Hannibal Lecter é um dos vilões mais célebres e infames. Não por ter sido brilhantemente vivido por Anthony Hopkins, mas por se tratar de um mal que existe na vida real.

Petrov e Chevchenko se entregaram aos prazeres carnais. Ambos transaram durante toda a tarde fria de inverno. A vítima pediu para ser o ativo... Petrov não viu mal algum.

— Já é a terceira vez que gozo.

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— Espero que não desista de morrer. Gostei do seu cheiro, da sua cor de pele. Deve ser deliciosa como bife.

— Como é o gosto de carne humana?

Petrov permaneceu quieto por um momento. Olhou o teto dacasa enquanto reunia forças para fazer aquilo que era necessário. Vladmir era uma alma perturbada, confusa e solitária. Precisava ser morto para encontrar a sua paz ou consolo espiritual.

— Onde vai?

— Está na hora de eu partir dessa para melhor. Agradeço o que fez por mim.

O moreno se levantou da cama ainda pelado. Pegou um pequeno revólver do bolso do casaco.

— Quando o carro capotou, vi os miolos da minha filha saírem de sua cabeça. É tão pastoso, parecido com pedaços de queijo banhados em sangue. Nunca mais me esqueci daquela cena.

Petrov se mantinha calado. Esperou o outro se decidir. Ficou segurando a arma, encostou o cano na boca. Começou a suar frio, a tremer.

— Não consigo me suicidar. Sou um covarde mesmo!

— Não, não é. Nem todos tem a coragem de apertar o gatilho.

Petrov se aproximou de Chevchenko, pegou a arma e apontou na testa da vítima. Viu que havia apenas uma bala.

— Vamos, atire.

Petrov cortou a garganta de Chevchenko com um estilete. O sangue jorrou feito um irrigador de jardim. Foi o fim de uma alma solitária.