O corpo de Maurício permaneceu no quarto de Júlia, desfalecido, ensanguentado, frio... As crianças e a mulher desceram à sala de jantar. O policial de a blogueira ficaram junto com eles aguardando as autoridades chegarem.

— Foi horrível. Ele estava quase nos matando. Graças a Deus você chegou bem na hora, senhor inspetor. Não sabemos o que teria acontecido sem você.

— Não precisa agradecer, é o meu dever. A propósito, da última vez que eu vim aqui, vi caixas de remédios sobre a sua cômoda. Anti-depressivos.

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— Acontece que sofro de depressão desde quando meu marido morreu. Sofreu um acidente aéreo, deixou-me com essas duas crianças. Para o senhor ver como minha vida não tá fácil, porque dessa vez um maluco, que eu acreditava ser uma boa pessoa, tentou me matar há alguns minutos.

— Não tá fácil para ninguém, senhora Trajano. Eu mesmo sofro com a morte de familiar e tenho claustrofobia.

— Por falar em remédio, querido, pode ir lá no banheiro pegar meu remédio, por favor?

— Sim, mamãe.

Bia abriu o notebook, ficou digitando algumas coisas desconhecidas evirou a tela para a mulher. Esta não entendeu, logo a blogueira explicou.

— São fotos do seu milharal, do terreno da sua fazenda e do celeiro. Tirei há pouco com meu celular, e ele possui flash. O celeiro está encharcado de sangue.

— Não posso acreditar. O delegado esteve aqui há pouco, mas desapareceu.

— Dona Júlia, a senhora me expulsou uma vez, porque não aguentaria a verdade por trás disso tudo. Mas agora é imprescindível que haja uma resposta para isso. Desaparecimentos de mendigos e animais, Maurício sendo tomado pelo medo extremo de ser castigado, soube até que a senhora enxerga vultos na casa.

— Espera. Como obteve essa informação?

Lucas subiu para pegar o remédio da mãe no banheiro. Assim que ele saiu, algo sinistro aconteceu. A luz do corredor apagou e algo preto apareceu no canto da parede. Aquilo era mais negro do que a própria escuridão e tinha olhos brancos. O garoto gritou, assustando os que estavam na parte inferior da casa.

Continua...