A Cidade do Sol

Imaginação.


Enquanto voltavam a seguir viagem, Porcelana ficou reclamando na sua cabeça da noite mal dormida, graças ao frio e a insegurança. Bianca piorava ainda mais seu mal-estar, com seu ácido humor matutino. Teodoro havia se recuperado da culpa de ter transformado um Lázaro em monstro completo, e cantarolava uma canção velha.

A Carla continuava barulhenta como sempre, e neutra, sem defender nenhum lado dos tripulantes. Este último fato incomodava um pouco Porcelana, que queria porque queria alguém que concordasse com ela. Que dissesse que ela estava certa.

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Sentiu falta de sua mãe. Ela sempre colocava suas opiniões em primeiro lugar, e amava afirmá-las, pois concordava plenamente com elas. Imaginou como seria com ela ali.

"Ei mãe, a roupa de Bianca é ridícula, né?"

"Com certeza, meu deus da moda e do bom gosto!"

"Ela é tão chata e sem vergonha! Parece uma perua!"

"Não é? Ia comentar isso com você agora mesmo!"

Seus olhos viram Amaldiçoado de longe, caminhando escondido com os dois monstros que havia enganado, mas sua cabeça, entretida com a imaginação não prestou atenção.

—Aquilo são três monstros andando juntos? — perguntou Bianca a Teodoro.

— Acho que sim. — disse ele, depois de dar uma olhada pela janela. — Engraçado. Nunca vi algo assim.

E Porcelana perdeu a coisa mais importante da viagem.