Bendito não conseguia dormir. Estava ansioso pelo amanhã, quando iriam se preparar para viajar entre as árvores. A ansiedade dele acordou Amado.

— Você ainda tá acordado? – disse com voz sonolenta.

— Não consigo dormir. – respondeu o outro. – Eu e Querido vamos começar uma jornada pra descobrir até onde as árvores nos levam.

— Ah, tá. – Vinícius estava com zero por cento de animação. Olhou ao redor e estranhou uma coisa. – Cadê ele?

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— Querido? Não sei.

— Ele não estava aqui quando você veio?

— Não. Mas eu fui dormir um pouco mais cedo, então ele ainda deve estar fazendo alguma coisa.

— Deve estar naquela enfermaria.

— Você já foi lá?

— Claro. O rei até examinou minhas orelhas enquanto vocês estavam fora. Tirou umas pulgas que estavam nelas.

— Ele deve entender de medicina.

— Ou de veterinária. – soltou uma risada sarcástica, e o metal dos seus dentes surgiu por um momento.

—... Ouvi uma vez que ele quer nos transformar em humanos de novo. – lembrou dos sussurros dos cidadãos. Associou com a informação da medicina.

— Sério? Ele tem coragem. – falava num tom zombeteiro. Era por causa do sono. – Querido disse que só quem entende maldições é alguém que foi amaldiçoado. Se o rei quer lidar com isso, no mínimo precisaria ter passado por algo semelhante.

— Bom, ele não é amaldiçoado. Deve ter conhecido alguém assim, ou...

A porta do quarto se abriu.