O segredo de Sara

Capítulo 11


Na casa abandona a moça fora encontrada na cozinha, ainda com alguma mobília que não fora saqueada, deitada de bruços. Roupas de dança do ventre azul com detalhes em dourado. Dorso com sinais de facadas. Pelo menos umas 5.

Assim que Sara entrou na casa, atravessou a sala e entrou na cozinha, seus joelhos fraquejaram e ela foi ao chão. Grissom que vinha logo atrás, deixou sua lanterna cair ao chão para segurar o corpo da perita. Sara tinha os olhos arregalados e seu corpo foi tomado por tremores. Ambas as mãos sobre nariz e boca. Um filme passou pela sua cabeça. Sentia que não podia mais fazer aquilo. Era contraproducente. Tinha que parar.

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Sentiu seu corpo sendo carregado para fora da cena por Grissom e Nick até a Denalli. Sentaram-na no porta-malas. Ela ouvia eles tentando falar com ela. Mas era tudo muito confuso.

— Sara? - Grissom passava a mão em frente ao rosto da morena. Nick havia voltado para a cena por ordem de Grissom. – Você está bem?

Sara estava visivelmente afetada. Ainda tremia e olhava fixo para o nada. Grissom não entendia. Ela já havia visto centenas de pessoas mortas. Não era motivo para tal reação.

— Sara? - passou a mão pelos cabelos da morena. – Você quer que eu chame ajuda? - ele perguntou baixinho.

Sara fechou os olhos com força e balançou a cabeça negativamente. Com os olhos ainda fechados a morena permitiu-se chorar. Um choro compulsivo acompanhado de tremores. Grissom, sentado ao seu lado, não sabia o que fazer. Tomou a mão da amada entre as suas. Queria poder consolá-la melhor. Mas não entendia o motivo.

— Eu não aguento mais, Griss! – ela desabafou em resposta ao seu silêncio. – Essas mortes... – respirou fundo ainda olhando para o horizonte. – Às vezes eu penso em desistir desse trabalho. Acho que assim eu poderia parar de ter pesadelos toda noite. – sem dar sinais, virou-se rapidamente e abraçou Grissom.

Pego de surpresa o entomologista ficou estático por alguns segundos até se entregar ao abraço e envolver o corpo trêmulo da morena em seus braços. O cheiro dela invadindo suas narinas. Não sabia o que dizer, mas sentia que nada precisava ser dito no momento.

— Obrigada, Griss! – agradeceu desvencilhando-se do abraço. Grissom não respondeu. Apenas sorriu brevemente. Os olhos grudados nos dela. – Griss.. – Sara fungou. – Eu poderia ficar aqui¿ - pediu docemente. – Não sei se consigo.

— Tudo bem! – ele ousou tocar-lhe o ombro. – Somos muitos. Fique aqui e se acalme.

— Obrigada! – Sara agradeceu um pouco envergonhada.

— Se precisar de algo estaremos lá dentro. – entregou as chaves do carro para ela um pouco mais sério. A morena sorriu em agradecimento.

Assim que ele saiu ela sentou-se no banco de trás e respirou fundo. Tinha que parar com aquilo tudo. Não podia mais fazer isso. Por mais que gostasse. Por mais que fizesse bem ao seu ego.