Caçadora Pelas Circunstâncias

Cap.67 - Correndo Contra o Tempo


No Acampamento Júpiter, Percy andava de um lado para o outro preocupado com o pai. Reyna havia sido informada do ocorrido com o pai dele.

— O Frank está demorando – disse Percy ansioso.

— Calma, meu amor – disse Annabeth.

— Eu deveria ter sabido desses espiões – disse Reyna. – George chegou há duas semanas e ainda não havia sido avaliado. A culpa é minha, todo novato que chega tem que passar pelos meus cães.

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— Isso não importa mais, o trabalho dele aqui acabou – disse Percy. – Se eles machucaram o meu pai....

De repente Frank entra na sala sem bater.

— Frank! – diz Hazel correndo até o namorado.

— E então, você os encontrou? Meu pai está bem? – perguntou Percy apressadamente.

— Sim, eu os encontrei e seu pai está bem, por enquanto – disse ele.

— Como assim?

— Calma Percy deixa ele falar – disse Annabeth o afastando.

— Continue Frank – disse Reyna.

— Eles estão a dois quilômetros daqui num galpão abandonado – disse – Netuno está trancado numa sala vazia.

— Por que não o trouxe? – perguntou Percy grosseiro.

— Percy – Annabeth chamou atenção.

— Porque a porta só pode ser aberta por fora e o único que tem a chave é Calígula.

— Calígula?

— Sim, os outros imperadores são Calígula e Cláudio – disse – e além do mais, eles não pretendem matá-lo imediatamente, vão torturá-lo primeiro. Eu poderia muito bem arrombar aquela porta e tirar seu pai de lá, mas ele me disse que essa é a oportunidade para pegá-los, por isso, ele me mandou voltar e levar reforços. E...

— E?

— Ele disse que sacrifícios são necessários – disse Frank de cabeça baixa.

Percy compreendeu, pois ele faria a mesma coisa pelos amigos.

— Não vamos deixar que Netuno se sacrifique – disse Reyna se levantando. – Frank reúna as tropas, vamos partir assim que estiver pronto. Vou informar minha mãe da sua descoberta.

— Certo – Frank sai da sala, seguido de Hazel.

— Infelizmente Diana já partiu com as caçadoras senão, teríamos um reforço a mais – disse Reyna. – Vá se juntar à Quinta Coorte, eles ficarão felizes com a sua companhia.

— Obrigado Reyna – Percy agradeceu e saiu logo em seguida junto com Annabeth.

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No galpão, Poseidon aguardava que a qualquer momento os imperadores aparecessem. Já estava se preparando para o pior quando ouviu vozes se aproximando. Eles estavam vindo.

A porta é aberta e um grandalhão barbado e armado com uma lança entrou primeiro. Poseidon reconheceu a figura, era um germânico que Nero costumava usar como guarda-costas. Ele olhou feio para Poseidon que nem se intimidou, ficou quieto onde estava, logo em seguida entrou um homem moreno com um sorriso de satisfação e mais dois que o olhavam com curiosidade.

— Então, o gande deus dos mares caiu em desgraça e agora não passa de um mortal fracote – disse Calígula debochando. – Como se sente, ó grandioso?

Poseidon não respondeu, apenas o olhava de cenho franzido.

— Não vai responder? – ele pergunta. – Bem, nesse caso vamos ao que interessa. O que acham companheiros de testarmos as habilidades do nosso convidado?

— Em que está pensando? – perguntou Claúdio.

— Uma luta até a morte – disse Calígula.

— Uma luta de gladiadores? Excelente – disse Nero feliz.

— Traga-o – disse Calígula para o germânico.

Poseidon foi praticamente arrastado para fora da sala e levado para uma arena improvisada que mais parecia uma gaiola gigante, ficava ao lado do galpão. Ao lado numa cobertura havia três poltronas que ficavam de frente à arena.

O germânico jogou Poseidon dentro da arena e fechou a porta, aguardou a próxima ordem.

Calígula e seus colegas se sentaram nas poltronas e então deu ordens para que um guerreiro entrasse. Era um cara alto e forte com cara de poucos amigos, ele entrou na arena e olhou para o garoto que não se mexeu. E aguardou a ordem para começar.

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— Podem começar – gritou Calígula.

O sujeito bateu um punho no outro e avançou para cima de Poseidon que já estava preparado. Então, vem o primeiro ataque, o grandão tenta desferir um soco direto no rosto do garoto, ele desvia e aproveita a guarda baixa e soca com força o abdômen do sujeito que dá um passo para trás. Poseidon aproveita para atacar desferindo vários socos no rosto dele e quando ia dá mais um o sujeito apara com uma das mãos e com a outra dá um soco certeiro em seu rosto fazendo-o voar para trás e batendo com as costas nas grades da arena. Poseidon cai e fica por alguns instantes parado com uma dor terrível nas costas e a vista embassada devido ao soco que recebeu.

Calígula chama o guerreiro e fala algo em seu ouvido. O guerreiro assente e avança novamente.

— O que você disse a ele? – perguntou Cláudio curioso.

— Para brincar um pouco antes de matá-lo.

Poseidon que ainda estava tomando fôlego sente o guerreiro aproximar-se e tenta se levantar, segura na grade e levanta com uma careta de dor. Era provável que tivesse quebrado uma costela.

— Vamos lá Poseidon, não jogue a toalha ainda, você precisa ganhar tempo – resmungou.

Ele toma posição e fica esperando o próximo ataque.

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Enquanto isso, os campistas romanos lotavam três vans e se puseram a caminho. Percy, Annabeth, Hazel, Frank e Reyna que dirigia uma das vans conversavam no caminho.

— É provável que encontremos resistência – disse Frank. – Eu não vi mais ninguém além dos três imperadores.

— Germânicos – disse Percy. – Quando Nero apareceu ele tinha dois germânicos consigo.

— Então devemos ter cuidado e usar de cautela – disse Reyna. – Precisamos surpreendê-los ou eles escaparão.

Todos se calaram e ficaram pensativos.

— Vai dar tudo certo Percy, vamos resgatar seu pai – disse Annabeth encostando a cabeça no ombro dele.

— É – disse ele incerto. – Aguente firme pai, estou chegando – murmurou.

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Na arena Poseidon continuava a sua luta, já havia apanhado muito, estava a ponto de desmaiar. O cara já havia lhe dado socos, chutes, torcido seu braço e por fim jogá-lo com violência no chão, mas ele sempre se levantava só para começar uma nova sessão de tortura. Dessa vez, o sujeito deu-lhe um soco em seu estômago fazendo-o perder o fôlego e por fim não se mexer mais.

O guerreiro olha para o seu senhor esperando a sentença.

— E então senhores, devemos acabar com o sofrimento dele? – perguntou Calígula.

— Já não há mais nada para ser quebrado, então sim – disse Cláudio.

— Nero?

— Posso pendurá-lo numa cruz?

Calígula rola os olhos.

— Está bem, vamos dá um banquete para as aves – disse o mesmo.

Ele olha para o guerreiro e vira o polegar para baixo dando a sentença. O guerreiro assente e olha para o moribundo a seus pés. Então, ele pega a lança que o germânico lhe dá pela grade e levanta no alto da sua cabeça e enterra no peito de Poseidon que antes de sucumbir leva seu pensamento para seu filho semideus.

Perdoe-me Percy.

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Na van Percy sente um peso no coração e começa a ficar sem fôlego.

— Percy o que foi? – perguntou Annabeth preocupada.

— Uma angústia, meu coração está doendo – disse ele. – Pai.

Reyna olha pelo retrovisor e vê que Percy chorava.

— Ainda falta muito Frank?

— Chegando ao cruzamento vire à direira – disse ele.

Reyna acelera e dobra para a direção indicada. Logo eles conseguem ver o galpão e ao lado dele, uma “gaiola” gigante. Ela estaciona e os outros veículos também, os guerreiros descem e se colocam em formação.

— Atenção, vamos invadir, tomem cuidado com armadilhas e também os germânicos – disse apressadamente. – O objetivo é resgatar Netuno e se possível capturar os imperadores. Se for necessário matem-nos. Frank fique com o primeiro pelotão.

— Certo – disse – Em formação, vamos.

— Hazel, pegue o segundo e vá pelo outro lado.

— Certo, vamos soldados.

— Dakota, avance pela frente.

— Certo.

— Nós três iremos pela retaguarda.

— Certo – disse Annabeth. – Vamos Percy.

Percy apenas assentiu e seguiu as meninas, ele estava com o pensamento no pai. Tinha certeza que algo ruim aconteceu com ele, esperava que estivesse errado.

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Na arena, os imperadores aplaudiam o “espetáculo” e felicitavam Calígula pelo entretenimento.

— Obrigado colegas, menos um deus no nosso caminho – disse o mesmo. – Agora o Olimpo está mais fraco. Só precisamos pegar os outros dois para enfraquecê-los ainda mais.

— Quem vai ser o próximo? – perguntou Nero. – Se for Apolo eu mesmo quero torturá-lo.

— É claro, desde que você não cometa o mesmo erro – disse Calígula. – Segundo os meus espiões, Apolo está em Indiana com um semideus de Vulcano e uma ex feiticeira. Ele está tentando recuperar o Oráculo de Trofônio.

— Não vou permitir que ele consiga – disse Nero. – Vou falar com a Piton para capturá-lo e trazê-lo para cá, o que acham?

— Mais um espetáculo de sangue? – perguntou Calígula. – Por que não, vai ser divertido.

— E quanto a Juno? – perguntou Cláudio.

— Ela está no Alasca – disse Calígula. – Está longe demais. No entanto, está vulnerável e sozinha. Seria perfeito se a rainha estivesse em nossas mãos.

Nisso um vigia vem correndo.

— Com licença meu senhor, três guarnições de soldados romanos estão invadindo – ele disse. – Estamos cercados.

— Preparem-se para a batalha – disse Calígula se levantando. – Vamos colegas temos uns soldados para combater.

Os três se dirigem para a sala de comando.