Três dias se passam e Andrew e eu mal trocamos duas palavras desde então. – Parte de mim acha que assim é melhor, e outra parte só quer se entregar a ele mais uma vez. Uma parte muito burra e insensata.

Pensei muito sobre como o passado dele parece estar sempre entre nós e como isso me incomoda. – Sinto muito pela perda dele, mas não posso deixar de me sentir triste pelo fato de ele ainda amar ela com tanta força.

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O humor dele voltou ao normal e ao que parece ele está me evitando a todo custo, já que não tem parado em casa.

Não deixo o tédio me dominar e decido ajudar Amélia a fazer um bolo.

Estamos conversando tranquilamente quando Andrew chega. Ele entra na cozinha e olha diretamente pra mim, não sustento seu olhar e continuo conversando com Amélia.

— Preciso falar com você. – Ele diz sério.

Alguns segundos se passam e eu não o respondo, ele se aproxima de mim que estou de pé perto da pia. – Amélia nos olha e penso ter visto um sorriso em seu rosto.

— Clarissa?! – Ele me chama e eu enfim olho em seus olhos azuis.

Tão azuis, tão bonitos e hipnotizantes. – maldição!

— Não tenho nada pra falar com você. – digo e desvio o olhar do seu.

— O assunto é serio! Você pode fazer birra depois, mas preciso conversar com você. – Ele fala e eu continuo ignorando-o. – Estou te esperando no quarto.

Não vou ceder. – Já imagino que tipo de “assunto” seja. E não vou cair nos joguinhos dele.

— Não vai ir falar com ele? – Amélia pergunta depois de muitos minutos terem se passado.

— Não quero falar com ele.

— O assunto me parece sério, você deveria ver ao menos o que é. – Ela diz. Mordo o lábio pensativa e acabo sendo vencida pela curiosidade.

Quando entro no quarto o vejo saindo com a toalha na cintura do banheiro. – Viro o rosto na direção oposta, esse corpo maldito dele me faz ter pensamentos que não desejo ter no momento.

Andrew vai até o closet e me sento na cama a sua espera, ele saí de lá já vestido – e parte de mim, uma parte bem pequena, lamenta por isso.

— Então? – indago com impaciência. – O que você quer comigo?

Vejo um brilho de malícia em seu olhar ao escutar minhas palavras.

— Quero muitas coisas com você. – Ele se aproxima e seus dedos tocam a pele nua do meu braço, Andrew os desliza pela extensão da minha pele, e logo sinto um arrepio me percorrer.

Me levanto rapidamente da cama e me afasto dele. – Não vou ceder. Penso.

— Se foi pra isso que me chamou aqui, estou voltando pra cozinha... – digo.

— Não. Não foi pra isso... – diz. – Vamos viajar, arruma suas coisas.

— O que? Como assim? – indago surpresa.

Viajar? Será que ele realmente estava falando sério?

Andrew Narrando

A Clarissa conseguia me tirar do sério na porra de todos os sentidos possíveis e imagináveis.

Jamais imaginei que ela iria tão longe pra descobrir coisas sobre mim, sobre meu passado. – Subestimei ela até demais.

E agora o fato dela saber sobre a Angel me preocupava, isso era algo meu, algo que eu nunca quis dividir com ela, com ninguém. – Clarissa me viu vulnerável de um jeito que poucas pessoas nessa vida viram.

Ela me fazia sentir tantas coisas diferentes em apenas algumas horas, e aquilo me intrigava, e de certa forma me incomodava.

Ainda na mesma noite em que ela me disse que sabia sobre a Angel, eu a tive em meus braços. Eu a fiz minha e achei que depois disso pararia de pensar nela, ou de querer foder ela toda vez que a olhava, mas parece que essa vontade só piorou.

A garota me tirava do sério, me fazia perder a paciência e até quando a vi conversando com o Nick sobre mim acabei perdendo o controle e batendo no primeiro filho da puta que esbarrou em mim na boate.

Pensei em ficar com qualquer outra mulher pra esquece-la, mas eu não conseguia, eu queria aquele corpo dela, aquele cheiro, aquela pele, aquela boca. Eu estava viciado nela, como uma droga.

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Tentei evita-la, mas toda vez que eu a olhava me lembrava dela gemendo, do corpo dela, dos beijos. – Precisava foder ela, nem que fosse só mais uma vez.

— Andrew? – Nick me arrancou dos pensamentos.

— Não tá vendo que ele está pensando na Clary? – Dave diz rindo e eu lhe lanço um olhar mortal.

— Vai se foder, Dave. – xingo irritado. – O que houve Nick?

— Os Acionistas entraram em contato, eles querem sua presença na próxima semana. – Nick informa.

Bato na mesa irritado – esses filhos da puta acham que podem mandar em mim.

Meu acordo eram com a Candice, a mãe da Clarissa, não com eles.

— Você sabe que vai ter que ir, não é? – Nick volta a falar. – Você e ela... – fala se referindo a Clarissa.

— Acho que vai ser bom até para poder investigar mais afundo o Marcelus... – Dave diz e somente de escutar o nome desse desgraçado meu sangue ferve. – Com você e a Clarissa fora da cidade, sabe...

— Você teve mais notícias dele? – indago impassível.

— Nada desde aquele último telefonema. – Dave diz com frustração.

— Bom, se não tem outro jeito, então eu vou fazer essa droga de viagem. – digo me levantando da cadeira do escritório. Preciso ir pra casa avisar a Clarissa. – Nick, você também vai com a gente.

— Tudo bem Drew. – Ele concorda sem tirar os olhos do computador.

Enquanto dirijo me recordo do que Candice me disse sobre os Acionistas e como eles não são confiáveis. Se algum deles tentar fazer o que quer que seja com a Clarissa, eu mato sem pensar duas vezes.

Ligo para Nick no caminho de casa e peço para que ele comece a preparar a viagem, vamos partir amanhã cedo, quanto mais rápido formos, mais rápido resolvo essas coisas.

Assim que chego em casa tento conversar com a Clarissa sobre essa merda de viagem, mas ela resolve me ignorar e minha vontade é pegar ela no colo, rasgar aquele vestido que ela estava usando e fode-la até ela ter bons modos.

Assim que consigo contar sobre a viagem, ela demonstra surpresa.

— Vamos para sua antiga cidade. – digo sem entusiasmo.

— Sério? – indaga sorrindo. – Meu Deus! Eu vou ver a Julie... – Ela não consegue controlar a felicidade. – Mas por que vamos pra lá?!

— Tenho negócios para resolver.

— Que tipo de negócios? – pergunta me olhando. Não gosto de dar satisfações.

— O tipo de negócio da sua mãe. – digo e logo vejo seus olhos ficarem tristes, me esqueço que ela foi enganada a vida toda pela mãe. – Nós vamos amanhã de manhã... – mudo de assunto e desvio o olhar do dela.

— Tudo bem... – Clarissa responde baixo – Vamos ficar por quanto tempo?

— Uma semana, no máximo.

Um silêncio se instala no cômodo e eu não resisto por mais tempo e acabo me aproximando dela.

— Andrew não! – Ela diz e eu paro onde estou, olho em seus olhos e ela sustenta meu olhar. – Não pode me evitar por dias, não pode descontar seus problemas em mim e depois vim e fingir que nada aconteceu. – Ela diz.

Não quero conversar sobre isso, quero ela, necessito. – Mas Clarissa parece irredutível.

— Eu sou complicado, Clarissa. – digo olhando em seus olhos.

— Não sei lidar com você, não consigo.

— Então não tenta lidar comigo... Só me deixa tocar você. – volto a me aproximar dela, minhas mãos rapidamente a puxam pela cintura e escuto um suspiro baixo sair pela boca dela. – Você não quer? Não quer que eu a toque? – digo baixo em seu ouvido.

— Andrew... – sua voz inocente sai como uma súplica, me deixando ainda mais louco para fode-la.

Desço minhas mãos pelas laterais das coxas dela e subo o vestido que ela usa. – Não resisto e começo a beijar seu pescoço ardentemente. – O cheiro da pele dela me embriaga.

— Você não quer, Clarissa? – minha voz sai embargada de desejo enquanto aperto sua cintura com força por dentro do vestido.

— Sexo não é mágica... – Ela usa minhas palavras contra mim e tira minhas mãos de dentro do seu vestido, Clarissa se afasta alguns centímetros de mim. – Pode não ter significado nada pra você, Andrew mas pra mim significou!

— Para com isso, Clarissa! – digo e ela me olha com irritação.

— Vai se foder Andrew! – Ela me xinga com tanta determinação que não consigo não rir de sua cara de brava. – Seu idiota. – Ela xinga de novo e caio literalmente na gargalhada ao ver ela brava.

Clarissa se aproxima de mim e começa a distribuir uma serie de tapas no meu braço e peito, mas seguro seus punhos com um mão e com a outra a guio até a cama e a deito. – Ela reluta para se soltar de mim, mas deito por cima dela a deixando sem saída.

— Saí! – diz alto. – Me solta! – prendo seus braços a cima da cabeça dela com uma das minhas mãos, enquanto a outra está sobre sua cintura.

— Não paro de pensar em você, não para de pensar naquela maldita noite com você! – digo enquanto olho em seus olhos, eu a desejo tanto que ela nem pode imaginar. Sinto meu pau incomodar na calça jeans. – Eu queria que não tivesse significado merda nenhuma pra mim...

— E o que significou pra você? – indaga com o rosto vermelho, sei que ela está com vergonha, e essa é uma coisa que me deixa ainda mais excitado. Puta merda Clarissa!

— Eu não sei. – respondo com sinceridade. – Mas não consigo ficar longe de você. Eu a quero. – Meu olhar desce diretamente para os seus lábios perfeitamente carnudos e não demoro mais tempo para saciar a vontade de beija-la.

Com a mão livre subo pela parte de dentro do vestido dela e pego na lateral da sua coxa. – Estou quase devorando sua boca de tanto desejo, nossas línguas se tocam e eu não resisto e mordo o lábio inferior dela – Clarissa suspira – e minha mão passeia pela parte interna da sua coxa, quero toca-la, quero chupa-la, quero fode-la. – Nosso beijo fica mais intenso a cada instante, solto as mãos dela e ela rapidamente as envolvem em meu cabelo, puxando alguns fios quando mordo seu lábio pela segunda vez.

Ela interrompe o beijo pra respirar e eu não espero para atacar seu pescoço, começo um caminho de beijos enquanto minha mão sobe por dentro do vestido dela tocando-a com desejo. – Sinto a pele dela arrepiada sobre minha palma.

Desço as alças do vestido dela em busca de mais espaço para beijar e marcar a sua pele – Olho para ela e Clarissa está gemendo baixo com os olhos fechados e os lábios entreabertos, é uma visão maravilhosa.

Paro de beijar seu pescoço e me afasto para tirar seu vestido. – Ela me olha enquanto morde o lábio de um jeito inocente. – Sinto meu pau latejar vendo-a assim.

Meu celular toca de um jeito muito irritante e eu penso em joga-lo na parede.

— Não vai atender? – Ela indaga segurando o riso.

— Tenho uma coisa mais importante bem aqui na minha frente pra fazer. – digo sorrindo maliciosamente.

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O toque para, mas logo depois recomeça e eu bufo frustrado. – Saio da cama e pego o celular, atendo e xingo Nick antes de perguntar o que ele quer. – Ele diz que temos negócios para resolver antes da viagem e a contragosto acabo concordando com isso.

— Preciso fazer umas coisas... – digo indo até a porta. – Vou resolver daqui do escritório de casa mesmo, então me espera que eu já volto pra gente terminar da onde parou. – olho com malícia pra ela.

Ela não diz nada, mas sei que quer tanto quanto eu.

Acabo passando mais tempo do que eu queria no escritório resolvendo essas merdas, e quando volto pro quarto a encontro dormindo.

Olho por um breve momento pra ela. Seu rosto é angelical, ela é tão linda. Exala inocência. – O que você está fazendo comigo, Clarissa Black?