Porcelana foi para escola como se fosse um dia normal. Passou pelos corredores com paredes de vidro, lembrou de Inocência. Ela não estava mais ali, e provavelmente nunca mais estaria. Isso não parecia fazer diferença pra ninguém, e não deveria fazer para Porcelana, mas o simples fato de saber que um dia houve alguém encarando o céu por aquelas janelas deixava a menina pensativa. As coisas mudam.

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As aulas foram assistidas. Diferente das outras vezes, Porcelana realmente assistiu às aulas. Suas amigas cochichavam no fundo, e ela, na cadeira da frente, não queria conversar. Só queria prestar atenção.

No fim da tarde, voltou pra casa de bicicleta. Sua mãe conversava no meio da rua com as vizinhas, e nem prestou atenção na filha entrando em casa. Ela entrou e foi direto pro seu quarto.

Bonecas e mais bonecas estavam enfileiradas em belas prateleiras de madeira, pintadas de branco. O quarto de Porcelana era bonito e fofo, e os móveis eram todos brancos. E o chão também era. E as paredes também. Tudo muito limpo.

Porcelana parou um pouco, depois de terminar umas atividades passadas pra casa. Olhou pra sua parede branca, e pensou. Estava entediada, já. Não sabia o que fazer. Então saiu do quarto.

Tinha tido uma ideia.