— Onde está o produto?

— Aqui, meu camarada. O revólver usado por Milos Petrov no seu suicídio. Consegui depois de alguns contatos na polícia.

Olhei para aquela arma, prateada e o coronha branca. Como eu sonhava. Era linda demais! Uma arma de reis. Paguei em rublo e adquiri aquela relíquia. Saí da loja clandestina e entrei no meu carro. Fiquei por alguns minutos parados admirando o objeto.

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Já passava das 17 horas. A temperatura mal chegava nos 20°. Fiquei no chalé treinando meu manuseio. Aquele objeto serviria melhor na hora de aplicar as punições.

Senti falta dos meus dois escudeiros. Desde ontem estavam ausentes. Foda-se. Ninguém precisa deles.

Peguei o carro e dirigi por vários lugares da cidade. Aguardei a minha próxima vítima aparecer.

— Dmitri! Não saia tarde de casa, menino!

— Cala a boca!

Escutei uma discussão oriunda de uma casa. A mulher era uma mãe preocupada, o rapaz era um garoto de uns treze anos. O tal Dmitri passou por mim. Vi sua mãe chorar. Virei-me e olhei o garoto dobrar o quarteirão. No meu tempo as crianças honravam seus pais.