Capítulo 11

— Me solta. - Foi só o que Daniel conseguiu dizer, a voz falhando, a cabeça girando, não conseguia respirar.
- Ah não me peça isso Grigori, posso obedecer e tenho certeza de que não é exatamente isso que você quer. Olha só a altura que estamos.
Patch largou a camisa de Daniel quando chegaram a cobertura de um dos prédios da universidade. Ele caiu de qualquer jeito, ofegava, e o máximo que conseguiu balbuciar foi um “isso não é possível”. Apoiou-se nos braços e nos joelhos tentando formular um pensamento que não fugisse da lógica, ia demorar um pouco para conseguir se equilibrar nas pernas bambas.
- E então Grigoroi? Fui claro agora? – ele olhou para Patch e suas asas negras, se ele era mesmo o que disse ser, então significava que todo o resto era verdade, e ele e Lucinda também...
Enquanto Daniel lutava para não surtar na cobertura sob o olhar do impaciente Patch, o verdadeiro caos instalou-se lá em baixo, onde Lucinda chorava convulsivamente amparada por Ever que tentava acalmá-la, e a garota com uma cicatriz no pescoço chegou correndo arrancando-a dos braços da loira. Damen praguejava sem acreditar no que acabara de ver. Jude passava a mão pelos dreads perplexo de mais para fazer algo, e Nora olhava tudo isso de braços cruzados, a expressão serena, como total conhecedora de Patch seu comportamento não a impressionava mais. E mais distante alguém observava tudo impassível, braços cruzados e olhar atento. Um garoto de cabelos cor de âmbar.
Daniel já estava de pé e encarava Patch em silêncio quando todos conseguiram chegar até a cobertura.
- Tá maluco Patch? O que você acha que fez abrindo suas malditas asas no meio de um campus universitário? – gritou Damen que raramente perdia a calma, mas aquele bad boy conseguia de fato tirá-lo do sério. - Sorte que todos os alunos estavam em sala seu idiota.
- Eu mostrei pra eles, acabei com com qualquer duvida e graças a mim agora ele entendeu. Não é Dan?
O olhar de todos caiu sobre Daniel, seu rosto estava sombrio e seus olhos estavam violeta escuro. Luce correu até ele, e o abraçou. A garota com a cicatriz no pescoço falava no celular com alguém.
- Roland vem aqui, temos um problema.