Mulheres

Temari


Ela era como o vento.

Às vezes suave e despercebido. Observando as interações silenciosamente enquanto segue o teu curso sem ser notado. Rodando moinhos com calma e atiçando a superfície intacta das águas.

Era assim entre os queridos para si. Ao lado, quieta e prestativa. Não precisava ter as atenções para ti, na realidade preferia ficar no canto apenas seguindo seu rumo e ajustando pequenas coisas. Discreta, atravessando a armadura sólida de indiferença criada por Gaara para aguentar o fardo de seu alto cargo na aldeia, deslizando suavemente entre o conselho até que os olhos dele se erguessem para os seus e a calma e segurança dela soprassem em seu rosto como brisa.

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Outras vezes era mais agitada, como o vento de outono que levanta as folhas secas e incomoda quando despenteia os atingidos. Criava ondas médias nas águas e fazia árvores ficarem nuas com insistência.

Era assim quando desafiada. Olhos mordazes que se apertavam enquanto a mente trabalhava rápida para derrotar quem quer que fosse seu oponente, mesmo que o chakra estivesse se esgotando e as possibilidades de vitória pequenas. Puxava força com o ar que inspirava, tentava não parecer cansada enquanto insistia em encarar aqueles olhos preguiçosos analisando seus movimentos e expressões, ela não perderia para ele mais uma vez. Seus movimentos eram rápidos de repente e sua determinação queimava nos olhos quando enfim percebeu que força-lo por tanto tempo havia exaurido o chakra dele primeiro. Com um ataque iria vencer, já sorria em antecipação à pequena destruição que faria.

Mas, normalmente, era furacão. Chegava impondo sua sabedoria e destronando os fracos que não tinham raízes profundas em seus próprios conceitos. Arrastava casas, florestas e desavisados que surgissem pelo seu caminho. Matava com um golpe único. Feroz e raivosa, ela adiantou-se quando vira o sangue de seu irmão titeriteiro* nas armas do inimigo. Com seu próprio sangue invocou ainda mais tempestade e cortou ao meio, sem chances de fuga, o oponente que ousara desafiar a tempestade que ela é quando ousou tocar em seu irmão mais novo. Ela saiu com o irmão ferido nos braços, como furacão deixando a destruição para trás e o aviso de sua força nas marcas deixadas por onde passou.

Ela era como vento.

Indomável.

Insondável.

Impositor.

Maleável.

Gentil.

Poética.

Por Pan Alban