A Cidade do Sol

Corredores.


O homem pegou a primeira direita que encontrou. Grandes janelas deixavam ar e luz entrar nos corredores. As paredes haviam sido pintadas de bege e pareciam novas, em contraste com o chão, que estava feio graças a sujeira de inúmeros pés e botas que passavam por ali todos os dias. Belos castiçais, pendurados no teto, eram uma piada irônica a imundície.

Ao adentrar a cidade, Vinícius e Amaldiçoado viam cada vez mais cartazes nas paredes, disputando lugar com avisos, propagandas, anúncio de shows e até cardápios. Umbrais brotavam nas paredes, tendo estes portas ou não, sempre acompanhados de gente sentada em cadeiras de balanço, observando o movimento. Nenhuma dessas pessoas falava com o homem. Muito menos com Amaldiçoado e Vinícius.

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O cenário se repetia depois de fazerem outra curva. Eram mais cartazes, avisos, propagandas, portas, pessoas, crianças, mercadorias penduradas nas paredes, cores desbotadas, janelas meio abertas, olhos julgadores...

Até que encontraram outro portão. Perto dele, estava uma pequena casa. O corcunda foi até lá, conversou com quem quer que estivesse na casa, e quando saiu, o saco que carregava parecia mais leve.