Paizão Adolescente

Sol e... Praia - Parte 2


Meu celular tocou, virei para pegar do bolso da minha bermuda e atendi. Era telemarketing, odeio isso. Virei e vi Hester sorrindo para mim. Não entendi e continuei bebendo o refri. Poucos segundos depois bateu uma sonolência, provavelmente porque dormi pouco hoje, a viagem e pratiquei vôlei na praia. Despedi-me da loira e subi para a minha suíte.

Dormiria aquela noite no sofá, mas como Jack não estava, fui à cama espaçosa. Apaguei de vez, mas senti que algo não estava certo, poucos minutos cochilando, eu acordei com Hester bem na minha frente.

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— Olá, gatinho. Diga olá para o Instagram.

— Hester? O que faz... — ainda estava tonto. Percebi que os meu braços estavam presos na cabeceira. — O que é isso? Tire-me daqui imediatamente!

— Não, gatinho. Vamos nos divertir muito a partir de agora — ela ficou me filmando e depois veio na minha direção bastante disposta.

— Não faz isso, por favor. Não quero ter relacionamento com outra mulher — o que eu disse foi em vão.

Ela começou a passar a mão na minha perna, acariciando meus pelos. Desde o tornozelo até a altura um pouco acima do joelho. Fiquei abismado com a safadeza insistente daquela adolescente. Era só uma garota! Não podia ceder aos caprichos da luxúria, pois meu único amor sempre será a minha esposa.

— Agora não vai ter mais escapatória, gato. Vou postar a sua foto no instagram junto comigo. Veremos quando eu fizer aquele servicinho maroto.

— Hester, garota, não pode...

Hester passou a mão na minha coxa, subindo até a minha cueca. Ela retirou a mão dali e pegou na bermuda. Fez um gesto como se estivesse prestes a retirar minha peça de roupa por um instante. Foi nesse momento que agradeci ao céu que Jack havia chegado.

— O que tá acontecendo?

— Essa maluca tarada quer tirar minha roupa. Ajuda aí, amigo.

— Sai fora, garota.

Hester saiu rebolando e olhando para mim com cara de quem me comia com os olhos. Jack riu da minha condição. Era inegável o constrangimento que passei com aquela tarada. Fui solto por ele.

— Ela me drogou e me colocou amarrado na cama. Não acredito que ela teve coragem de fazer isso.

— Bom, seu eu tivesse a sua idade atual, aproveitaria. Mas como o meu amigo é um marido exemplar, um adolescente pai de família, aí é um dever moral do tio Jack ajudá-lo. A propósito... vi sua filha no maior amasso com o Paul.

Tive que tomar um banho e lavar a alma depois daquele susto. Vesti uma calça de moletom, com uma camiseta e uma sandália. Desci e fui para a área da piscina. Vi Jessica e Paul no maior rala e rola em cima da cadeira que mais parecia um divã. Cheguei quem não querendo nada e cutuquei o casal Super Bonder.

— Que você quer, Mark? Não basta ter se enfiado lá em casa?

— Vim ver se estava com fome,Jessica. Posso pegar um lanche.

— Aí, otário. Deve estar achando que vai dar em cima danamorada dos outros e sair impune? — Paul se levantou justo para me agredir, mas Jessica o segurou. — Evapora, Mark. Para de ser empata foda ou vai sentir o peso do meu soco.

Queria afogar aquele crápula na piscina e deixá-lo morrer afogado, mas apenas me retirei. Nunca quis confusão. Apenas saí.

— Oi, gatão — a pessoa que me chamou assim foi a ruiva.Ela de biquini me empurrou e caí na piscina. Ela pulou logo após e me encostou no parapeito.

— O que está fazendo, sua maluca?!

— Denise. Pode me chamar de Denise, gatão! — ela colocou a mão no meu pinto e ficou apertando. Aquela era pior e mais safada do que a Hester.

Jessica e Paul ficaram me vendo naquela situação humilhante. Foi quando consegui me desvencilhar da tal Denise e saí da piscina todo molhado. Paul ria descontroladamente da minha desgraça.

— Tome. Melhor se secar ou vai pegar um resfriado.

Anne se solidarizou me dando uma toalha. Agradeci à minha esposa pelo bom gesto. A única coisa que não gostei foi do embuste que se chamava Trevor. Chegou chegando, como se conhecesse a Ann tão bem quanto eu. Idiota.

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— Oi, Mark. Gostou do jogo? Uma pena ter perdido, mas quem sabe um dia teremos a revanche?

— Quem sabe — saí de perto deles.

...

Passaram-se as horas e o sábado. Domingo pela manhão acordei na cama, segurando algo em minha mão. Era mole, convexo e com um bico. Depois que ouvi um balbuciar, abri meus olhos tão rápido quanto a Nicki Minaj mostrando a bunda em clipes. Fiquei completamente vermelho ao ver a morena deitada na cama, de sutiã, e eu oegando na teta esquerda dela.

— Tá gostando, gostoso?

— Não! — caí da cama com aquela terceira tarada. Meu pênis só pode ser um churro, não é possível. Todo mundo quer dar uma mordida agora? — Por favor, saia do meu quarto. Como foi que entrou aqui?

— Vim pela madrugada. Sou mais ninja do que pode imaginar.

E era ninja mesmo, porque a porta do apartamento estava trancada e a do quarto também. A não ser que ela seja a Lince Negra, essa garota teve que arrombar as portas.E todo esse esforço só pra transar comigo? Um tiozão que voltou a ter 17? Essa geração perdida.

— Sou Dianna. Quero muito namorar contigo, Mark. Vamos. Eu sei que tem uma quedinha pela Jessica, mas acontece que ela já tem o Paul. Seu amor platônico jamais vai se realizar.

— Eu não amo a Jessica. Sou como se fosse um irmão pra ela. Apenas tento preveni-la de se machucar com o Paul. Escute, Dianna, não tenho interesse por você, nem pela Hester ou a Denise. Só quero ficar em paz comigo mesmo.

— Tudo bem, eu respeito isso — ela se vestiu e antes de sair — Tenho amigos gays e você será apenas mais um.

WTF? Ela pensou que sou gay? Não gostei muito, porém melhor assim.Definitivamente nunca mais chamaria as patricinhas para saírem num passeio. Meu bilau agradece.

O domingo foi difícil para mim, mas pelo menos o trio monstro não iria me perturbar mais. Apenas meu incômodo foi com Anne, já que ela era ainda casada e ficava de amasso com um Zé Ruela como o Trevor. O cara era mais feio do que eu e mais sem graça. Acho que Ann apenas fez o favor de namorar com o cara por pena, porque meu Deus do céu.

Tomamos café da manhã. Eu decidi ir embora mais cedo, antes que os outros. Jack ficou com a diretora, mas falou com o motorista e pediu que me levasse direto para a casa.

— Preferiu ir cedo, garoto? Pensei que um moleque da sua idade curtia mais — falou o motorista.

— Menos eu — foi a única coisa que falei.

Cheguei em casa quase na hora do almoço. Preparei um macarrão instantâneo e comi rapidamente.Fiquei deitado na cama, pensando naquilo tudo. Será que minha família realmente precisa de mim? Todos pareciam felizes. Dormi e só fui acordar mais tarde com Jack me chamando de Bela Adormecida.

— Que foi? — resmunguei.

— Não acredito que veio antes de todo mundo.

— Pelo menos a Christinna deve ter achado legal a sua companhia.

— Que nada. Ficou no zero a zero. Mas não vou desistir daquele mulherão da porra. Ela será a mãe dos meus filhos.

— Sorte sua — levantei de uma vez. Percebi que era mais de 17 horas.

Desci até a sala de estar e fiquei sentado no sofá esperando o Jack sair do banho e vir conversar. Precisava desabafar tudo o que podia. Tudo o que estava entalado na minha garganta.

— Sabe como entrar em contato com a Desirée? Ela está fazendo falta aqui.

— Pode ter a certeza que não.Deve tá na Nova Zelândia numa hora dessa. Mas não quero falar da Desirée... quero falar de mim e da minha vida.

— Pode falar, Mike. Somos amigos desde a adolescência. Vi como se incomodou com a Anne.

— Cara, apenas fico pensando seriamente em deixá-la em paz. Acho que estou fora do páreo desde sempre. Toda vez que tento me aproximar, acabo me distanciando cada vez mais.

— Não pode ficar se lamentando como se fosse o último dia da Terra. Certo que você foi omisso, mas agora está tentando consertar tudo.

— A culpa sempre foi minha. Quando eu tinha essa idade, era idealista, sonhava demais... era contra o meu próprio pai. Agora veja no que eu me tornei. Virei a cópia do meu pai. Pensei em tudo, menos o amor da família. Trabalhava todos os dias, ganhava dinheiro aos montes, era bem-sucedido. Tudo isso era lixo — tentei pegar o uísque na mesa, mas Jack pegou de volta alegando que menores de idade não poderia beber.

— E o que pensa em fazer? Vai simplesmente desistir deles assim? Sempre há uma escolha, garotão.

— Ah, claro. E o que quer que eu faça? Revele para eles que sou o Mike Torrance? Que encontrei uma bruxa chamada Desirée, e que ela me deu vinte e cinco anos a menos? Isso não vai adiantar.

Voltei a me sentar no sofá quando vi Junior parado feito um poste ao lado. A cena parecia aquelas do espelho de filme de terror: não há nada atrás, mas quando fecha o armario do banheiro, o diabo aparece. Como o rapaz surgiu ali do nada ninguém poderia saber.

— Ouvi o que disseram. Ouvi tudo o que vocês disseram. Meu Deus. Mark, você está dizendo que é o meu pai. Como assim?

Jack, que tomava um pouco do uísque, cuspiu tudo pra fora e ficou engasgado. Não era para menos.

— Junior, eu posso explicar pra você. Acontece que...

— Mark, explicar o quê? Posso ser lerdo, mas não sou louco. Ouvi exatamente a conversa dos dois. Fiquei parado ali, na sala, escutando tudo. Agora me conta, que papo é esse de você ser o meu pai? Ficou louco?

— Posso explicar, se me der a chance.

...

Narrado em 3° pessoa

Mike saiu do hotel ainda antes do almoço. Junior ficou decepcionado pelo amigo que sequer havia se despedido dele. Uma cena chamou atenção dele: a discussão entre Jessica e Paul.

— Até parece que vou te ouvir agora que estamos nos finalmentes. Deveria parar de bancar a garotinha indefesa e ser mulher de uma vez por todas.

— Eu não tenho coragem de perder a minha virgindade aqui. Não sou tão liberal quanto você. Quero algo mais especial, não num quarto de hotel.

— Isso é que me irrita! Sempre dá uma desculpa para fugir de mim. Melhor nós terminarmos de uma vez por todas.

Paul saiu do quarto, e Junior teve que se esconder para não ser flagrado. Viu Jessica chorando enquanto ficava deitada na cama.

Voltaram para casa em táxis por conta do hotel. O helicóptero fora poupado desse serviço. Assim que chegou em casa, Junior tentou sair. Anne o impediu. Só mais tarde saiu.

Junior aproveitou o domingo à tarde para visitar o seu amigo, Mark, efalar sobre a briga que a sua irmã teve com o salafrário do Paul. A mansão de Jack estava disponível, conseguiu entrar sem nenhum problema. Assim que chegou na sala, viu os dois sentados no sofá.Pensou em ir logo, porém, antes, ouviu a conversa.

— Pode falar, Mike. Somos amigos desde a adolescência. Vi como se incomodou com a Anne.

— Mike? — indagou Junior.

— Cara, apenas fico pensando seriamente em deixá-la em paz. Acho que estou fora do páreo desde sempre. Toda vez que tento me aproximar, acabo me distanciando cada vez mais.

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— Não pode ficar se lamentando como se fosse o último dia da Terra. Certo que você foi omisso, mas agora está tentando consertar tudo.

— A culpa sempre foi minha. Quando eu tinha essa idade, era idealista, sonhava demais... era contra o meu próprio pai. Agora veja no que eu me tornei. Virei a cópia do meu pai. Pensei em tudo, menos o amor da família. Trabalhava todos os dias, ganhava dinheiro aos montes, era bem-sucedido. Tudo isso era lixo — Junior ficou sementender direito ou não queria entender.

— E o que pensa em fazer? Vai simplesmente desistir deles assim? Sempre há uma escolha, garotão.

— Ah, claro. E o que quer que eu faça? Revele para eles que sou o Mike Torrance? Que encontrei uma bruxa chamada Desirée, e que ela me deu vinte e cinco anos a menos? Isso não vai adiantar.

— Meu Deus!

Junior não esperou e foi imediatamente para a sala de estar.Mike sentou-se no sofá e foi aí que ele percebeu o filho.

...

— Vim aqui falar de algo importante, mas acredito que eu esteja mais atrapalhando do que ajudando. Mark, inventa outra história.

Ele ameaçou sair fora da mansão. Fui atrás dele imediatamente e fiquei impedindo a sua passagem.

— Quer saber a verdade? Lá vai. Eu sou o seu pai.

Junior me olhou de um jeito...

Continua...