algo

LUKE, 12 ANOS.

Luke tentou se manter sério, os lábios firmes em um não-sorriso, contudo eles teimavam em subir. Desafiando a gravidade, como sua irmã diria se estivesse ali – Luke agradecia por ela não estar ali.

Havia algo naquele momento que Luke queria guardar para si, como se tivesse vendo algo proibido. Ou muito especial e desejasse que fosse apenas seu – era um desejo egoísta de ter aquele pedaço de Calum apenas para si, mas, por um momento, uma vez, ser egoísta não o fez se sentir mal.

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Havia algo no fato de Calum sorrir e rir e pegar e girar as crianças, que fazia Luke sentir-se confortável, como se fosse um dia frio e ele estivesse tomando chocolate quente com um lençol grosso ao redor de si, aquecendo-o.

Havia algo ali – Luke sabia que havia, talvez algo que devesse descobrir e entender o que era, mas, por enquanto, ele estava bem apenas sabendo que estava ali, ao alcance das suas mãos.

Luke não precisava saber o que era, apenas que... o fazia bem, o fazia se sentir quente e amado e feliz; o fazia se sentir inteiro apesar de estar sem sua irmãzinha; o fazia se sentir independente.

E Luke gostava daquele sentimento.

Luke gostava daquele "algo".