A Cidade do Sol

Decisão.


O meio monstro acordou agoniado. De lembrança do companheiro de penas, só restara sua lona protetora. Doente, ele se levantou do chão de gramas e raízes diversas e se espreguiçou como uma besta selvagem. E começou a lembrar.

...Lembrar...

Amaldiçoado não sabia esquecer, como Porcelana. E por isso ele lembrou de tudo o que sentiu e fez. A empatia, a alegria, a raiva, a insegurança, a dor da perda, o poder da liberdade, o cansaço, a curiosidade...

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Tudo isso Amaldiçoado lembrou, enquanto andava sem rumo, para longe da sua cidade de muros.

...

Foi então que ele achou os trilhos, sem querer. Não sabia que tinha um senso de direção tão fantástico, mas não se elogiou por isso.

O meio monstro encarou o metal e passou algum tempo vazio de pensamentos. Resolveu segui-los. Não importava pra onde iria. Só queria ir pra longe dos muros.

A chuva havia parado. Mas as nuvens continuavam lá, como sempre...