Minha Pequena Princesa

Capítulo Único - O Pior Show de Todos


Vegeta estava inquieto. Os gritos histéricos das crianças ansiosas, as pessoas chutando o encosto de seu assento e as discussões entre seus filhos certamente não melhorariam seu humor.

Por que eu tinha que vir nesse maldito show? Logo nesse maldito show!

Era o que martelava no âmago da mente saiyajin, a qual não parava de lembrar – nem por um segundo – da carinha chorosa de Bra, aqueles olhos azuis jabuticaba o haviam convencido.

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Sim, era idêntica a mãe. Conseguia tudo o que queria!

O show da famosa atriz mirim, uma imbecilidade, estava prestes a começar. As luzes se apagaram e todo incômodo barulho cessara repentinamente. Em seguida, a artista subiu no palco e imediatamente começou a dançar e cantar.

Ridículo.

Para Vegeta o tempo parecia ter congelado, toda aquela besteira o irritava. Ele simplesmente não conseguia entender como sua princesinha idolatrava aquela ridícula, vulgar, falsa cantora.

Assim que a apresentação terminou, com o acender das luzes, os terráqueos catarrentos desembestaram até o lado de fora do teatro onde, ao lado da saída, os seguranças do fenômeno infantil tentavam (com notório fracasso) livrá-la de seus eufóricos fãs.

Bra agarrava a mão do pai, atravessando a multidão, esperançosa por um autógrafo. O porquê daquela atitude? Não havia sentido, sua pequena jamais fora tímida como naquele momento! No entanto, tudo o que pôde fazer, foi fuzilar os garotos que ousassem se dirigir a ela.

Assim que a dupla alcançou a cantora, Bra falou de uma única vez:

— Azuki, me dá um autógrafo? — animada, estendia-lhe um poster.

— Saia! Saia daqui! Eu já cansei de vocês, pestinhas! — respondeu cética — Não me incomode!

Foi a gota d ’água. Como aquela vulgar, metida a besta e insolente, ousava falar daquela forma com a princesa dos saiyajins?

Ao ver a filha profundamente magoada, segurando o choro, Vegeta decidiu agir:

— Ei, você! — esbravejou para Azuki.

— Está falando comigo, velhote? — provocou.

— E se eu estiver, verme? — ele se aproximava cada vez.

— Como é? Eu sou uma estrela! Gente como você não deve, falar assim comigo!

— Hm! Eu falo como quiser, loira falsificada! — a ergueu pelo colarinho do figurino — Agora trate de dar esse maldito autógrafo para a minha filha! Se não, eu te transformo em poeira cósmica! Entendeu?

O olhar de Vegeta era mortal.

— C-c-c-cl-laro, s-s-senhor! — tremia apavorada — E-e-ei, garota! V-venha cá, q-qual é o seu nome? Venha pegar seu autó-tó-g-grafo!

Bra correu até Azuki, sem a mínima tristeza residual e vigiada pelo todo poderoso príncipe dos saiyajins, que não tardou a puxá-la pelo braço, tirando-a dali. Qualquer movimento que ele desgostasse seria o suficiente para findar a vidinha daquela cantora desprezível.

Autógrafo dado, pai e filha seguiram ao estacionamento, onde o carro da família magicamente surgiu de uma cápsula hoi-poi. Vegeta colocou Bra na cadeirinha infantil e partiu, direto para casa.

Com toda aquela confusão, para seu desgosto, ele até chegou a esquecer que Trunks havia ido embora no meio da briga, com medo de arranjar encrenca.

Covarde!

—Papai?

— O que foi, pirralha? — ele a olhava pelo retrovisor.

— Obrigada!

— Da próxima vez que alguém falar assim com você, quebre a cara do infeliz! — sorriu o clássico riso de canto — Certo?

— Certo! — retribuiu o gesto — Mas a mamãe não vai ficar brava?

— Pouco me importa o que aquela mulher acha!

— Mas eu me importo! — retrucou.

Ela desafivelou seu cinto, levantou-se do assento e depositou um selinho na bochecha do pai.

Que ficou imediatamente rubro, sim senhor!

Assim, a viagem prosseguiu em silencio – mas Bra não se importava nem um pouco. Afinal, agora ela tinha a total certeza de que Vegeta sempre a protegeria, que ele a amava do fundo do coração, mesmo não demonstrando por palavras...

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Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.