Peguei na maçaneta, girei, abri a porta com tudo. O corredor era escuro demais, porém era iluminado com a luz do abajur do quarto de Lucas. Verifiquei se o meu filho dormia... sim, dormia. Um vento soprou da altura do meu tornozelo e foi subindo lentamente, olhei para trás e não vi absolutamente nada. Verifiquei a janela do meu quarto — agora com a luz acesa — e continuou fechada.

Desci para a cozinha pegar um copo de leite. Um barulho veio de lá, caminhei lentamente, acendi a luz. Tomei um susto! Era o Beethoven, meu cão labrador que mexia no lixo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Betho, sai daqui.

Fui juntar o lixo, agachei-me, e quando estava recolhendo senti como se minha orelha esquentasse e uma boca quente se aproximasse. Escutei um zumbido como se alguém assoprasse sutilmente. Fiquei paralisada ali no chão. Olhei para o cão, ele estava deitado depois da porta da cozinha. Virei para continuar recolhendo quando senti outro barulho na minha orelha que me fez arrepiar e chorar.

— Buuuuu — foi o que escutei. Definitivamente meu coração já estava no esôfago.