Entre elfos e vampiros

Libertação


Caímos em uma sala escura, Rauthar dava instruções para Daisy acender uma faísca com 2 pedras que encontrou enquanto o garoto repetia "já entendi, já entendi", Jackie e Inari corriam feito dois filhotes brincando de pega-pega, mas esse parecia um pega-pega mais intenso, eles davam saltos altos e rápidos como se estivessem em uma luta, eles realmente estavam levando aquilo a serio.

— Sem distração, temos que pegar uma lagartixa. - diz Leo serenamente fazendo com que os dois parassem

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— Sim, pai. - ambos falam com tom brincalhão

— Finalmente . - Daisy suspira entregando uma tocha acessa para Rauthar

— Não podemos finalizar ele de uma vez? - pergunta Rauthar parecendo impaciente

— Temos um trabalho a cumprir. - Leo se aproxima e passa o braço pelo ombro do elfo - Não quero que descontem da nossa recompensa por degolar um sujeito qualquer. - ele lambe o rosto do amigo

— Se não ficar a pelo menos 2 metros de mim a partir de agora eu vou castrar você. - Rauthar responde friamente com um olhar ameaçador

— Leões fazem isso com seus melhores amigos. - bate forte nas costas dele o fazendo tropeçar pra frente

— Eu nunca mais cozinho pra você. - Rauthar começa a caminhar para frente deixando Leo para trás, que o segue pedindo desculpas

O local era muito escuro, apenas conseguíamos seguir a luz nas mãos de Rauthar, caminhamos por alguns segundos até que eu acabasse batendo em algo frio que fez um barulho metálico que se espalhou pelo local.

— Você está bem? - Meren me pergunta tentando ver se meu rosto estava machucado

— Estou, só acho que bati em algo grande

Os que estavam mais a frente voltaram para onde estávamos e Rauthar aponta a tocha para onde eu tinha batido, era uma grande cela de ferro, havia um dragão dentro, era um wyvern* de cor cinza e olhos bem azuis, ele estava com uma coleira de ferro no pescoço e se encolhia no canto fugindo do fogo.

— Achamos os pequenos prêmios. - diz Leo esfregando as mãos - Jackie, quebre a cela

— Com prazer, chefinho. - ela arregaça as mangas e estala os dedos

— Não tão rápido. - escutamos uma voz e o barulho de grandes portas se abrindo, um clarão invadiu o local pelas grandes portas duplas

— Ainda quer continuar com isso? - pergunta Leo

— Dragões podem ser vendidos por muito dinheiro, como sabem, podem deixar o novo chefe de vocês e trabalhar para mim, poderiam ganhar todo o dinheiro que quisessem

— Mesmo? - Leo ri e se aproxima dele - Quem manda aqui.... - ele segura o homem-lagarto pelo pescoço o fazendo sufocar -.... sou eu. - solta um sorriso maldoso levantando o homem o mais alto que conseguiu e o puxando violentamente para baixo batendo sua cabeça no chão ainda com a mão no pescoço dele - Não tente comprar a moral de um homem, verme

Leo tira um telefone do paletó e o entrega para Rauthar.

— Ligue para ela por mim, lindão, estou com as mãos ocupadas. - oferece o telefone a ele

— Quer morrer de fome? - Rauthar o encara ameaçadoramente

— Poderia ligar para nossa mais importante cliente por obsequio, meu amigo respeitosamente atraente de aparência física? - ele se corrige brincando

— Apenas fique quieto de uma vez. - ele pega o telefone e liga o colocando na orelha de Leo assim que atendem

— Pegamos a lagartixa de novo. - diz sorrindo escutando a resposta - Ah, sim, pelo que pude ver estão em um estado bem pior do que das outras vezes, parece que a lagartixa machucou seus dragões. - continua escutando - Espera, colocarei no viva voz. - Rauthar tira o telefone do ouvido dele e aperta um botão, abaixando o celular para perto de Leo de novo, que ainda estava se apoiando em um joelho no chão segurando o homem-lagarto pelo pescoço

— Mate-o. - diz a voz família no telefone

— Como desejar, minha mestre, como gostaria que fosse feito?

— Da forma mais dolorosa possível. - começo a reconhecer a voz da mestre Ophis

— Com muito prazer

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Rauthar desliga o telefone e se afasta dos dois, Inari, Jackie e Daisy também foram mais para trás nos puxando, todos encaravam Leo atentamente enquanto ele lentamente se levantava e erguia o homem novamente.

— Meninas, acho que vocês não precisam olhar agora. - diz Serafina em tom sério e segurando os ombros de Francine

Seguro a mão de Meren com força e continuo olhando. Os pelos de Leo começaram a crescer cobrindo seu corpos, seu rosto começou a se esticar para frente formando um focinho grande e seu corpo crescia rasgando alguns pontos de seu terno, o homem-lagarto se remexia em agonia enquanto a mão de Leo crescia e se fechava em volta de seu pescoço, até que Leo deu um aperto forte fazendo a cabeça do homem explodir em montes de sangue e pedaços de carne.

— De novo? - reclama Rauthar se aproximando do leão raivoso com as mãos e o rosto ensanguentados - Vou ter que costurar mais uma vez?

Leo o encarava com uma expressão de ódio e olhos vermelhos, solta um forte rugido ameaçador no rosto do amigo, que segura o focinho dele com as duas mãos e acaricia suas bochechas, fazendo os músculos de Leo relaxarem e o fazendo perder a expressão de raiva a mudando para uma expressão tranquila.

— Você se esforçou bastante por um homem tão insignificante, Daisy teria dado conta dele com os dardos envenenados

— Mas é mais divertido assim. - Leo responde arfando parecendo muito cansado e suado enquanto seu corpo voltava ao normal

— Descanse agora, cuidaremos do resto. - Rauthar o deita de barriga para cima no chão

— Sempre tão cuidadoso comigo, quer me dizer algo em especial? - ele ri parecendo fraco

— Não exagere, seu leão velho. - Rauthar deixa escapar um riso e olha para nós, Inari, Daisy e Jackie o encaravam com um sorriso maldoso fazendo o homem desviar o olhar e disfarçar o riso com uma tosse falsa enquanto seu rosto ficava um pouco vermelho - Já sabem o que fazer, não fiquem ai perdendo tempo. - ele se levanta voltando à sua expressão normal

— Sim, mãe. - Daisy, Inari, Jackie e Serafina respondem rindo

— Calados. - ele cruza os braços

Nós começamos a quebrar as grades das celas, finalmente uma coisa que podíamos fazer sem problemas, Meren, apesar de parecer uma garota adorável e frágil, tinha uma força monstruosa, o que me fez pensar se na nossa primeira vez era ela quem estava em perigo ou eu mesma.

Levamos os dragões que estavam bem para fora e eles saíram voando alegremente com o grupo que ainda cruzava os céus, os mais feridos foram cuidados por Daisy e Inari, dragões se recuperam rápido, então em mais ou menos 20 minutos todos já haviam partido. Rauthar ajudou Leo a se sentar no banco do passageiro e dirigiu o carro pelo caminho de volta.

— Lar doce lar. - diz Serafina se jogando no sofá quando chegamos em casa, Francine entre logo depois e se joga encima dela sorrindo

— Onde eu posso jogar ele? - pergunta Rauthar segurando Leo

— Quarto de hospedes lá encima, procure algum que não tenha decoração e nem roupas femininas espalhadas pelo chão

Rauthar suspira e começa a subir as escadas.

— A casa não mudou quase nada nos últimos anos... - Jackie diz entrando - Mas eu gosto dela assim, esse sempre foi um dos nossos esconderijos preferidos. - ela se joga no tapete se esticando

— Vai deixar o tapete com cheiro de cachorro, não devia sair dai? - pergunta Inari

— Venha também e ela ficará com o cheiro de cachorro e fedor de raposa. - ela ri

— Ainda temos trabalho pela frente, amanhã temos que explodir a mina por ordens da mestre. - Daisy voa pela sala segurando um computador em uma mão e digitando com a outra

— Não podemos ir embora até me levarem para ver a aldeia de lobisomens. - Jackie se levanta

— Tem certeza disso? - Inari parece preocupado - Lobisomens podem não ser muito receptivos com isso, você sabe, não?

— Eu sei disso, mas ainda preciso tentar. - diz confiante

— Você precisa mesmo tanto assim de uma.... - começo a falar

— Uma companheira, todos os lobisomens gostam de ter alguém ao seu lado, você tem uma companheira e é feliz com ela, eu quero o mesmo!

— O que você procura em uma companheira? - Meren pergunta

— O que eu procuro?....... Alguém que não tenha medo de mim!

— Só isso? - pergunto

— Minha mãe não teve medo do meu pai, então minha companheira vai ser alguém que não tem medo de mim

— Apenas permitam a segurança dela na aldeia e podem ir amanha enquanto destruímos a mina. - diz Serafine

— Mesmo? Posso ir? - Jackie pergunta animada abanando o rabo

— Se não fizer confusão. Apenas se lembre que....

— Eu sei, eu sei..... eu posso não encontrar nada....

— Eu tenho quase certeza que você vai achar alguma coisa boa. - Serafina sorri

— Você viu? - os olhos da garota brilham

— Intuição de bruxa

Jackie se anima e começa a abraçar Inari gritando de alegria, ela se oferece para fazer o jantar, estava começando a escurecer lá fora, comemos todos juntos, nunca tinha visto uma mesa de jantar tão animada, Leo já se sentia muito melhor e Rauthar o ajudava a comer enquanto reclamava.

— Que dia. - diz Meren deitando na cama quando finalmente chegara a hora de dormir depois de passarmos horas vendo filmes juntos, 90% daquele tempo foram ocupados por comentários de cada um deles, o que deixava a seção de filmes bem mais interessante do que era quando éramos poucos

— Nem dá pra acreditar que um dia só podia ser tão longo. - me deito ao lado dela

— Você está muito cansada?

— Completamente morta. - deito de barriga para baixo

— Cansada demais para brincar? - ela começa a colocar as mãos por dentro da minha blusa e massagear suavemente meus ombros

— Quem sabe? Não saberei até tentar. - me viro para olha-la

— Vai ser uma noite longa, acha que tem força pra isso? - ela se senta na minha barriga - Como eu gostaria de ver você com aquele terno agora

— Para você destruí-lo? Nem pensar. - rio

— Que tal a gravata?

— Gravata e pijama?

— Só a gravata

Ela se abaixa e começa a me beijar e tirar minha camisa lentamente, até que o barulho da porta se abrindo nos faz parar.

— Eu tive um pesadelo. - Serafina aparece na porta segurando a mão de Francine

— Você tem 2300 anos. - Meren responde

— Isso não anula pesadelos. - ela fecha a porta atrás dela e aperta em alguma coisa embaixo da escrivaninha, fazendo uma passagem se abrir no chão e sair uma cama em um suporte de madeira - Vamos dormir aqui, ok?

— Mas nós tínhamos..... outros planos. - digo

— É, É, sexo, eu sei, eu sei de tudo, fiquem à vontade. - ela sorri nos encarando com Francine

— Não com vocês aqui. - reclamo

— Ah, certo. - ela aperta um pequeno botão vermelho na lateral da cama e ela começa a descer de novo - Quando terminarem nos chamem, vamos ficar planejando armas ainda mais potentes no porão por enquanto. - a passagem fecha

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— O que acha que devemos fazer? - pergunto para Meren

Ela se levanta e empurra a cômoda para cima da passagem, tranca a porta e abre o guarda-roupa pegando a gravata vermelha.

— Eu quero fazer agora, o resto a gente resolve depois

— Ok, ok, apenas venha logo

— Você fica sexy quando aceita brincar comigo. - ela passa a gravata pelo meus pescoço

— Tente não fazer muito barulho hoje. - sussurro para ela

— Digo o mesmo. - ela ri voltando a me beijar