco nervosa.

— Claro, me lembro, como vai Regina?

— Eu vou bem e a senhora?

— Estou muito bem, mas pode me chamar de Mary, em que posso te ajudar?

— Eu... – Penso no que poderia falar, se falasse que queria ver a Emma não ia conseguir entrar, se a Emma não estava respondendo nem mensagens não ia querer me ver – Eu vim trazer o dever de casa da Emma

— Ahh claro, entra por favor – Ela abre espaço pra eu poder entrar e peço licença e a espero.

— Bom Regina, vou aproveitar que está aqui e vou tentar fazer a Emma sair daquele quarto ou pelo menos deixar alguém entrar, você pode me ajudar?

— Claro, como vamos fazer?

— Bom vou falar com ela e depois você entra e aconteça o que acontecer não deixa ela te expulsar do quarto

— Pode deixar eu não vou ceder fácil – Enquanto vou subindo com Mary confesso que estava nervosa, mas respirei fundo e tentava me controlar, precisava ajudar a Emma e por isso tinha que manter a calma, quando chegamos em frente a porta do quarto da Emma acabo sorrindo de leve, na porta do quarto havia várias fotos de um montão de lugares lindo, era bem a cara dela mesmo.

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— Ta pronta? – Mary fala um pouco baixo e aceno com a kkk, ela bate na porta – Filha eu vim trazer seu almoço

— Pode entrar mamãe – Escuto a voz dela e respiro fundo novamente, Mary me olha e aceno com a cabeça pra mim, ela abre um pouco a porta e me da espaço para entrar, eu entro e fecho a porta atrás de mim – Mãe.... – Ela finalmente se vira e olho pra mim e fica seria em seguida.

— Oi Emma eu vim...

— Vai embora, não era para você estar aqui – Emma estava quase sem expressão e falo com a voz fria, um arrepio passa por toda a minha espinha mas fico firme.

— Eu vim trazer seu dever de casa e te ver, ver como você está.

— Eu to bem, pode ir embora já.

— Larga a mão de ser Emma, eu não vou embora, eu vim trazer a matéria do colégio pra você e principalmente para saber como você está.

— Eu não quero a pena de ninguém Regina

— Larga a mão de ser babaca Emma – Perco a cabeça e as palavras saltam da minha boca.

— O que você disse?

— Larga a mão de ser babaca Emma, eu não tenho porque sentir pena de você e nem você por que sentir pena de si mesma, você está se isolando sem motivo

— Sem motivos? Eu fui exposta para todo mundo do colégio e sou motivos de piadas

— E por isso vai se isolar aqui, seu corpo não define quem você é Emma, levante a cabeça e siga em frente, se estão rindo de você mostre que você não se importa e mostre quem você é de verdade

— Não é tão simples assim – Ela estava visivelmente chateada e eu me aproximo, com um pouco de receio com medo que ela me repelisse, mas não o fez então ouso a tocar sua mão.

— A Emma que eu conheci anos atrás não tinha medo de ser quem ela era de verdade.

— Eu... – Ela me olha completamente confusa – Do que você está falando?

— Ué você não tinha medo quando era criança, e quando me contou que era uma menina diferente tinha toda a confiança do mundo.

— Acho que você está me confundindo Regina.

— Estou mesmo?

~ Flash back ~

Eu andava muito chateada ultimamente, minha amiguinha Emma que sempre vinha brincar comigo, não queria mais brincar comigo, e eu não sei o porquê, não tinha feito nada de mal pra ela, deixava ela brincar com as minhas bonecas e com a minha bicicleta nova também, mas quando ia brincar agora com a Emma ela nunca queria, eu tava triste porque não tinha mais minha amiga pra brincar.

— Filha vamos ate o parque?

— Não que mamãe – Falo chateada e com os olhos cheio de lagrimas.

— Oh minha princesa o que foi? – Minha mãe me pega no colo e escondo o rosto em seu pescoço.

— Mamãe a Emma não quer mais brincar comigo, ela não gosta mais de mim mamãe

— Claro que gosta filha, deve ter acontecido alguma coisa, ela pode estar doente

— Não ta mamãe, eu vi ela no parquinho ontem e quando fui brincar com ela, e ela não deixou mamãe

— Que tal irmos lá na casa da Granny e vemos o que está acontecendo?

— Ta bom mamãe, mas ela não gosta mais de mim

— Gosta sim filha, deve ter uma explicação para tudo isso.

Minha mãe me leva até a casa da Grannys, quando chegamos lá ela pergunta se a Emma estava, ela diz que estava sim e nos convida pra entrar, nos acomodamos na sala e eu me sento do lado da minha mãe e fico balançando as pernas que não alcançava o chão

— Mas que prazer vocês terem vindo aqui – Granny fala com aquele sorriso doce.

— Viemos porque a Regina queria brincar um pouquinho com a Emma.

— Ela está lá em cima querida pode subir até lá

— Posso mamãe? – Pergunto baixinho só pra ela ouvir

— Claro filha, vai lá, eu vou ficar aqui conversando com a Granny – Quando minha mãe me dá permissão desço do sofá e corro até o andar de cima e abro a porta e vejo Emma brincando distraída e me aproximo.

— Oi Emma, minha mamãe me trouxe pra brinca

— Regina – Emma me olha e fica quietinha depois e abaixa a cabeça e eu fico triste.

— Você não quer ser mais minha amiga não é? Foi alguma coisa que eu fiz? – Sento no chão perto da Emma.

— Quero mas eu não posso?

— Mas por que não? Sempre brincamos juntos e somos melhores amigas lembra

— Eu sei Regina, mas a mamãe falou que agora não podemos mais brincar juntas e eu não posso dormir na sua casa

— Mas por quê? – Agora estava realmente triste perdi minha amiga – Tínhamos combinado de ser melhores amigas pra sempre, você mentiu Emma, não é minha amiga

— Eu sou sim, mas minha mamãe disse que eu não posso

— Mas me fala o porquê?

— Eu não posso fala

— Ta Emma, você não é minha amiga, vou pedir pra minha mamãe me leva pra casa – Levanto e arrumo meu vestido e vou saindo.

— Re não vai por favor – Emma estava triste e eu viro e a olho.

— Me conta então

— Você promete não contar pra ninguém?

— Prometo Emma

— Ta então eu te conto – Emma se levanta e vai ate a portar e encosta a mesma – Minha mamãe disse que eu sou diferente.

— Diferente como? Só porque você é loirinha, todo mundo é diferente

— Não é por causa disso, é lá embaixo

— La embaixo onde?

— Lá

— Emma eu não entendi nada – Emma levanta e levanta o vestido e me mostra, eu me aproximo e olho – Você não pode brincar comigo por causa disso?

— É minha mamãe falou que eu sou diferente de outras meninas, por isso não posso brincar com outras meninas

— Mas você não vai ser minha amiga só por causa disso?

— Mas eu sou diferente Re

— Mas e dai? Você é minha amiga e eu não vou deixar de brincar com você por causa disso

— Não?

— Emma você é minha amiga, minha melhor amiga.

~ Fim do Flash ~

— Como você sabe disso? Quem te contou isso? – Emma estava visivelmente confusa e eu seguro o riso –

— Eu não preciso que ninguém me conte porque aquela menininha era eu – Emma endurece o rosto novamente e eu retraio os ombros levemente -

— Eu não sei quem são essas meninas você está me confundindo com outra pessoa Regina, esta maluca – Reviro os olhos e minha vontade é bater na Emma –

— Não adianta tentar negar, eu sei quem é a você a algumas semanas

— Semanas? Mas como? Ninguem sabia que eu já tinha morado aqui – Emma se senta na cama e sento do lado dela e a olho nos olhos -

— A algumas semanas, eu tinha me trocado no vestiário e acabei esquecendo celular dentro do meu armário e quando eu entrei estava vazio mas você estava lá e bom quando você se virou...

— Você me viu...

— Exatamente, eu fiquei com aquilo na cabeça e me lembrei de quando éramos crianças, porque não me disse que era você Emma

— Não queria que tivesse pena de mim Regina

— Se você falar com isso de pena de novo eu juro que vou te dar um soco

— Nossa essa Regina ai que eu conheci quando voltei para a cidade

— Não seja boba Emma, eu não estou aqui por pena, somos amigas lembra, amigas para sempre – Vejo Emma sorrio e relaxo meu corpo e sorrio também –

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— Eu me lembro sim

— Então você tem que ouvir sua melhor amiga, você não pode se trancar aqui Emma, tem que enfrentar, você tem sua família, tem eu a Tinker, tem seus amigos da equipe de mídia que todos os dias perguntam de você e vamos estar do seu lado, o resto Emma é só resta não valem a pena ser levado em conta

— O Killian me expos na frente de todo o colégio Regina, isso não foi brincadeira

— Eu sei disso, mas é isso que ele quer te colocar pra baixo, o Killian é um sem noção e se acha e se ele fez isso é porque como raras as vezes que isso acontece ele levou um não na cara e se sente ameaçado – Pego minha mochila e entrego meus cadernos para você – Vou te ajudar com o dever de casa e amanhã vamos para a escola juntas

— Mas...

— Não tem mais nem menos, vamos pro colégio juntas e vamos enfrentar isso juntas certo? – Olho serio para Emma e levanto a sobrancelha –

— Ta bom vossa majestade

— Assim que eu gosto, e agora vamos estudar – Me levanto e sento no chão e olho pra Emma que em seguida vem e senta do meu lado e abrimos os cadernos e logo começamos a estudar, passamos a tarde inteira estudando, a mãe da Emma entra algumas vezes para ver como estávamos e vejo que Emma estava mais tranquila e rimos de algumas coisas, parece que finalmente as coisas estavam se ajeitando entre nós duas, quando já estava começando a anoitecer – Emma eu preciso ir esta tarde

— Nossa nem vi a hora passando – Vejo que ela se levanta e me levanto juntamente começando a guardar minhas coisas – Eu te levo ate em casa pra você não ir sozinha

— Não precisa Emma, eu vou pra casa rapidinho

— Não tem discussão eu vou com você, afinal de contas você mesma disse que eu preciso sair de casa, então eu vou te acompanhar sim e não temos discussão

— Olha só usando minhas palavras contra mim – Um sorriso maroto nasce no rosto de Emma e eu acabo rindo – Ta certo eu aceito.

Desço com Emma e me despeço da família dela e logo saímos e vamos caminhando pela cidade conversando sobre o passado e algumas novidades que ainda não tínhamos tido a oportunidade de contar uma pra outra.