— Vai embora? – perguntou o jardineiro.

— Sim. – Querido arrumava algumas coisas suas numa pequena mochila.

— Pra onde? – perguntou Inocência.

— Não sei. Mas é um lugar bom, isso eu sei.

— Me leva pra lá, então. – ela riu, irônica, apesar de no fundo estar falando sério.

— Quer mesmo?

— Sai daí. – sorriu torto, franzindo as sobrancelhas.

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Querido colocou a mochilinha nas costas e parou no umbral. Não ventava muito: sinal de que não iria chover.

— Jardineiro, você vai enterrar os corpos no meu lugar. – ele virou-se.

— Certo. – disse esse homem sem nome.

— E você, cuide das plantas. – olhou para Inocência.

— Tá bom. É o que eu já faço, mesmo.

Querido encarou a menina por um momento.

— Sim. – lembrou do que iria dizer. – Não fique de bobeira na chuva. Não tem gente pra substituir, e as plantas crescem rápido.

— Hã...? – ela franziu as sobrancelhas.

— Tchau. – saiu da casinha.

— Tchau. – responderam eles.

O jardineiro olhou pro meio monstro indo embora e estranhou o conselho. Inocência também o fez. Depois de um tempo pensando, entendeu.

Aqueles olhos amaldiçoados tinham assistido sua dramática conversa com Caramelo.