O segredo de Sara
Capítulo 12
Grissom voltou para a cena do crime e começou a procurar evidências. Tinha que pegar esse assassino. Caso contrário, no sábado seguinte, ele faria outra vítima. As evidências antigas não levaram a nada. Tinha esperanças de que, por descuido, ele tivesse deixado outras pistas.
— Gil! – Catherine chamou-o junto ao corpo da moça no chão da cozinha. – Achei algo interessante. – Gil se aproximou. – Ela teve a mão mergulhada em água sanitária. – disse. – Precisamos analisar, mas pelo cheiro eu tenho quase certeza. – levantou a mão da moça à altura do rosto do supervisor.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Coletou amostras das unhas? - Grissom indagou.
— Sim! Mas se a mão foi lavada com água sanitária vai ser muito difícil encontrar alguma amostra de DNA. – Catherine concluiu. – Podemos atestar que haja presença de sangue, mas a água sanitária destruiria quaisquer chances de se conseguir uma amostra.
— Bom, vamos ter que levar tudo ao laboratório e esperar os resultados. – passou a mão pela barba.
— Grissom! – Brass chegou e chamou sua atenção. – Nenhuma câmera por perto. Ninguém viu nada, nem ouviram nada.
— Lei do silêncio, talvez? - Catherine arriscou.
— Mas se o assassino tivesse ameaçado a vizinhança toda estariam todos em pânico agindo como idiotas! – Nick disse se escorando no batente da porta.
— Concordo com Nick. – Grissom olhou para Brass. – Talvez não tenham visto nem ouvido nada mesmo. Só nos resta esperar.
— E temos que analisar as câmeras de segurança da Boulevard de ontem. – Nick emendou. – Talvez consigamos alguma imagem melhor do nosso cara.
— Deixa que eu ligo pro Archie e peço para ele pegar as fitas do lugar. – Warrick se prontificou.
— E Sara como está? - Greg perguntou.
— Está melhor. – comentou Grissom. – Só precisava descansar. Ficou no carro deitada.
No carro Sara, deitada no banco do motorista, ligava para Tyler.
— Oi, Ty! – cumprimentou o homem. – Sim, sim. Está tudo bem. – fez uma pausa. – Eu acho que não consigo mais. É demais pra mim. – ela soluçou. – Eu a conhecia, Ty! Fica muito mais difícil quando se conhece a vítima. – ela suspirou. Lágrimas saltaram dos olhos da morena. – Ty, me desculpe. Mas eu tenho que parar com isso. – olhou para fora. Nuvens negras cercavam o lugar. O vento forte castigava as árvores. Logo cairia um temporal. – Tudo bem Tyler! – concordou com o que o amigo disse. – Mas semana que vem será a última vez, okay¿ - fechou os olhos. – Tchau, Ty. Até semana que vem.
Sara desceu do carro. Sua camisa fina não barrava o vento forte. Há dias Não se alimentava direito. Sentia-se fraca. A cena da moça caída lá dentro ainda gravada em sua mente. Seu corpo, já fraco, abalado, caiu ao chão. A chuva não demorou a cair sobre ele. Deitada no chão de terra e pedras a chuva encharcou sua roupa, seu cabelo, sapatos, mas lavou sua alma e levou consigo suas lágrimas. Era reconfortante ser tocada, mesmo que pela chuva. Mesmo o abraço de Grissom momentos antes não fora de todo restaurador. Sentia que só o fizera mecanicamente e não por empatia. Queria ficar ali para sempre. A chuva tocando seu corpo, o vento levando suas tristezas embora.
— Bom, acho que já acabamos aqui, certo? - Grissom encerrou ainda dentro da casa. – Super David já está chegando para levar a moça para a autópsia. – olhou pela janela. – E acho que deveríamos ir antes que esse temporal piore.
— Bom, não havia nenhuma pista lá fora e em nenhum outro cômodo. – Nick ajudou a concluir.
— Aqui, dessa vez, não havia nenhuma pegada, nenhuma fibra estranha. – Grissom complementou.
— Mas a mão da moça cheirava a água sanitária. O que nos leva a crer que a mão foi lavada antes de chegarem aqui. – disse a loira.
— E não há nenhuma câmera de segurança na rua. – Brass continuou. – Só temos que averiguar as câmeras da Boulevard. Mas tirando isso, nenhuma pista nova. – terminou.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Bom, então vamos? - Grissom pegou sua maleta e rumou para a porta da frente.
O supervisor abriu a porta e se deparou com Sara, ao lado de seu carro, deitada no chão, encharcada. Correu até ela.
— Sara! – gritou. – Sara!
A morena apenas abriu os olhos. Grissom chegou correndo junto a ela no chão e analisou o corpo passando a mão por trás da nuca da morena. Nenhum ferimento. Aliviou-se um pouco.
— Está tudo bem? - segurou a cabeça da moça entre suas mãos.
— Sim! – ela sussurrou. – Já estamos indo?
— Sara... – ele ignorou a pergunta da moça. – você vai acabar doente. – ajudou a levantar a moça. – Nick, pegue a coberta no meu porta-malas, por favor.
Nick correu até lá e levou a coberta até os dois e ajudou a cobrir a moça. Os outros peritos olhavam confusos a cena.
— Acho que Sara deveria conversar com um psicólogo. – comentou Greg com Catherine, Brass e Warrick.
— Vamos? - Grissom gritou em meio ao vento após colocar Sara no banco de trás, já agasalhada.
Fale com o autor