Caçadora Pelas Circunstâncias

Cap.79 - A Volta de Leto


Apolo reaparece à entrada do santuário de Delfos, ele estava armado com seu arco. Respirou fundo e adentrou o local, logo sentindo o cheiro sulfuroso do lugar. Aquilo lhe trouxe a lembrança de quando esteve ali pela primeira vez quando perseguiu o monstro que tentou matar-lhe na sua gruta.

Apolo estava em busca de um lugar para erquer um santuário para si, uma ninfa chamada Teufusa lhe indicou uma gruta às encostas do Parnaso. ‘O lugar é divino’ disse ela. Apolo partiu imediatamente levando seu arco e sua aljava cheia, ao encontrar o lugar ficou feliz. No entanto, ao entrar na gruta sentiu um cheiro fétido, as paredes tinha uma substância viscosa avermelhada, era sangue. Um rugido arrepiante reverberou por toda a caverna que tremeu fazendo cair alguns pedregulhos. Apolo se deu conta de que tinha sido enganado e jurou punir a ninfa, mas no momento iria se vingar da serpente que matou sua mãe e quase lhe tirou a irmã. Ártemis o seguiu e tentou ajudá-lo, mas o jovem deus não permitiu.

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Apolo derrotou o monstro e voltou para casa, vitorioso, puniu a ninfa ao espatifá-la sobre uma rocha e voltou com a irmã para o Olimpo. Transformou Delfos em seu santuário e desde então passou a frequentá-lo.

Agora ele estava ali novamente para lutar contra seu maior inimigo. Desta vez, ele pretendia exterminá-la de uma vez por todas.

Andando mais para dentro do santuário o cheiro repugnante da serpente estava mais forte, Apolo já estava preparado para qualquer ataque do monstro. De repente, um silvo alto arrepiou o deus.

Apolo cuidado, ela está à espreita.

Uma voz em sua mente o alertou, era o espírito de Delfos que ao sentir a presença de seu senhor, acordou.

Em breve estarás livre.

Confio em ti meu senhor.

— Olá Apolo, veio para morrer? – perguntou a serpente de algum lugar.

Apolo parou e olhou de um lado para o outro.

— Apareça maldita! – gritou.

— Já que insiste – disse a cobra.

Um silvo bem perto fez o deus dá um pulo para o lado, bem a tempo de evitar uma mordida. Apolo soltou uma flecha que recocheteou nas escamas da cobra.

— Boa tentativa, garoto – disse a cobra rindo. – Já conheço todos os seus ataques.

Apolo soltou outra flecha, mas a cobra se desviou e aproveitou para atacar. O deus rolou para o lado e a serpente bateu com a cabeça na parede fazendo-a rachar. O monstro furioso atacou novamente cuspindo uma gosma amarela e mal-cheirosa, Apolo por pouco não foi atingido, ele deu um mergulho no solo e a gosma atingiu uma estátua sua que estava no canto da parede. A estátua derreteu como manteiga.

Apolo levantou-se num salto e lançou a flecha que no passado enfraqueceu a serpente. Era uma flecha especial que continha todo o seu ódio, ela atingiu em cheio o olho do monstro que deu um grito de dor, ao levantar a enorme cabeça deixou seu ventre descamado exposto, Apolo apanhou outra flecha e lançou atingindo a parte mole do monstro. Outro rugido de dor e outro de fúria, Píton abriu a bocarra expondo suas presas enormes que pingava veneno e deu o bote no deus que permaneceu parado no mesmo lugar armado com as três flechas que no passado, derrotou a serpente, mas desta vez, havia algo mais.

Apolo lançou as três flechas na direção do monstro, elas se dividiram e cada uma atingiu uma parte sensível da cobra que enrodilhou-se por causa do efeito da flechada envenenada. Sim, as flechas estavam envenenadas com o veneno da própria cobra.

Delfos, prepare-se.

Ele disse em pensamento.

Sim meu senhor.

A cobra parou de se mexer e estava expelindo um odor fétido a cada respirada.

— Isso foi pela minha mãe – ele disse baixinho.

— Eu vou voltar deusinho fraco – dizendo isso, se desfez deixando um vapor fétido.

Apolo torceu o nariz e foi até a câmara do oráculo. O espírito estava preso dentro uma ânfora dourada que estava em cima do altar. O deus foi até a ânfora e a abriu, uma fumaça esverdeada saiu do jarro e se colocou diante de Apolo.

A fumaça tomou forma de uma mulher jovem.

— Meu senhor – ela fez uma reverência.

— É bom vê-la novamente Delfos – disse o deus sorrindo.

— Obrigada por libertar-me meu senhor – disse a moça educadamente.

— A culpa foi minha por você ter sido capturada – admitiu. – Isso nunca mais vai acontecer.

Ela assente.

— Fique bem – ele diz e desaparece.

A moça se vira para o altar e se concentra no seu receptáculo, Rachel.

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No acampamento, enquanto todos paravam para comer, Rachel que estava ao lado de Reyna se levantou de repente. A menina arregalou os olhos e abriu a boca, fumaça verde saía dos olhos e da boca e uma voz falou:

Das profundezas do Tártaro ela veio

Para as profundezas do Tártaro retorna

Aquela que lhe tirou a genitora

Nunca mais virá à tona

A vingança foi consumada

Pelo deus punido por Zeus

Ele viajará para longe

Em busca da mãe amada

A fumaça retrocedeu e Rachel desmaiou, ela foi amparada por Reyna que a colocou sentada na cadeira.

— Isso foi uma profecia? – ela pergunta.

— Se é uma profecia não é para nós, mas para Apolo, já que falou no deus punido por Zeus – disse ele.

— Então Apolo conseguiu derrotar a Píton – disse Dioniso. – Isso é bom, agora teremos profecias a torto e a direito.

— Pelo menos essa não foi ruim como das outras vezes – disse Quiron. – Vou levá-la para Casa Grande.

Quiron pega a menina em seus braços e sai.

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No Olimpo, os deuses assistiram todo o desenrolar dos acontecimentos. Ficaram apreensivos quando a serpente quase abocanhou Apolo e suspiraram aliviados quando ele deu fim ao monstro.

Hera ficou de cabeça baixa quando ouviu o que Apolo disse.

— Isso foi pela minha mãe.

Ela lembrou-se quando foi à gruta da serpente lhe pedir para vingá-la. Mandou a Píton perseguir e matar Leto e seus filhos, tudo por causa de ciúmes. A pobre nem teve tempo de criar os filhos e esses de conviver com a mãe. Os gêmeos compareceram perante os deuses e Zeus na maior cara de pau levantou-se do trono e abraçou os filhos na frente da esposa que o olhava com fúria, mas se conteve porque Hestia a acalmou. Ele os constituiu deuses e os colocou no conselho nem ligando para os seus protestos.

Tanto Ártemis quanto Apolo guardavam um forte rancor da madrasta. Apolo fazia questão de ajudar o pai com as amantes só para ter o prazer de ver Hera explodir de raiva. Quanto a Ártemis, ela preferia se afastar do Olimpo e não ficar se encontrando com a madrasta pelos corredores. Por isso e muito mais, preferia a companhia das suas caçadoras à convivência com os parentes divinos.

O que os gêmeos não sabiam, era que Leto ainda vivia. Ela havia sobrevivido ao ataque da serpente, pois Hera mandou a cobra soltá-la antes que ela morresse. Quando a mulher abriu os olhos deparou-se com a rainha lhe encarando, Leto levantou em um salto.

— Calma Leto, não lhe farei mal – disse a deusa do casamento. – Quero te fazer uma proposta, filha de Febe.

— Proposta? Onde estão meus filhos? – ela pergunta olhando para os lados. – Aquele monstro os matou?

— Não, eles estão bem – disse a deusa. – Logo voltarão.

— Qual é a proposta? – Leto pergunta.

— Você desaparecerá e em troca não matarei seus filhos – disse a deusa. – Irá para o exílio e nunca mais voltará.

— Ficar longe dos meus filhos?

— Eles devem pensar que você foi morta pela serpente – disse Hera sem dá ouvidos ao que a moça disse. – O seu exílio em troca da vida deles.

Leto suspira, não permitiria que seus filhos fossem prejudicados. Por isso, aceitou.

— Promete que não fará nada contra eles?

— Prometo pelo Estige – disse a rainha com satisfação e um trovão ecoou ao longe.

— Muito bem, eu aceito – disse a moça resignada.

Hera sorriu triunfante. E então fez Leto entrar em coma e quando os gêmeos procuraram a mãe, ela estava “morta”. Desde então, eles acahavam que tinham perdido sua mãe para sempre, quando na verdade ela estava bem viva e exilada, vivendo sozinha em uma ilha no Pacífico.

Hera ao ver a fúria de Apolo contra o monstro sabia que seu ódio não era apenas contra a serpente, mas contra a própria. Tinha que contar a eles sobre a mãe. Não havia mais razão para punir a mulher, pois sua raiva e ciúmes já haviam passado, e Zeus nunca mudaria. Por isso, decidiu que contaria aos gêmeos o paradeiro de sua mãe.

— Ufa! Ele conseguiu – disse Afrodite.

— Agora tudo voltará à normalidade – disse Deméter.

Atena calada não tirava os olhos da madrasta. Por instinto, ela sabia o que pensava. A deusa sabia do infortúnio dos gêmeos, Ártemis lhe contou toda a tragédia envolvendo a morte da mãe e quem foi a mandante. Por isso, Hera estava pensativa e calada.

De repente, um brilho forte iluminou a sala. E um jovem munido de arco e flecha aparece diante dos deuses.

Era Apolo, que estava muito sério. Ele fez uma reverência diante de seu pai e fez o seu relatório.

— Missão cumprida, pai. Píton foi derrotada, Delfos libertada e todos os oráculos em pleno funcionamento.

— Fez um bom trabalho meu filho, você cumpriu a sua sentença. Está livre agora – disse Zeus sorrindo.

Todos os presentes levantaram as sobrancelhas. O que foi aquilo, Zeus tratando Apolo como “meu filho”? e que sorriso era esse? Cada um ficou com os próprios pensamentos.

Apolo fez uma reverência e ia se retirar quando Hera o chamou.

— Espere Apolo.

O deus se virou para a madrasta.

— Pois não senhora – disse o deus educadamente.

— Posso falar em particular com você?

— Que assunto a senhora quer falar que não pode ser compartilhado com todos?

— É um assunto que só interessa a você e sua irmã.

— A mim e a minha irmã – o coração de Apolo pulou. – Está bem.

— Me acompanhe, por favor – disse ela se retirando da sala sendo seguida por Apolo.

Os deuses ficaram intrigados principalmente Zeus. Afrodite estava inquieta, pois a curiosidade a estava consumindo. A única que estava calma era Atena que já sabia qual era o assunto.

Hera e Apolo caminhavam em direção ao seu templo, ambos estavam calados.

— Sua irmã está na enfermaria vá chamá-la e me encontrem aqui.

Apolo sai da presença da madrasta e vai até a enfermaria. Enquanto isso, Hera aguarda no salão do templo de Apolo. Não demorou e os gêmeos aparecem, Ártemis parecia desconfiada.

— Estamos aqui senhora, do que se trata? – perguntou Apolo.

— Trata-se de sua mãe – disse e impediu que os dois a interrompessem. – Ela está viva.

Os dois a olharam incrédulos.

— Não brinque com uma coisa dessas – disse Ártemis com raiva. – Nós vimos nossa mãe morta.

— Eu a coloquei em coma – Hera explicou. – Por isso, vocês achavam que ela estava morta, mas na verdade, ela sobreviveu à Piton.

Apolo ainda permanecia calado, a mão que segurava o arco se fechou com força.

— Eu fiz uma proposta à sua mãe – continuou. – Ela se afastaria de vocês e em troca eu não os mataria. Ela não queria aceitar, mas quando eu jurei pelo Estige de que não lhes faria nenhum mal, ela concordou.

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Ártemis estava se segurando para não apertar o pescoço da madrasta.

— Para onde a mandou? – pergunta Apolo, seus olhos dourados, furiosos.

— Ela está exilada numa ilha do Pacífico que os mortais chamam de Páscoa – disse a rainha. – Ela vive no meio deles desde que começou a ser habitada. Ela trabalha como guia turística.

Ártemis e Apolo se olham e lágrimas de felicidade brotam dos olhos da caçadora, Apolo sorri.

— Eu vou buscá-la, irmã – disse o arqueiro sorrindo. – Nossa mãe vai voltar para nós.

Ela assente limpando os olhos.

— Até mais – dizendo isso, ele desaparece.

— Com licença – disse Hera se retirando.

— Espere! – disse a caçadora. – Por que resolveu falar?

— Porque minha vida é um lixo, Ártemis – confessou. – Minha raiva me cegava toda vez que Zeus me traía e eu acabava descontando nas amantes e nos filhos bastardos dele. Quando eu conseguia o que queria, eu ficava mais calma. No entanto, isso não aplacava minha dor, pois Zeus não se importava comigo e continuava me traindo. Isso para ele não passava de um jogo, um jogo onde o proibido é mais divertido e com isso eu me deixava levar pela raiva. Eu cansei de tudo isso, é um jogo perdido de qualquer maneira.

— De certa forma eu entendo o seu lado – disse a caçadora. – Eu também fui traída, Zeus abusou de Calisto e por causa disso deixei de confiar nele. E quando quis abusar de Nina, isso reforçou meu rancor.

— Não deixe que o rancor devore seu coração, ele traz amarguras. Eu sou exemplo vivo disso. Espere seu irmão voltar, até mais.

Hera se retira com um sorriso aliviado.

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ILHA DE PÁSCOA

Um grupo de turistas olhavam curiosos para os Moais, estátuas de pedra fincadas no solo com apenas a cabeça de fora. Eles ouviam as explicações da guia, uma jovem de cabelos castanhos claros e olhos dourados que ao falar da história do lugar olhava para cada rosto que ouvia fascinado sobre o significado das estátuas.

— Segundo a teoria mais concensual, os moais foram erguidos pelo povo Rapanui, como homenagem aos líderes mortos, o que explica a diposição em que se encontram – ela disse apontando para algumas delas. – Outra teoria é que elas serviam de para-raios, já que a ilha tem muita incidência de chuvas de raios. Seja como for, o significado delas é incerto, mas elas estão aqui, espalhadas por toda a ilha e algumas delas estão sob o mar. Ok, vocês podem se espalhar por entre as estátuas, mas, por favor, não as danifiquem.

O grupo sorridente se espalhou, paravam em frente a uma estátua e faziam comentários. Outros faziam pose e fotografavam. Leto sorriu, ela se afasta e senta em uma rocha, pega sua mochila e tira de lá uma garrafinha de água. Ela olha ao redor e nota um jovem que a encarava, ela franze o cenho, pois o rapaz estava parado com um sorriso bobo. Leto incomodada se levanta e se aproxima do mesmo que ainda estava abobalhado.

— Escute aqui rapaz, nunca te ensinaram que não se deve encarar os outros? – ela disse zangada. – E tire esse sorriso da cara, parece um idiota.

— Desculpe bela senhorita, é que eu fiquei deslumbrado com sua beleza e bela voz – disse ele poético. – Não é à toa que a Vaca ficou com tanto ciúmes de você.

— O quê? – ela pergunta confusa. – Quem é você?

— Eu estou tão diferente assim? – ao dizer isso, sua forma muda de um jovem forte e belo para um garoto franzino e magro.

Leto arregala os olhos e dá um passo para trás.

— A...Apolo! – ela sussurra.

— Sou eu mãe, seu filho Apolo – disse ele sorrindo.

— Meu filho – ela sussurra e lágrimas escorrem pelo rosto. – Meu filho – ela diz abraçando o menino que não se faz de rogado e retribui o abraço.

— Mãe – diz o garoto emocionado.

— Ah meu filho – ela beija o garoto pelo rosto. – Como me achou?

— Hera me contou onde você estava.

Leto franze o cenho.

— Ela nos disse o que aconteceu, sua falsa morte, seu exílio e onde você estava, eu vim te buscar.

— Eu não entendo.

— Não se preocupe mãe, te explicaremos tudo depois – disse ele. – Vamos embora, Ártemis está ansiosa para vê-la.

— Sim, sim – disse ela feliz.

Ambos desaparecem de volta ao Olimpo.

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No templo de Apolo, Ártemis andava de um lado para o outro, estava ansiosa para ver a mãe, a qual achava que estava morta.

As meninas vendo sua senhora ansiosa se entreolharam. Uma cutucava a outra para ver quem ia falar.

Meg resolveu arriscar.

— Está tudo bem senhora?

— Sim, está – disse a deusa sem olhar para elas.

— Parece ansiosa – disse a semideusa.

Ártemis para e as meninas prendem a respiração.

— Minha mãe está viva – disse ela. – Ela estava no exílio todo esse tempo e eu pensava que ela estava morta.

— Que bom senhora! – disse Meg sorrindo.

— Sim, Apolo foi buscá-la é por isso que estou assim.

Nisso, duas figuras se materializam diante da deusa.

— Irmã, veja, é nossa mãe – disse Apolo sorrindo.

— Ártemis, minha filha – disse Leto. – Como você está linda!

— Mãe – disse a deusa com a voz embargada. – Mãe – a deusa corre para abraçar a mãe que sorria.

As duas mulheres se abraçam e choram de alegria matando a saudade de milênios.

— Você está muito bem – disse a caçadora olhando para a mãe.

— Você ficou uma bela mulher querida e você meu filho um belo rapaz – ela diz abraçando os dois filhos. – Finalmente estamos juntos.

— O que está acontecendo aqui? – pergunta uma voz curiosa.

Os três se viram e se deparam com a deusa da lareira que olhava surpresa para o trio.

— Você é...

— Oi Hestia – cumprimenta a titânide.

— Leto? Oh!

— Eu mesma – disse sorrindo.

— Agora compreendo o porquê Hera querer falar em particular com você Apolo. Era sobre sua mãe.

— Sim, ela nos revelou o que aconteceu e onde ela estava.

— Entendo. Seja bem-vinda querida.

— Obrigada Hestia, mas eu não pretendo ficar no Olimpo.

— Não, por quê? – perguntou Apolo.

— Acho que não seria conveniente, se é que me entende – diz. – Eu vou voltar para Delos, vocês poderão me visitar quando quiserem e eu espero que seja breve.

— Pode esperar, nós não vamos ficar tanto tempo longe de você – disse ele e Ártemis concordou.

— E nem eu quero ficar longe de vocês meus amores – disse ela beijando cada um. – Até breve.

Dizendo isso, ela desaparece.

— Fico feliz por vocês dois – disse Hestia.

— Obrigado tia – diz Apolo.

Ele se dirige até às semideusas.

— Olá Meg. Eu soube o que você fez por mim, muito obrigado – ele diz sorrindo. – Em agradecimento, vou lhe conceder um desejo, peça o que quiser e eu farei.

— Hummm, vejamos – disse ela pensativa. – Já sei, quero que você me sirva por um ano.

— O quê? – ele pergunta espantado.

— Hahahaha! – ela cai na gargalhada. – Eu tô brincando cara.

Apolo a olha zangado.

— Meg, isso não teve graça – disse ele sério.

— Ah, você não tem senso de humor? – ela pergunta limpando as lágrimas.

— Meg! – ele fala exasperado.

Caroline e as duas deusas começam a rir.

— Ok, ok – ela se recompõe. – O meu desejo é que você seja um deus responsável e cuide das suas obrigações e deixar de ser um playboy inconsequente.

Apolo a olha de cenho franzido e então suspira.

— Tudo bem, eu farei, até porque eu já estava resolvido a fazer isso – disse.

— Ótimo – disse ela. – Então faça isso.

— Eu vou até o acampamento, alguém quer ir comigo?

— Vamos todos, quero ver minhas meninas – disse Ártemis sumindo com as duas.

— Quer vir também tia?

— Não meu querido, vá se divertir.

— Então, até mais – diz e desaparece.