Psycho Killer

Capitulo 2 - She's beautiful even when she lies.


“You are a riddle, I'd love to decipher.”

P.O. V Hermione.

Já fazia horas que a cena no salão principal aconteceu, e eu aqui deitada na cama não consegui parar de rever memória por memória tentando entender em que merda eu fui me meter afinal como é possível, em apenas algumas horas atrás eu estava no salão comunal da grifinória com Harry e Ron e agora estou aqui tentando entender como aquele cara tão lindo, educado e com um sorriso torto charmoso poderia ser Voldemort? Tudo bem, sempre soube que ele tinha um poder de persuasão bem grande, mas com aquela aparência quem precisava de persuasão alguma? Droga, isso é tipo de pensamento de se ter, eu estou aqui apenas pra observar e interagir o mínimo suficiente pra descobrir o que poderia ser as Horcrux dele, não pra ficar babando no fato de Voldemort com dezesseis anos é a pessoa mais linda que você já viu, ou que quando ele sorri uma covinha aparece do lado direito do seu rosto, ou o modo como às mãos dele encaixaram perfeitamente nas minhas. Merda. Mais uma vez tentei rever tudo o que acontecia no salão pra entender como me enfiei na maior furada de todos os tempos.

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Flash Back On

Já fazia alguns minutos que o Professor Dumbledore lia a própria carta e eu já estava começando a ficar nervosa, conseguia ouvir a cerimônia de seleção acontecendo através da porta e já estava impaciente, eu estava cansada queria comer e dormir, e ver aquele garoto lindo, com os cabelos negros e perfeitamente aliados que pareciam seda, os olhos azuis mais lindos que já vi, e a covinha do lado direito do rosto quando sorria torto e em vez disso estava aqui, nervosa, numa época que eu não conhecia, cercada de gente estranha e esperando o Professor ler uma carta em que eu não fazia ideia do conteúdo.

— Entendo aparentemente eu me arrisquei muito, muito mesmo em trazer a senhorita pra cá. – O professor sorriu amigavelmente e foi em direção à porta. – Espere aqui até eu chama-la, Srta. Granger. - Ele saiu e fechou à porta, a seleção já havia acabado e eu pude ouvir claramente o que o professor falou.

— Desculpem atrapalhar o que parece ser um delicioso jantar, mas temo que ainda tenha mais uma aluna que não participou da cerimonia de seleção, Srta. Granger, por favor venha até aqui. – Então eu abri a porta e atravesei o caminho ate o banco em que o professor apontava e olhava pra multidão procurando aqueles olhos azuis, pude senti-los sendo fixados em mim e estava desesperada para ve-los novamente, sorri timidamente, sentei no banquinho e Dumbledore colocou o chapeu seletor na cabeça minha cabeça.

“ Uma visitante do tempo, eu vejo, futuro nada bom de onde vens, você sabe que coisas terriveis aconteceram com bruxos que mexeram com o tempo?” o chapeu sussurou baixo o suficiente só para eu ouvir. Confirmei com a cabeça.

“ Você está se arriscando tanto, ainda dá tempo de voltar atras minha criança, uma vez que o passado for interferido as consequencias serão gravissimas.” Confirmei novamente.

“ Aparentemente não irei fazer você desistir, saiba que está nisso sozinha, e tenha cuidado pois o futuro por onde você veio, poderá não estar mais lá quando a senhorita voltar, boa sorte.” E então ele disse aquilo que me congelou dos pés a cabeça. “ Vejo que a senhorita já está na grifinoria, mas eu pretendo fazer da sua viagem a mais facil, se isso for possivel, tem certeza que ira ficar?” confirme com a cabeça pela terceira vez, pois sei que se falase minha voz iria falhar ou eu iria acabar me arrependendo eternamente.

— Bom, se já resolvemos isso, melhor que seja.. Sonserina. – O que? Não resolvemos nada disso. Eu sorri para desfarçar no momento em que a mesa da sonserina aplaudiu comemorando ter mais uma aluna lá. Mas por dentro eu estava totalmente apavorada.

Professor removeu o chapeu da minha cabeça e eu me levantei indo em direção a mesa da sonserina, foi quando eu o vi, ele empurrava um garoto loiro para o lado e se levantou indicando o lugar vazio ao seu lado para que eu me sentasse ali com ele. Sorri constrangida simplesmente pelo fato de que eu me lembrava dele ser lindo, mas de estar ali na presença dele a sensação era como se ele fosse muito mais que isso, e cada vez que eu olhava era mais e mais. Me sentei timidamente ao seu lado.

— Sabe eu acabei de me dar conta de que ainda não sei seu nome. – A doce voz aveludada chegou aos meus ouvidos e me virei para olha-lo e ele sorria torto e eu pude mais uma vez me deliciar ao ver covinha do lado direito do seu rosto.

— Ah é verdade nem eu o seu. – Eu ri achando graça dessa situação totalmente embaraçosa. – Eu sou Hermione Granger, e você é?

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E então meu mundo desabou e foi como se a gravidade fosse tirada de mim.

— Tom, Tom Riddle. – Ele sorriu em resposta ao meu riso e naquele momento tudo que eu podia ver era o sorriso cruel de Voldermot, tentei evitar mais foi como se um calafrio passasem por todo o meu corpo, eu estava ao lado de um assassino, eu estava sentada ao lado do cara que matou os pais do meu melhor amigo. Mas eu precisava me lembrar do que Dumbledore me disse que Tom ainda não é Voldermort, não totalmente.

— Algum problema, Srta.Granger? – Ele franziu o cenho esperando por uma resposta e naquele momento foi até como se a voz dele tivesse mudado, era fria e distante e ele já não era o cara lindo e educado que me ajudara naquele mesmo dia.

— Claro que não, só estou muito feliz de estar realmente aqui em Hogwarts. - Sorri tentando disfarçar, mais eu sabia que não iria de forma alguma colar, ele era o mestre das mentiras e provavelmente podia cheirar uma a quilômetros de distancia dele, e quando ele sorriu de volta pra mim, não era o sorriso torto que eu gostava, era uma frio mais fechado e calculado, era um sorriso que dizia que iria descobrir todos os meus segredos ate aqueles que eu escondia de mim mesma e eu soube naquele momento que eu estava totalmente ferrada, eu devia ter ouvido os avisos do chapéu seletor, foi como se ele soubesse exatamente o que iria acontecer.

Flash Back Off.

Eu sabia que apensar de ter que tentar descobrir o que poderia ser as Horcruxes eu tinha que me afastar de Voldemort, ou ele iria acabar descobrindo meu disfarce e eu provavelmente não conseguiria manter minha língua atrevida quieta e falaria algo errado na hora errada, imagina se eu o tratasse igual trato os meninos antes de saber quem ele era, eu provavelmente estaria morta, eu preciso me segurar muito quando estiver perto dele, e evitar ao maximo ele, mesmo estando no mesmo ano e na mesma casa, evitar ele provavelmente vai ser fácil, afinal esse castelo é grande o suficiente pra nós dois. Fui dormir com esse pensamente na cabeça e ao acordar no dia seguinte descobri o quanto eu estava totalmente errada.

Acordei bem cedo e antes das meninas do meu quarto, levantei arrumei a cama e segui em direção ao banheiro feminino para tomar banho e fazer minha rotina matinal. Quando eu já estava pronta, tentei dar uma ajeitada nos cachos rebeldes mais foi em vão, olhei meu reflexo no espelho e achei aquilo totalmente estranho eu me vi, mas era como se não fosse eu, eu não pertencia casa das cobras, eu olhava para o espelho como se estivesse jogando o jogo dos sete erros e o espelho era o lado errado. Sai dali logo quando as meninas começaram a acordar e entrar correndo e fui em direção ao salão principal, o salão comunal da sonserina ficava mais longe do salão principal do que eu estava acostumada e a caminhada demorou mais do que eu esperava. Cheguei lá bem cedo, pois assim esperava evitar vê-lo já que eu tomaria o café o mais rápido possível e seguiria pra minha aula, seria um bônus duplo eu não o via e ainda seria a primeira a chegar à aula. Mas ao olhar pra mesa da sonserina bufei contrariada, ele já estava sentado lá, sendo todo lindo, perfeito e calmo, como se alguém estivesse pintando ele naquele momento, para mostrar tanta perfeição, pensei comigo tudo bem, vou sentar o mais longe possível e então no mesmo momento como se ele tivesse sentido eu chegar ele virou a cara pra mim, e o seus olhos azuis como o mar se conectaram aos meus e foi como se algum tipo estranho de ligação acontecesse, eu não conseguia quebrar o contato visual, e meu corpo reagia sentindo leves calafrios, mas diferente da noite passada, era um calafrio ao pé da barriga, como se fosse borboletas. Por fim ele quebrou o contato visual, virou a cara para os lados, e olhou pra mim novamente indicando com o olhar o lugar vazio ao seu lado para que eu sentasse e sem perceber ou controlar meus atos fui a sua direção e me sentei perto dele o suficiente pra sentir um leve frescor de menta.

- Bom dia Srta Granger, espero que tenha dormindo muito bem na sua primeira noite aqui. – Ao falar o frescor de menta ficou mais forte, e eu automaticamente sorri quando ele sorriu torto pra mim esperando uma resposta.

— Melhor impossível. – Sorri sem graça esperando que ele não me perguntasse mais nada pra que eu não acabasse falando algo errado, mas como se ele estivesse lendo minha mente ele continuou.

— É questão de educação responder bom dia as pessoas, e perguntar sobre eles também, Srta Granger. – Ele disse frio, como se eu tivesse dado uma resposta que ele não gostava, quem esse garoto pensa que é.

— Escute aqui, Sr.Riddle, eu falo e faço o que bem entender. – Respondi grossamente, ele pode ser Voldemort no futuro mais agora não passa somente de um garoto totalmente atrevido, o que será que ele acha? Que é meu superior, coitado dele.

— Ah, ela é nervosinha e tem a língua bem afiada. – ele riu achando graça. – Já que você aparente não gosar de boa educação, não irá se incomodar se eu lhe chamar de Hermione, né? – E no momento que ele disse meu nome, eu pude ver os movimentos exatos que seus lábios faziam, e corei ao perceber que gostei de ouviu o meu nome em seu timbre de voz.

— Eu nunca disse que não tenho educação, so ganha meu respeito quem merece Tom! – Respondi o provocando sem nem chegar a pensar nas consequências dos meus atos e ele sorriu torto em resposta e após isso tomamos café da manha juntos e em total silencio.

Quando terminei de tomar o café da manhã, percebi que ele me encarava com o semblante serio, como se tivesse tentando desvendar todos os meus segredos apenas me olhando.

— Algum problema Riddle? Ou você nunca viu uma garota tão de perto assim? – Dei risada da cara de constrangido que ele fez, mas parei de rir quando ele ficou serio de novo, foi como se por alguns rápidos segundos eu o tivesse visto por trás da mascara.

— Você preste atenção como fala comigo, não acho que você seria capaz de aguentar as consequências. – Ele sorriu em escárnio, se levantou e parou de pé ao meu lado, levantei o olhar para vê-lo melhor e esperei para saber o que mais ele queria. – Vamos logo eu não tenho todos o tempo do mundo para espera-la. – Ele falou baixo o suficiente para que apenas eu ouvisse enquanto olhava para os lados, o salão estava começando a ficar cheio e ele devia estar de olho caso alguém estivesse prestando atenção em nós.

Me levantei e quando fui pegar meus cadernos eles não estavam onde eu havia deixado, me virei para olhar para Voldemort, e ali estava ele me olhando e sorrindo torto, me fazendo sentir calafrios na barriga enquanto segurava meus cadernos.

— Eu sou perfeitamente capaz de carregar os meus cadernos. – Sussurrei entre dentes, tentando não soar grossa.

— E que tipo de cavalheiro seria eu se não os levasse para ti... – ele sorriu falsamente e continuou. – Eu pensei que já que temos as mesas aulas e a senhorita não conhece a escola, eu poderia te acompanhar.

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— Bondade sua, Riddle. Obrigada. – Tentei soar amigável e desejei demais que minha voz não mostrasse o tamanho do meu desgosto.

Começamos a caminhar juntos em direção a sala de aula de porções, eu resolvi ficar uns dois passos atrás de Riddle para fazer parecer que eu estava seguindo ele, já que eu supostamente não sei onde fica a sala.

— Acho que enquanto andamos a gente poderia conversar um pouco, se conhecer melhor. – Ele falou sem nem olhar para mim e aparentava estar se deliciando com cada palavra que falava como se tudo estivesse saindo exatamente como ele queria.

— E quem disse que eu quero conhecer você melhor... – As palavras saíram antes mesmo que eu conseguisse processar, dessa vez ele me olhou e sorriu friamente.

— Ok, tudo bem, então falaremos apenas de ti, já que eu quero conhecer você melhor. – Ele voltou a olhar para frente.

— O que você gostaria de saber? – Mordi a língua para não falar algo malcriado e que pudesse provoca-lo. Ele sorriu com a minha pergunta, parecia ser como se eu tivesse dito as palavras exatas que ele queria ouvir.

— Hermione... – E ali estava novamente aquela voz aveludada, dizendo o meu nome. – eu gostaria de saber tudo... – Paramos de andar ao chegar à porta da sala.

— Mas não será agora... – Sorri vitoriosa. – Temos muitas aulas pra assistir e tenho que ver se não estou atrasada nas matérias e... – Ele me interrompeu.

— Entendo, e falando nisso, onde você estudou antes daqui? – Ele me olhou fixamente.

— Ah sim, Beauxbatons. – Sorri, pois ai estava à pergunta que eu saberia responder, eu já havia aproveitado o pouco tempo de que tive pra bolar com uma historia.

—Serio você não me parece francesa, e nem tem sotaque... – ele me olhou com desdém como se soubesse que eu estava mentindo.

— Eu sou de Londres, alguns anos após a morte da minha mãe, meu pai decidiu que não dava mais pra ficar naquela casa... – sorri tristemente pra tentar engana-lo.

— E porque voltou? – Ele semicerrou os olhos ainda não acreditando em mim.

— Meu pai foi morto e eu vim pra cá foragida de... – gaguejei de propósito pra demonstrar medo.

— Grindelwald? – Ele processou por uns segundos. – Você é nascida trouxa?

— Mestiça... – sussurrei. – Meu pai era bruxo, minha mãe trouxa.

— Ele matou seu pai por ser um traidor de sangue. – Ele não estava perguntando, aquilo foi uma afirmação e ele ate tentou disfarçar um sorriso de satisfação.

— vocês vão entrar? A aula já começou e vocês dois estão ai na porta parados como duas estatuas... – Dei um pulo de leve quando ouvi a voz e virei em direção à porta pra encontrar o Professor Slughorn encarando a gente.

Voltei meu olhar para Riddle e naquele momento meu coração parou, por um segundo foi como se eu estivesse olhando para Voldemort a feição dele mudou para irritadiço e frio.

— Claro, Professor, nossas desculpas... – Ele sorriu e foi super educado e o professor pareceu não perceber o modo frio e distante que Riddle tinha se dirigido a ele.

O professor foi para dentro da sala, eu o segui e me deparei com um lugar vazio na frente, suspirei por ver que na verdade era dois lugares e que aparentemente não havia mais nenhum, ouviu alguns murmurinhos mas não soube distinguir sobre o que os alunos cochichavam. Me sentei e fingi que estava prestando atenção na explicação do professor mas na verdade eu estava prestando atenção em cada movimento de Riddle enquanto ele sentava ao meu lado. Pela primeira vez desde que estudo em Hogwarts eu não consegui me concentrar em nenhuma palavra que saia da boca do professor, por mais que eu tentasse minha atenção sempre voltava pro Riddle, sentado ali tão perto de mim que eu poderia toca-lo com facilidade e aquela proximidade me deixava desconfortável principalmente o fato de que eu conseguia sentir o cheiro do perfume dele. A única coisa boa é que eu já tinha tido essa aula e sabia tudo que o professor explicava se não eu teria que passar a noite toda acordada pra estudar a matéria que eu estava perdendo me concentrando no Riddle ao invés do professor.

Droga, Hermione, você perdeu o juízo? Esse ser ao seu lado é um dos piores bruxos das trevas do mundo, ele irá matar os pais do seu melhor amigo, por causa dele Cedrico está morto e você aqui de conversinha e amizade com ele... Respirei fundo, calma, eu apenas estou fazendo o que o Professor Dumbledore pediu me aproximar para descobrir as Horcruxes e então ir embora...

Senti uma mão no meu ombro, dei um pulo assustada, mas a mão continuou forte ali virei para olhar a quem pertencia e me deparei com aqueles olhos azuis e frios me fitando.

— O que houve? – sussurrei.

— A aula já acabou e você simplesmente continuou sentada ai. – Ele deu risada foi quando percebi que so nos dois ainda estávamos na sala.

— Desculpa, estou com muita coisa na cabeça, você não precisava me esperar. – Comecei a juntar meu material, mas senti as mãos de Riddle nas minhas, e foi como se eu tivesse sido ligada na energia, me arrepiei inteira então puxei minhas mãos de volta e ele aproveitou para pegar meus cadernos.

— Eu disse que iria acompanha-la pela escola. – Ele falou calmamente enquanto saiamos da sala. – Eu sempre cumpro com a minha palavra. – Ele dirigiu aqueles olhos azuis para os meus, senti um leve calafrio e desviei o olhar.

— Então me diga Hermione... – Ele olhava para frente agora e diferente das outras vezes na qual ele falara meu nome dessa vez a voz doce e aveludada parecia ter sido trocada por uma voz fria e distante, como se essa voz nem pertencesse a ele. – O que mais tem para se saber sobre você?

— Eu creio que mais nada. – Sussurrei tentando fazê-lo desistir de querer saber mais sobre mim, mesmo sabendo que isso provavelmente seria em vão.

— Não acredito nisso nem por um segundo. – Ele fechou a cara. – Acho à senhorita um grande mistério, e se me desse à chance eu gostaria de decifrá-la. – Ele parou de andar e eu parei ao seu lado, levantei o olhar e me deparei com aquela imensidão azul que era seus olhos, ele tocou meus cabelos de leve e colocou a mão no canto do meu rosto, me assustei, ele pretendida me beijar, eu tinha certeza disso, então agi por impulso e pisei bem forte em seu pé esquerdo, ele gritou assustado pela dor e deixou meus cadernos caírem no chão, recolhi tudo apresada e sai correndo sem olhar pra trás sabendo que ele me chamava.

Sem conseguir pensar em algum lugar pra ficar sozinha corri em direção ao sétimo andar, ao chegar ao terceiro corredor do sétimo andar, passei três vezes por ele e imaginei a sala de aula da Armada de Dumbledore. Assim que a porta apareceu adentrei apresada e me sentei nos degraus onde Harry costumava subir pra dar as aulas, tentei me acalmar, meu coração estava disparando parecia que a qualquer momento iria saltar pra fora do meu peito, eu sabia que estava assim por causa dele e não da corrida. Afinal, ele iria me beijar, Tom Riddle ia me beijar, que merda eu fui me enfiar, ele provavelmente ia fazer isso só para ver se conseguia me encantar, já que a maioria dos seus charmes não tinha dado efeito nenhum em mim, que ele sabia. Ele realmente pensa que se me beijasse eu iria soltar todos os meus segredos? Que idiota. Mas ele não pede por esperar, pensa que só porque é bonito vai conseguir me seduzir, como ele está enganado, ele pensa que sou essas meninas bobinhas que caem aos pés dele facilmente, ele nunca deve ter recebido um não antes ou ter alguém que diga que ele está errado e que bata de frente com ele. Tom Riddle que se prepare porque agora não me seguro mais, ele passou dos limites, ele quer conhecer a verdadeira Hermione, vou fazer ele se arrepender um dia querer ter me conhecido.

Mesmo sabendo que eu provavelmente nunca iria pra frente com nada do que eu estava pensando era bom descontar minha raiva, mesmo que fosse so na minha imaginação. Finalmente após me acalmar eu prestei atenção na sala em que estava e percebi que estava só um dia aqui e já sentia falta demais dos meninos. Saudade dos meninos, das aulas do ano passado. Tudo bem, não tinha sido nada fácil, ter que aturar a Dolores, fugir pro departamento de mistérios e principalmente perder Sirius... Mas nada se compara a estar presa em 1942 e ter que ser amigável com Voldemort. Eu estava tão ferrada, eu tinha que fazer o meu sexto ano aqui e aprender o maximo possível, ano que vem tudo seria diferente, a guerra já está bem próxima e tudo ira depender de Harry, e eu preciso ajudar o maximo que eu puder, eu preciso focar nas Horcruxes e não posso me aproximar de Riddle, Merlin que me perdoe mas ele tem um tipo de efeito sobre mim e eu preciso me armar contra isso... Mas não posso afasta-lo, preciso dele perto, preciso ter sua confiança. Me segurei pra não chorar,eu tinha que ser forte, Harry dependia dessa missão mesmo que ele não soubesse sobre ela.

Fiquei o que pareciam minutos, mas foi horas perdi a noção do tempo e todas as aulas, já devia estar na hora do jantar, me levantei e fui em direção ao espelho mais próximo, aproveitei e me recompus, sorri tristemente para o meu estranho reflexo e fui porta a fora em direção ao salão principal.
Depois do que eu fiz com o Riddle, ele provavelmente irá me ignorar, mas é isso que eu quero que ele sinta que pra mim tanto faz estar na presença dele ou não, por ser o herdeiro da sonserina ele deve se achar um tipo de “príncipe” e nós somos seus meros servos, garoto arrogante, comigo a coisa não vai ser assim não. Eu estava quase chegando ao salão e eu precisei me preparar, eu não podia entrar e acabar automaticamente procurando por aqueles olhos azuis como o céu a noite, eu respirei fundo e segui em frente.

— Granger. – Ouvi uma doce e harmoniosa voz me chamando logo que entrei, virei na direção da voz que vinha da mesa da sonserina. Me deparei com a dona logo que me aproximei da mesa, era uma das meninas que dividiam o dormitório comigo. Sorri aliviada e fui à direção da garota. Ela era linda, tinha os cabelos loiros claros bem lisos e os olhos de um tom de verde bem vivo quase como grama, ela sorria pra mim amigavelmente.

— Hermione Granger né? – ela continuou sorrindo, enquanto fazia o prato.

—Sim, me desculpe não me lembro do seu nome. – sorri sem graça, não tive tempo de me concentrar em nada nessas ultimas 24 horas.

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— Katherine Strider. – ela fez sinal pra eu sentar me ao lado dela, sentei super feliz e agradecida porque mesmo sem saber ela estava me ajudando a ignorar o riddle.- Mas todo mundo me chama de Kate.

— Mas já está fazendo amizade com a aluna nova, Strider. – Um garoto alto, loiro e de olhos de um tom de azul acinzentado sentou se de frente com a gente e sorriu.

— Se está pensando que vou apresenta-la pra você Malfoy, está enganado. – Kate respondeu azeda.

— Não se preocupe meu amor, eu não estou interessado na garota do Riddle, eu so tenho olhos pra ti. – Ele sorriu e Kate o ignorou.

— Então o próximo fim de semana, o pessoal vai pra Hogsmead, que horas a gente se encontra? – ele tentou fazer cara de quem não ta com nada, mas não deu certo e acabou sorrindo.

— EU PREFIRO SAIR COM A LULA GIGANTE! – Kate gritou chamando atenção do salão inteiro e isso a fez corar.

— Calma Strider, assim vai acabar assustando a garota. –Ele olhou pra mim e piscou, depois olhou pra Kate mandou um beijo e saiu.

Kate suspirou cansada e se virou pra mim.

— Me desculpe por ter tido que presenciar isso... –Ela corou bem levemente. – O Malfoy me tira do serio.

— Tudo bem, sei bem como é... - Sorri.

— Ah sim. – Ela deu uma risadinha meio abafada. – Ouvi sobre o fora que você deu no Riddle, tenho certeza que ele deve estar mancando até agora. – Ela riu de novo, dessa vez sem se segurar. – Ele estava te cercando igual um cão sem dono, foi ate estranho de se assistir.

— Nem me fale. – Dei risada. – Ele me ajudou a chegar ao castelo e achar o Profº Dumbledore e hoje de manhã não saiu do meu pé, ou talvez estivesse tentando ser amigável, afinal não conheço o castelo. – tentei parecer confusa. – sei lá, ele é sempre assim com alunos novos?

— O Riddle? – Ela olhou para os lados e então sussurrou bem baixinho. – Ele é meio solitário na verdade. Ele é o melhor aluno que temos aqui, mas ainda sim, eu o acho bem estranho. Se você quer saber, por mim ele não é flor que se cheire, muito menos aqueles amiguinhos deles e o Malfoy. Tirando o fato de nos últimos cinco anos você é a primeira garota com que eu vi ele falando. – Ela deu um tapa na testa. – Não digo a primeira tipo primeira, por ser super gentil, educado e monitor ele fala com qualquer um que chegar nele, mas com você é diferente, ele escolheu falar com você.... – Ela terminou de falar e voltou sua atenção ao prato, segui o seu exemplo e tentei focar no jantar, mas não conseguia tirar Riddle de meus pensamentos.

Quando eu estava saindo do salão principal com Kate ele estava la fora me esperando.

— Strider. – Ele falo com um pouco de raiva.

— Riddle. – Ela respondeu azeda e virou pra mim. – Vamos?

— Eu gostaria de falar com a Hermione. – Riddle tentou ser gentil.

— Tudo bem Kate, pode ir na frente. – Tentei parecer confiante.

— Te espero no Salão Comunal, se não aparecer em quinze minutos, venho procurar por você. – Ela falou olhando pro Riddle e ele sorriu em resposta.

— Finalmente sozinhos... – Ele sorriu se aproximou de mim me fazendo encostar as costas na parede, enquanto ele sorria e se aproximava mais. – Posso saber por que fugiu de mim esta manha?

— Você estava passando da linha... – sussurrei.

— Profº Dumbledore me mandou uma coruja esta manhã dizendo para eu a ajuda-la se adaptar com as aulas e o caminho que fazer. – Ele ficou bravo. – Estava tentando ajudar. – Depois ele se afastou um pouco e eu consegui respirar. – Agora todo mundo acha que eu tentei te agarrar que nem um maníaco. - Ele ficou bravo de novo.

— Não consegue aceitar um não como resposta? – Sorri em vitoria e ele ficou sem graça. – Você se importa tanto assim com o que todo mundo pensa? – Me aproximei dele. – Agora se me dá licença tenho coisas mais importantes para fazer do meu tempo... – Tentei ir embora, mas ele entrou na minha frente me impedindo.

— Você não faz ideia de com quem está falando! – Ele soava bastante como eu imaginava que Voldemort seria. – Pensa que pode simplesmente vir aqui e falar o que pensa e não haverá consequências? – Ele pegou meu braço e me puxou pra perto.

Parece que eu acertei um ponto fraco. Ele estava uma fera.
— Você ainda não percebeu que eu não tenho medo de você ? – sorri pra ele. – Diferente das pessoas que você conheceu eu sou sincera e falo na cara, e você já está começando a me encher demais garoto. – Soltei meu braço do dele e sai andando em direção ao salão comunal da Sonserina, mas mudei de ideia antes do meio do caminho e segui pra biblioteca, eu queria ficar perto dos livros e no meu canto favorito.