My heart’s against your chest

Your lips pressed to my neck

I’m falling for your eyes but they don’t know me yet

And with this feeling I’ll forget, I’m in love now

Meu coração encostado em seu peito

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Seus lábios pressionados ao meu pescoço

Estou me apaixonando pelos seus olhos, mas eles ainda não me conhecem

E com esse pressentimento de que esquecerei, agora estou apaixonado

Kiss Me - Ed Sheeran

Remus abriu seus olhos mas parecia que ainda estava sonhando. Deitada ao seu lado na cama estreita e enrolada em um cobertor estava Ninfadora Tonks, com a boca meio aberta, a bochecha amassada e os cabelos agora rosa chiclete caiam sobre seus ombros nus. Lembrando do que aconteceu, parecia mesmo que aquela noite toda havia sido um sonho.

— Não vim aqui para ver sua decoração. — Ele se aproximou de Tonks, segurando firme em sua cintura, o coração de ambos batia tão rápido que era quase possível ouvi-los. — Eu te amo, Ninfadora Tonks. — A beijou com urgência e ela seguiu seu ritmo, agarrando seu pescoço para aproximá-lo mais. As borboletas no estômago não se acalmavam e, a cada toque, Ninfadora sentia mais um arrepio.

Quando Remus se deu conta, Tonks estava sentada na mesinha próxima da janela com suas pernas em volta da cintura dele. Apreciou por alguns segundos toda a beleza da mulher em seus braços: as bochechas estavam coradas, a respiração ofegante e a boca rosada levemente inchada, a calça e o casaco já haviam sido jogados no chão e a camiseta larga das Esquisitonas deixava seu ombro de fora. Isso automaticamente atraiu a atenção dos beijos de Remus, que foram dos lábios para a bochecha, depois para o pescoço e desceu até o ombro nu.

— Acho que... — Ela tentava falar, mas os suspiros que Remus lhe provocava com beijos e mordidas atrapalhavam. — ...nós deveríamos ir para o meu quarto. — Ela se afastou alguns centímetros dele sorrindo e desceu da mesa, puxando-o pela mão.

Tonks sentia que estava flutuando, parecia mais aérea que o normal e suas pernas bambeavam até chegar na cama estreita de solteiro. Ela se deitou próxima a parede, deixando espaço para Remus se acomodar ao seu lado.

— Que noite louca, não? — Acariciou os cabelos cor de areia do homem. Ela não imaginou as proporções que aquela noite teria, a batalha, a morte de Dumbledore, finalmente estar com Remus...

— Cheia de surpresas... — Por um momento, seus pensamentos voltaram-se para Dumbledore, mas o olhar de Tonks o fez voltar para o presente.

— Eu sei no que está pensando. Estou triste com isso também, mas podemos pensar nisso depois, certo? — Ela aproximou seus rostos, passando os dedos finos pelas cicatrizes dele. — Lembre-se do que a Minerva falou: " Dumbledore ficaria feliz em pensar que há um pouco mais de amor no mundo." — Ele entendeu a deixa para segurar firme a cintura de Tonks e juntar seus corpos.

— Eu não me lembro qual foi a última vez que fiquei assim com uma mulher. — Confessou, olhando nos olhos grandes dela enquanto suas mãos passeavam por seu corpo.

— Mas você já... —"Se Remus realmente afastava todas as mulheres que se apaixonavam por ele, como ele teria feito aquilo?", Tonks se preocupou por um momento.

— Já! — Ele riu e fez cara de ofendido. Era curioso como Remus parecia bem mais novo quando estava relaxado. — Eu era um maroto! — E fazendo jus a reputação dos marotos, ele deitou sobre ela e selou seus lábios. Novamente desceu os beijos até os ombros e sentiu o corpo dela sob a camiseta, que logo foi parar no chão.

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— Não estava exatamente esperando que alguém tirasse minha roupa hoje. — Ela comentou sobre a velha langerie rosa claro. — Se eu soubesse, teria me arrumado mais.

— Tonks... — Remus sorria com os olhos, observando a garota comentar sobre suas outras roupas incrivelmente melhores que as que usava. — Pare de falar. — Ele tirou o sutiã que ela tanto comentava, depois beijou e acariciou a pele recém descoberta, tirando a fala dela. Logo, a única palavra que saia de sua boca era o nome dele, entre suspiros.

Enquanto ele recuperava o fôlego, ela inverteu as posições e começou a desabotoar a camisa listrada dele alegando que ele estava vestido demais. As mãos pequenas e delicadas passavam por cada cicatriz dele quando a camisa estava completamente aberta. Ela sabia que aquelas cicatrizes o faziam sentir inseguro, mas por baixo de todas aquelas marcas havia um coração enorme que batia mais forte a cada toque dela.

Muita coisa tinha acontecido na vida dele e aquelas cicatrizes aparentes podiam representar algumas dessas marcas psicológicas. Lupin era um lobisomem, perdeu seus amigos e sua namorada durante a Primeira Guerra Bruxa, achou que um de seus melhores amigos havia traído a todos e quando finalmente descobriu a verdade, o perdeu também. Não tinha emprego fixo e as coisas não melhorariam muito com outra Guerra.

O olhar penetrante de Ninfadora pairava sobre o peitoral de Remus enquanto ela pensava no que aquilo tudo significava. Decidiu acreditar que o amor que ela sentia por ele era maior do que todos os traumas que Lupin trazia em sua bagagem. Mesmo em tempos de Guerra, o amor deles seria mais forte. — Eu te amo, Remmy. — Beijou apaixonadamente o homem, que estava atordoado com o turbilhão de sentimentos que o atingia.

Sentindo a ansiedade de sempre lhe afligindo, Remus abriu o botão de sua calça e a jogou para longe, com os pensamentos gritando em sua cabeça. Parecia apenas imaginação a visão de Tonks entregue como um banquete abaixo dele, sorrindo e esperando que ele finalmente a completasse.

— Bom dia. — A voz manhosa de Tonks o tirou de seus pensamentos. — Está acordado faz tempo?

— Uns 15 minutos... — Remus virou de lado apoiando a cabeça no braço e com a mão livre, acariciou os cabelos cor de rosa de Tonks.

— Ainda bem que não me acordou. — Ela bocejou. Odiava acordar cedo, era bom poder dormir até acordar pra variar. — Eu aprendi a cozinhar nesses tempos que eu fiquei aqui, quero dizer, aprendi a não morrer de fome...

— Eu adoraria que você cozinhasse pra mim. — Ele não conseguia parar de sorrir. Tonks levantou, enrolada em um dos cobertores, e foi para o banheiro. Logo voltou usando uma camiseta larga e um shorts qualquer, jogou uma toalha para Remus e o mandou tomar banho enquanto ela preparava o café da manhã.

— Vejo que ainda não incendiou a cozinha. — Ele comentou ao chegar na pequena cozinha da casa de Ninfadora em Hogsmeade. Como tinha dormido lá, precisou colocar a calça e a camisa do dia anterior.

— Torradas? — Acenou com a varinha, levando as torradas até um prato em cima da mesa. Elas não estavam uniformemente tostadas, mas era o suficiente. O chá estava um pouco forte, mas Remus admirava o esforço de Tonks.

Eles passaram a manhã toda conversando na cozinha, tentando compensar os meses separados. Ninfadora não queria ter que admitir, mas no fim das contas ele já sabia que seu humor nos últimos meses havia mudado por causa dele e as histórias sobre a investigação de Remus sobre os grupos de lobisomens eram horríveis, ela não podia acreditar que ele havia feito tudo aquilo para ficar longe e contribuir com a Ordem. Aquele tinha sido um ano muito difícil para os dois.

Depois de muito conversarem, uma coruja bateu na janela trazendo um recado da Professora McGonagall pedindo ajuda para organizar os visitantes que estavam chegando ao vilarejo para se despedirem do Professor Dumbledore. Tonks trocou de roupa e logo eles saíram da base dos aurores, encontrando Proudfoot e Dawlish, dois outros aurores, no caminho. Ao ver o casal saindo da pequena casinha que foi cedida a cada um dos aurores, os homens se entreolharam e perceberam que tinham pensado na mesma coisa: os tempos de guerra formavam casais bem inusitados.

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— Eu não acredito que querem fechar a escola! — Tonks não entendia como podiam achar que qualquer outro lugar seria mais seguro que Hogwarts. Depois de um dia inteiro acomodando bruxos e bruxas nas casinhas do vilarejo e até mesmo dentro do castelo, os dois voltaram para a base dos aurores.

— É natural que as famílias queiram ficar juntas agora, mas ainda assim Hogwarts é um lugar muito seguro... — Remus estava deitado de lado na cama, com Tonks deitada sob um de seus braços. — Tudo vai depender do que o conselho diretor decidir, mas acredito que McGonagall não quer fechar a escola.

— Eu também acho que não... — Ninfadora bocejou, já estava bem tarde e o dia tinha sido bem cansativo. — É errado eu estar feliz mesmo com tudo isso acontecendo? — Sua mão delicada acariciou a bochecha de Remus, marcada por uma cicatriz profunda. Diante daqueles olhos brilhantes, ele não pode conter um sorriso antes de beijá-la apaixonadamente.

— Eu também estou muito feliz, Dora. — Comentou entre os beijos, que ficavam cada vez mais intensos e apaixonados. Ele emoldurava as bochechas dela com as mãos e logo se remexeu, a puxando para cima dele enquanto ela enroscava as mãos pelos cabelos dele.

Na manhã seguinte, a claridade que entrava pela janela fez com que Tonks despertasse. Ela tinha se esquecido de fechar a cortina na noite anterior, estava cansada demais depois de um dia inteiro de trabalho e distraída demais com Remus para pensar nisso. Ao se mexer para fugir de um feixe de luz que acertava seu rosto, ela acabou acordando o homem ao seu lado.

— Desculpa, o sol está meio forte hoje... — Ela se aproximou dele e o beijou de leve.

— Dora, que horas são? — Ele olhou pela janela, vendo que o sol já estava bem longe do horizonte. Ela apalpou o criado mudo em busca do relógio, mas acabou derrubando-o longe. — Droga. — Sempre desastrada.

— Precisamos voltar para o castelo... O funeral... — Lupin afagou as mechas rosadas de Ninfadora.

— Queria ficar assim para sempre. — Se aconchegou em seu peito e entrelaçou sua perna na dele, que concordou com o que ela disse. Era muito melhor imaginar que a Guerra havia acabado e que eles podiam passar a manhã toda na cama.

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— Quanta gente Hogsmeade é capaz de comportar? Isso está mais cheio que quando os alunos de Hogwarts vem pra cá! — Madame Rosmerta comentava enquanto servia duas cervejas amanteigadas para Remus e Tonks. Ela soube que a Madame Rosmerta ficou quase metade do semestre sob a maldição Imperius e foi verificar se estava tudo bem antes de voltarem para o castelo.

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— Todos estão vindo prestar uma última homenagem ao Dumbledore... — Remus tinha um tom melancólico.

— Eu me sinto tão mal por não ter conseguido ajudar mais ontem! Se não fosse por mim, os comensais não teriam entrado no castelo e... — Rosmerta começou a se lamentar, sentindo a culpa de ações que não tinha a intenção de cometer.

— Nada disso foi sua culpa, nós sabemos que você nunca faria nada contra Dumbledore... Foi Draco e a maldição Imperius. Você vai ficar bem agora. — Tonks confortou a mulher e Remus se lembrou das pessoas alegando estar sob efeito da maldição durante a Primeira Guerra Bruxa para não irem para Azkaban. Estava tudo igual a última vez, mas dessa vez ele não perderia sua esperança e nem seu amor.

Despediram-se de Rosmerta e caminharam pela multidão até o castelo. Quando chegaram perto do lago, a maioria das cadeiras já havia sido ocupada pelos mais variados tipos de pessoas: desde Ernesto Prang, motorista do Nôitibus até a guitarrista cabeluda do grupo bruxo As Esquisitonas. Os alunos da escola chegavam, seguindo os diretores de cada casa e Tonks avistou Harry, Gina, Rony e Hermione sentando-se ao fundo e sentiu o olhar curioso de Harry cair sobre ela. O cabelo rosa chiclete e as mãos dadas com Lupin deveriam ter chamado a atenção.

A cerimônia não foi muito longa, um homenzinho de cabelos em tufos e vestes pretas simples fez o discurso que para a maioria das pessoas soou como várias palavras soltas: “nobreza de espírito... Contribuição intelectual... grandeza de coração...”. O coração de Dumbledore era realmente enorme para acolher Remus como ele o fez.

— Acho que eu nunca o agradeci por tudo o que ele fez por mim. — Remus comentou baixinho, depois que os centauros e os sereianos prestaram homenagem e o local foi se esvaziando.

— Eu tenho certeza de que ele sabia o quanto você é agradecido. — Tonks estava com o nariz vermelho e os olhos margeados, mas tinha um sorriso no rosto e tentava se manter forte para Remus. Os dois caminharam juntos até os limites do castelo até que ela o pegou pela mão e parou de andar. — Vamos para casa, Remmy.

Antes que ele pudesse responder, ela girou para aparatar e logo estavam na verdadeira casa de Ninfadora. — Eu estava pensando se... — Ela mordeu o lábio. — Se você quer trazer as suas coisas pra cá. Eu não preciso ficar na base de Hogsmeade, sabe... — Ela sorriu, um pouco envergonhada. Talvez ela estivesse apressando as coisas, mas eles não tinham mais tempo a perder.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.