Unsolved

Disaster in sight!


Meus pés doiam – o salto me machucava. – Eu e Megan estávamos a quase vinte minutos dançando.

Havia algumas outras garotas na pista de dança mediana – mas nenhuma delas conseguirá roubar a atenção do homem que agora olhava-me tão diretamente que parecia perfurar minha alma.

Andrew Black, sentado a alguns metros de onde eu estava – ele parecia ter perdido o total interesse na garota que estava ao seu lado – agora frustrada.

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Não pude deixar de sorrir em alguns momentos ao ver seu olhar sobre mim. – Então o tão temido e frio homem estava realmente interessado na “garotinha mimada” aqui – palavras dele.

— Eu estou cansada! – gritei por cima da música alta que quase meu deixava surda.

— Mas já?! – Megan indagou indignada.

— Vamos fazer uma pausa! Por favor! – pedi a ela, que mesmo revirando os olhos atendeu a minha súplica.

Caminhamos em direção ao bar – recebendo muitos olhares de alguns homens que eu nem ao menos conhecia – sentia meu rosto corar violentamente – eu não estava acostumada com esse tipo de coisa.

Tudo estava sendo novo pra mim essa noite.

— O que vão querer senhoritas? – o barman perguntou, seu sorriso era simpático, e seu olhar malicioso.

— Eu quero uma tequila, e uma vodka! – Megan falou jogando os cabelos para trás, o rapaz a olhou quase que hipnotizado. – e você, Clary?

— Eu gostaria somente de uma água! Estou morta de cede! – falei, Megan me olhou sem entender, parecia até perplexa.

— Você vem a uma boate e pede uma água?! – perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Qual o problema? – disse sem entender.

— Você já foi em alguma boate, Clarissa?! – perguntou.

Fiquei em silêncio por alguns segundos – a resposta era óbvia – é claro que eu nunca fui! Minha mãe nunca permitiu esse tipo de coisa. Até os meus estudos eram em casa, quem dirá ir a boates.

— Não… – falei transparecendo meu constrangimento.

— Imaginei… – disse pensativa – ei, meu amor.. – falou com o barman, que preparava a bebida dela, ele sorriu ainda mais malicioso ao escutar a voz dela – que tal preparar aquele drink de morango?

— É pra já! – respondeu prontamente.

— Eu não sei se é uma boa ideia.. – falei tentando fazê-la mudar de ideia.

— Claro que é uma boa ideia! Uma ótima! – ela sorriu – é sua primeira vez em uma boate, você precisa se divertir!

— Mas… – Megan me interrompeu.

— É só um drink! – disse levemente impaciente – além do mais, não é só ele que tem o direito de se divertir..

Entendi exatamente de quem ela falava – Andrew.

Olhei na direção dele – ele voltará a dar atenção para a outra garota – e como se soubesse que eu estava fitando-o, Andrew olhou para mim.

Seu olhar era provocativo – como se estivesse fazendo aquilo somente para me irritar.

Bufei – deixando bem claro minha insatisfação. – ele notou e sorriu debochadamente e desfiador, voltando a conversar de forma “animada” com a garota.

— Patético! – falei.

— Homens são patéticos! Olha o Dave por exemplo… – Megan fez um sinal discreto com a cabeça para que eu olhasse na direção onde o outro estava.

Olhei e vi Dave dançar atrás de uma garota – vez ou outra ele olhava para Megan.

— Senhoritas… – o barman nos chamou entregando nossos pedidos.

— Obrigada. – Megan sorriu sedutora pra ele, que apenas devolveu o sorriso e se afastou.

— Megan! – censurei ela rindo.

— Eu só estou me divertindo! – disse dando de ombros. – agora um brinde. – ela tocou seu pequeno copo de tequila no meu e virou de uma vez.

Fiquei impressionada, eu ainda nem havia provado meu drink.

— Agora é sua vez! – ela disse sorrindo animada.

— Não vou virar de uma vez! – falei.

— Então prova pelo menos! – falou.

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Levei o copo até meus lábios – senti o leve gosto do morango, mas o amargo prevalecia – sentia o álcool descer queimando pela minha garganta.

Eu já havia provado bebida alcoólica, mas apenas vinho.

Não era como esse drink – eu nem ao menos já fiquei bêbada na vida.

— Pela sua careta não sei se gostou… – Megan ria enquanto bebericava sua vodka.

— É amargo, mas tem um leve gosto doce! Mesmo que não me pareça bom, eu quero provar mais! – falei, ela sorriu.

Minha frase me fez pensar em algo… Aquela bebida era levemente doce no começo, amargava na boca e depois descia rasgando minha garganta – mesmo que não pareça, havia uma semelhança aqui, meu “relacionamento “ (seja lá o que isso seja) com o Andrew, para mim, tinha esse gosto. E mesmo que não me parecesse tão bom, eu queria provar mais.

Continuei bebendo de pouco em pouco – agora já não era tão amargo quanto no começo.

Megan estava no seu segundo copo de vodka – e estava bem alegre.

— Vamos dançar! – disse, e se levantou do banco onde estava sentada.

— Não vou conseguir com esse salto… – falei olhando para os meus pés que pediam socorro.

— Tira, então! – falou.

— Mas eu vou ficar descalça.. – ela me interrompeu.

— Eu tiro junto com você!

— Se for assim… – sorri em agradecimento e me livrei daquele sapato.

Notei que as pessoas olhavam enquanto nós tirávamos nossos saltos – olhavam-nos com curiosidade.

O olhar atendo de Andrew ainda estava sobre mim – Percebi que ele também estava curioso.

— Meu bem, você pode guardar isso pra nós? – ela falou para o barman, logo depois piscando para ele, que atendeu seu pedido sem reclamar – Vamos lá pra baixo! É mais animado, e tem mais gente! – Megan não me deixou nem ao menos responder, ela pegou na minha mão livre (eu segurava o drink na outra) e me guiou escada a baixo.

Saímos da área vip.

A pista de dança estava lotada – Megan começou a dançar de forma bem sensual, como eu não conseguia acompanhar seu ritmo, acabei por me balançar enquanto bebia meu drink.

Virei tudo de uma vez quando ele já estava quase no fim – me sentia mais alegre e muito mais propensa a dançar.

E sem pensar muito sobre isso, apenas fiz.

Comecei a dançar de forma mais solta – fechei os olhos e segui o ritmo da música quase ensurdecedora.

Só abri os olhos quando senti alguém tirando o copo da minha mão – era Megan.

— Eu trouxe outro! – falou animadamente.

Bebi mais um copo de drink – dessa vez mais depressa.

Continuei dançando, agora já sem me importa com os outros ao meu redor.

Megan dançava na minha frente – ela estava em um estado de semi-bebada, e confesso que eu também já não estava lá com a minha sã consciência.

Andrew Narrando.

Talvez eu estivesse louco, talvez você pense que eu esteja louco, por trazer essa garota aqui.

Mas não é bem assim, tenho os meus motivos.

Garanto que há um bom motivo para eu tirá-la de casa e trazer ela junto comigo – já que essa era a última coisa que eu queria fazer.

Ela aqui só iria servir para atrapalhar minha noite – eu tinha a absoluta certeza disso.

E sim, eu estava certo.

Mesmo estando com uma outra garota ao meu lado – que eu confesso, que usei somente para ver a Clarissa irritada – eu não conseguia tirar os olhos dela.

Maldita garota mimada! – As vezes nem mesmo eu conseguia entender porque a desejava. Talvez os nossos joguinhos me deixassem mais instigado em relação a ela.

Confesso que a tensão sexual só aumentava quando eu há via dançar. – não que fosse algo extremamente sensual, mas eu a queria mesmo assim, precisava fode-la.

Mas, eu a havia trazido por um único motivo – hoje eu fecharia um negócio, e para segurança dela, quis que ela permanecesse sobre minha vista.

Mesmo com a alta segurança que minha casa tinha, todo cuidado era pouco – ainda mais com a Clarissa, tinha que manter a segurança dela em primeiro lugar, para que as coisas saíssem como o planejado.

— Trouxe até a esposinha hoje em meu mano! – Dave interrompeu meus pensamentos com suas palavras irritantes.

— Você quer levar um tiro agora ou mais tarde caralho?! – perguntei irritado.
A garota ao meu lado olhou para ele segurando o riso.

— Você não deveria estar com ela, sua mulher tá aqui cara.. – Dave continuou em tom de brincadeira.

— Toma conta da sua vida! – bufei irritado.

— Não querendo interromper a conversa saudável de vocês… – Nick ironizou ao se aproximar – mas preciso conversar com você, Andrew.

— Ok. – falei já me levantando – fica de olho na Clarissa, ela está na logo ali em baixo.. – pedi a Dave.

— Tá rolando até uma preocupação – falou segurando o riso, quando passei por ele acertei um tapa em sua cabeça – agressivo. – brincou.

— Então? – falei diretamente quando entramos no meu escritório.

— O Liam está no telefone, achei que você gostaria de falar com ele. – Nick me entregou o celular.

— Pode falar.

Escutei tudo o que o homem me disse do outro lado da linha com atenção.
Assim que desliguei o telefone sorri vitorioso.

— A julgar pela sua expressão, acredito que tudo ocorreu a nosso favor?! – Nick disse.

— Exatamente! – confirmei – nós estamos expandindo os negócios.

Mas uma cidade estava sob meu comando – mandei alguns homens que trabalhavam para mim, começarem de pouco a pouco derrubar as gangues daquela cidade, e agora o controle era todo meu. – o poder enfim estava vindo até as minhas mãos.

— Andrew.. – Nick chamou.

— O que? – respondi ainda pensativo.

— E sobre aquele assunto, ele descobriu algo? – Nick indagou levemente preocupado.

— Ah… Aquele assunto. – falei cruzando os braços.

O tão misterioso assunto era nada mais nada menos que Clarissa.

Eu estava investigando mais a fundo o homem que havia ameaçado ela e a mãe dela – eu já sabia quem ele era, e suas intenções. Mas era sempre bom conhecer mais a fundo seu inimigo. E pelo o que sei dele, tenho que ser ainda mais inteligente, já que o poder dele em potencial era maior.

Mas, com a herança da máfia vindo da parte da mãe da Clarissa, eu poderia enfrenta-lo, quem sabe. – Cogitei.

— Vamos voltar para a boate? – Nick perguntou impaciente, apenas sai da sala e o segui.

— Olha cara, eu só te peço que você haja com calma, ok? – Dave falou assim que me viu descer a escada que ligava meu escritório a área vip.

— Do que porra você está falando, Dave? – indaguei impaciente.

— Olha, não mata ninguém hoje.. – ele falou olhando para a parte de baixo da boate.

Segui seu olhar sem demora – não levei um segundo para ter os pensamentos mais homicidas dessa semana.

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Serrei os punhos – o que porra era aquilo?

Clarissa Narrando.

Meu cabelo me deixava com ainda mais calor – mas a vontade de dançar não havia passado, pelo contrário, eu queria ficar ali até não aguentar mais.

Fechei os olhos e joguei meus braços para cima – me deixei levar pela música.

Continuei a dançar, até sentir mãos fortes tocarem minha cintura.

Eu poderia dizer que era o Andrew – mas eu já conhecia seu toque, era mais firme, menos delicado.

Me virei assustada – mesmo levemente “bêbada” eu ainda estava consciente.

— Calma, sou eu! – Harris sorriu sedutor.

Não conseguir não olhar para os seus lábios tão bem desenhados – talvez fosse a bebida – mas vi seu sorriso se alargar ainda mais.

— Você me assustou! – me aproximei dele para poder falar, devido a música.

— Eu não ia fazer nada com você, juro! – ele disse descontraído, me fazendo rir.

Na verdade, ri muito mais do que o esperado – e acredito que ele percebeu que eu estava bem “alegre”.

— Não vai me dizer que você está bêbada? – perguntou divertido.

— Não! – neguei rindo.

— Eu vou fingir que acredito! – ele estreitou os olhos e depois sorriu.

Harris era divertido – diferente de Andrew – ele era mais aberto, deixava transparecer suas emoções, ao contrário do outro.

Que só transmitia frieza e quando não, malícia.

— Vamos continuar dançando? – propôs.

— Porque não?! – sorri divertida.

Agora de frente para ele, eu dançava mais descontraída – não era nada muito sensual, era algo mais casual.

E ele parecia seguir o mesmo ritmo que eu.

Fechei os olhos por um momento para apreciar melhor a música – até sentir alguém puxar meu braço de forma bruta e indelicada.

— O que inferno é isso, Clarissa? – Andrew gritou me assustando.

Senti meu estômago revirar – ele parecia extremamente irritado, não, não era só isso, ele parecia sentir ódio.

E naquele momento lembrei dele me dizendo que não me queria perto do Harris – eu pressentia desastre a vista!